domingo, 25 de setembro de 2011

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO


No que diz respeito à segunda vinda, certos fatos podem ser ressaltados:
           
A. A segunda vinda é pré-milenar. O método literal de interpretar as Escrituras, conforme proposto anteriormente, torna inegável a vinda pré-milenar do Senhor.
B. A segunda vinda é literal. A fim de cumprir as promessas feitas na Palavra a respeito de Sua volta (At 1.11), a vinda de Jesus deve ser lite­ral. Isso requer um retorno corporal de Cristo à terra.
C. A segunda vinda é inevitável. O grande grupo de profecias que ainda não foram cumpridas torna a segunda vinda absolutamente ine­vitável.(Cf. W. E. Blackstone, Jesus ís coming, p. 24-5) Foi prometido que Ele mesmo virá (At 1.11); os mortos ouvi­rão sua voz (Jo 5.28); Ele ministrará aos Seus servos vigilantes (Lc 12.37); Ele voltará a este mundo (At 1.11), ao mesmo monte das Oliveiras, de onde ascendeu (Zc 14.4); virá em chama de fogo (2 Ts 1.8), nas nuvens do céu com grande poder e glória (Mt 24.30; l Pe 1.7; 4.13); Ele se levan­tará sobre a terra (Jó 19.25); Seus santos (a igreja) virão com Ele (l Ts 3.13; Jd 14); todo o olho O verá (Ap 1.7); Ele destruirá o anticristo (2 Ts 2.8); Ele se assentará no Seu trono (Mt 25.31; Ap 5.13); todas as nações serão reunidas perante Ele para serem julgadas (Mt 25.32); Ele terá o trono de Davi (Is 9.6,7; Lc 1.32; Ez 21.25-27); esse trono será sobre a terra (Jr 23.5,6); Ele terá um reino (Dn 7.13,14) e reinará sobre todos os seus santos (Dn 7.18-27; Ap 5.10); todos os reis e nações O servirão (Sl 72.11; Is 49.6,7; Ap 15.4); os reinos deste mundo se tornarão o Seu reino (Zc 9.10; Ap 11.15); a Ele acorrerão os povos (Gn 49.10); todo o joelho se dobrará diante Dele (Is 45.23); as nações subirão para adorar o Rei (Zc 14.16; Sl 86.9); Ele edificará Sião (Sl 102.16); Seu trono será em Jerusa­lém (Jr 3.17; Is 33.20,21); os apóstolos se assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28; Lc 22.28-30); Ele governa­rá todas as nações (Sl 2.8,9; Ap 2.27); Ele reinará em juízo e justiça (Sl 9.7); o templo em Jerusalém será reconstruído (Ez 40-48) e a glória do Senhor entrará Nele (Ez 43.2-5; 44.4); a glória do Senhor será revelada (Is 40.5); o deserto se transformará em pomar (Is 32.15); o deserto flo­rescerá como a rosa (Is 35.1,2) e a glória Lhe será morada (Is 11.10). Todo o plano de aliança com Israel, ainda não cumprido, torna obriga­tória a segunda vinda do Messias à terra. O princípio do cumprimento literal torna o retorno de Cristo essencial.

D. Exortações práticas decorrentes da segunda vinda. As Escrituras fa­zem amplo uso da doutrina da segunda vinda de Cristo como princí­pio de exortação. Ela é usada como exortação à vigilância (Mt 24.42-44; 25.13; Mc 13.32-37; Lc 12.35-38; Ap 16.15); à sobriedade (lTs 5.2-6; lPe 1.13; 4.7; 5.8); ao arrependimento (At 3.19-21; Ap 3.3); à fidelidade (Mt 25.19-21; Lc 12.42-44; 19.12,13); a não nos envergonharmos de Cristo (Mc 8.38); contra o mundanismo (Mt 16.26,27); à moderação (Fp 4.5); à paciência (Hb 10.36,37; Tg 5.7,8); à mortificação da carne (Cl 3.3-5); à sinceridade (Fp 1.9,10); à santificação prática (lTs 5.23); à fé ministerial (2Tm 4.1,2); à obediência às ordens apostólicas (lTm 6.13,14); à diligên­cia e pureza pastoral (lPe 5.2-4); à pureza (lJo 3.2,3); a permanecermos em Cristo (lJo 2.28); a resistirmos às tentações e às provações mais se­veras da fé (lPe 1.7); a suportarmos a perseguição pelo Senhor (lPe 4.13); à santidade e à piedade (2Pe 3.11-13); ao amor fraternal (lTs 3.12,13); a conservarmos em mente nossa cidadania celestial (Fp 3.20,21); a amarmos a segunda vinda (2Tm 4.7,8); a aguardarmos por Ele (Hb 9.27,28); a confiarmos que Cristo terminará Sua obra (Fp 1.6); a mantermos a esperança firme até o final (Ap 2.25; 3.11); a renegarmos a impiedade e as paixões mundanas e a vivermos piedosamente (Tt 2.11-13); a estarmos alertas por causa da natureza repentina de Sua volta (Lc 17.24-30); a não julgarmos nada antes do tempo (1 Co 4.5); à esperança de recompensa (Mt 19.27,28). Ela garante aos discípulos um período de alegria (2 Co 1.14; Fp 2.16; lTs 2.19); conforta os apóstolos na partida de Cristo (Jo 14.3; At 1.11); é o principal acontecimento aguardado pelo crente (lTs 1.9,10); é uma coroação de graça e uma segurança de estar­mos irrepreensíveis no dia do Senhor (1 Co 1.4-8); é a hora de acertar contas com os servos (Mt 25.19); é a hora de juízo para os gentios vivos (Mt 25.31-46); é a hora de cumprir o plano de ressurreição dos salvos (1 Co 15.23); é a hora da manifestação dos santos (2 Co 5.10; Cl 3.4); é uma fonte de consolação (lTs 4.14-18); está associada à tribulação e ao julgamento dos incrédulos (2 Ts 1.7-9); é proclamada na mesa do Se­nhor (1 Co 11.26).(Ibid., p. 180-1.)Obss: A vinda de cristo pode ser explicada com mais detalhes, isto é um breve resumo da parusia 
 VEJA A ESTE VÍDEO, NÃO FALTA MAIS NADA PARA A VOLTA GLORIOSA DE JESUS CRISTO!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O PROBLEMA DO MAL


A pergunta que muitos de nós fazemos: “Se Deus é tão bom e poderoso porque o mal existe?” Esta pergunta, sem duvida deve ser encarada como um problema, por isto os teólogos a chama de “O problema do Mal”.
O problema do mal tem uma importância singular para a apologética cristã por três motivos:
1.       O problema do mal é o único argumento a favor do ateísmo
2.       O problema do mal é universal
ü  Todos se perguntam por que coisas ruins acontecem a pessoas boas; e alguns questionam por que coisas ruins acontecem de qualquer maneira.
3.       O problema do mal é pratico
ü  O problema do mal não é meramente teórico, mas bastante pratico. Não é simplesmente uma alienação entre dois conceitos – o de Deus e o mal-, mas a alienação de uma criança que contempla seu pai, e com os olhos cheios de lagrimas, pergunta-lhe: “Por que o Senhor permitiu que eu sofresse tanto?” O cerne do problema do mal se encontra nas declarações feitas por Cristo na cruz: Meu Deus! Meu Deus! Por que me desamparastes?(Mateus 27. 46).
É difícil compreender a razão de Deus tolerar o mal. Mas, deve-se considerar que, se a sabedoria de Deus é infinitamente superior à nossa, não podemos compreender todos os seus caminhos. Quem somos nós, os atores no palco, para dar opiniões ao diretor da peça? Como é triste vê o vaso tentando ensinar ao oleiro.
Agostinho fez uma formulação ampla do problema do mal
1.       Se Deus é totalmente bondoso, desejaria a totalidade do bem e nenhum mal.
2.       Se Deus fosse todo-poderoso, poderia realizar tudo que desejasse.
3.       Entretanto, o mal existe tanto como o bem.
4.       Portanto: ou Deus não é todo-poderoso, ou não é totalmente bondoso, ou ambos.
Observe algumas conclusões:
1.       Se Deus existe, deseja todo o bem e é poderoso o suficiente para conseguir tudo que deseja; então, não deveria haver mal.
2.       Se Deus existe e deseja apenas o bem, então Deus não consegue tudo que deseja. Portanto ele não é todo poderoso.
3.       Se Deus existe e é todo-poderoso, se o mal também existe; então Deus deseja que o mal exista. Portanto ele não é totalmente bondoso.
4.       Por fim, se o termo Deus significa um ser que ao mesmo tempo é totalmente bondoso e todo-poderoso, e ainda assim o mal existe; então, esse Deus não existe.
A RECONCILIAÇÃO DE SEIS ELEMENTOS APARENTEMENTE IRRECONCILIÁVEIS 
a.       A onipotência divina
b.      A benevolência divina
c.       A existência do mal
d.      A presciência de Deus que aparentemente força todos os acontecimentos, incluindo os de má natureza, ou que deixa de impedi-los.
e.      A doutrina bíblica da predestinação.
Uma citação de Epicuro põe em foco esse problema, que estamos discutindo: “ Ou Deus deseja remover o mal deste mundo, mas não pode fazê-lo; ou ele pode fazê-lo, mas não o quer;  ou não tem nem a capacidade e nem a vontade de fazê-lo. Ora, se Ele tem a vontade, mas não a capacidade de fazê-lo, então isso mostra fraqueza, o que é contrario a natureza de Deus. Se El tem a capacidade, mas não a vontade de fazê-lo, então Deus é mal, e isso não é menos contrario a sua natureza. Se ele não tem nem capacidade e nem a vontade de fazê-lo então é ao mesmo tempo  impotente e mal e, conseqüentemente não pode ser Deus. Mas se ele tem tanto a capacidade como a vontade e remover o mal do mundo, de onde procede o mal? E por que Deus não o impede?”
DUAS DIFERENÇAS
1.       O mau moral: é o mal que se deriva da vontade permissiva do homem, da falta de amor do homem para com o seu semelhante
2.       O mal natural: os desastres, os terremotos os incêndios, os acidentes, as enfermidades e a morte que é o maior de todos os males naturais.
Porque esses males existem? Por que Deus permite tais condições, sabendo de antemão que acontecerão, e sendo possuidor do poder de impedi-los? Antes de tudo, por que El permitiu que o mal entrasse no universo?
DIVERSAS SOLUÇÕES PROPOSTAS
1.       O ponto de vista Natural.
De acordo com essa idéia o Deus pessoal, onipotente e benévolo é substituído. Tudo que existe é apenas a matéria, e tudo quanto existe é apenas movimento da matéria. O mal é meramente alguma forma de perversidade ou  acontecimento adverso acidental, que atinge coisas inteiramente materiais
Porém, de conformidade com esse ponto de vista, o homem é reduzido a um ser desamparado. O existencialismo atue que se apega a esse parecer, chega ao extremo de dizer que o homem é uma piada da natureza. Sua existência ocorreu por um acaso, em um mundo caótico.
2.       O ponto de vista deísta
De acordo com esse pensamento existe um Deus, que é criado. Todavia, Deus não se faz presente no mundo, e nem mantém qualquer interesse pelo mesmo. Não galardoa e nem pune às suas criaturas morais e nem orienta as leis naturais que ele mesmo pôs em movimento, mas antes, abandonou-as como coisas inteiramente mecânicas, a fim de que governassem sozinho o oniverso. Se essa teoria fosse correta, então a bíblia teria que ser queimada, pois ela nos mostra um Deus interessado pelas suas criaturas.
3.       O ponto de vista pessimista
Os que tomam essa posição afirmam que Deus realmente existe e é onipotente; porém, não é um Deus benévolo. Assim sendo, o mal existe realmente, e até pode ser provocado pelo exercício da vontade de Deus.
4.       Voluntarismo cristão
Tudo que importa é a vontade de Deus. Se Ele salva ou condena é problema dele. Alguma coisa é certa porque o faz. Ele não faz coisa alguma porque é certa por algum tipo de lei exterior à vontade dele
5.       Dualismo.
O bem existe; o mal existe. Nunca existirá uma reconciliação entre estes dois elementos. Continuam em guerra. O bem vai vencer, afinal, mas só no sentido de efetuar uma separação entre os dois princípios, não no sentido de eliminar o mal. Nesta briga entre o bem e o mal, nós estamos no meio desse conflito sofrendo as conseqüências. 
6.       Ponto de vista do otimismo
A despeito de seus muitos problemas o mundo é o melhor dos mundos. Alguns politeístas aceitavam a existência de algum  deus ou deuses bons, que não eram todo poderoso, ou seja, não eram onipotentes; e que por isso não conseguiam deter o poder do mal, sobre o mundo.
7.       Ponto de vista cristão; diversas idéias:
ü  Alguns cristãos aceitam a realidade do mal, mas limitam o poder de Deus, apesar de manterem a sua bondade. Esses têm a esperança de que o bem um dia conseguirá triunfar, finalmente.
ü  Teólogos - filósofos como Agostinho e Tomás de Aquino, têm procurado solucionar o problema da existência do mal, afirmando que o mal, como uma entidade positiva realmente não existe. O mal seria algo negativo, isto é, a ausência do bem, o vácuo, tal como o frio é a ausência do calor ou como as trevas são a ausência da luz. O mal existirá no homem interior, visto que no homem  existe um vácuo da boa influencia divina
ü  Alguns cristãos têm procurado encontrar soluções, parecidas negando a realidade da presciência de Deus. Mas essa posição faz de Deus menos do que Deus, e não é apoiada pelas escrituras.

O PONTO DE VISTA DO NOVO TESTAMENTO
ü  Sob hipótese alguma se pode pensar que Deus é o originador do mal.
ü  Tanto os seres angelicais como o homem foram feitos dotados de livre-arbítrio, o que significa que tem a potencialidade de se inclinarem para o mal. O fato do mal é atribuído a queda. (Gn 1; Isa 14. 12; Rom 5. 12)
ü  O problema surge quando aplicamos a presciência de Deus e sua onipotência, juntamente com sua benevolência. Deus percebeu que o mal se aproximava, e poderia te-lo impedido ; no entanto, não fez nada. Por quê? Podemos dizer que existe algo mais importante para Deus do que impedir o mal; que deve haver algum alvo mais elevado, que ocupou o lugar mais importante nos pensamentos de Deus.
ü  Por que o mal continua. O mal continua no mundo pelos seguintes motivos; 1) para servir de lição objetiva para o homem; 2) para servir de punição contra o pecado; 3) para servir de testemunho do fato de que praticar o bem é melhor do que praticar o mal; 4) parta servir de contraste com a verdade e bondade de Deus, o que mostra aos homens em que consiste a santidade verdadeira; 5) tragédia , desastres , doenças e morte, nos ensina que somos criaturas dependentes, isto é , devemos depender de Deus para a estabilidade, paz, bondade. Só em Deus temos a nossa eternidade
Por meio do Mal Deus ensina a grande Lição aos homens que é melhor seguirem a ele do que ao diabo, porquanto todas as maçãs do diabo têm vermes ocultos, finalmente o bem devera ser livremente preferido, devido ao seu próprio valor intrínseco. Por meio do mal que há no mundo, Deus é capaz de mostrar-nos quão excessivamente maligna é a natureza do pecado. A alma humana sempre sofre o que merece, devida às suas ações.
Se eu fosse Deus…
...
Se eu fosse Deus…
Não haveria mais: o adeus solene,
A vingança, a maldade, o ódio medonho,
E o maior mal, que a todos anteponho,
A sede, a fome da cobiça infrene!
Eu exterminaria a enfermidade,
Todas as dores da senilidade,
A criação inteira alteraria,
Porém, se eu fosse Deus…
(Martins Fontes, Santos, 1884-1937)
Não podemos chegar ao ponto da blasfêmia que assevera, conforme têm ditos alguns: se eu fosse Deus, teria criado um mundo melhor, ficando subtendido que não existe nenhum Deus criador.  
Reflita nesta ilustração.
Um homem foi ao barbeiro.
Enquanto. Seus cabelos eram cortados conversava com o barbeiro, falando da vida e de Deus.
Daí a pouco, o barbeiro, incrédulo, não agüentou e falou:
- Deixa disso, meu caro, Deus não existe!
- É claro que Deus existe.
- Ora, se Deus existisse não haveria tantos, miseráveis, passando fome! Olhe em volta e veja quanta tristeza. E só andar pelas ruas e enxergar!
O freguês pagou o corte e quando ia sair da barbearia avistou um maltrapilho imundo, com longos e feios cabelos, barba desgrenhada, suja, abaixo do pescoço. Deu meia volta e disse para o barbeiro:
- Sabe de uma coisa, não acredito em barbeiros!
- Como assim...? riu-se o barbeiro.
- Se existissem barbeiros, não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas como aquele ali, por exemplo!
- Ora, este sujeito ali está assim porque, evidentemente, faz tempo que não vai a um barbeiro!
- Que bom que agora você entendeu tudo, respondeu o freguês.

Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós. Tiago 4. 8


Referencias

N R Champlin- Enciclopédia bíblica de filosofia e teologia; Peter Kreeft/ Ronald K. Tacelli- Manual de Defesa da Fé, apologética Cristã


Autor da ilustração: Carlos E. Faiz
Fonte: O MENSAGEIRO, edição 2005, pg. 64.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SE É ERRADO FAZER IMAGENS DE ESCULTURA, POR QUE ENTÃO DEUS ORDENOU A MOISÉS QUE FIZESSE UMA?


Texto bíblico: ÊXODO 25:18
 O segundo mandamento trata do pecado de idolatria e por isso se relaciona ao artesanato de imagens e figuras “do que há encima nos céus [...] em baixo na terra [...] nas águas debaixo da terra” com o propósito de serem adoradas como poderes e divindades. Contudo, Moisés é instruído por Deus a fazer "dois querubins de ouro; de ouro batido" (v. 25:18). Se é errado fazer qualquer tipo de imagem, então por que Deus ordenou que Moisés fizesse imagens para pôr na arca da aliança? A conexão entre o primeiro mandamento, “Não terás outros deuses diante de mim” (V. 3), e o segundo é muito íntima, e fornece um contexto no qual se pode entender o intento real e total dessa proibição. A ordem tem prosseguimento no v. 11 e específica: “Não as adoraras, nem lhes Darás cultos”. Em outras palavras, não se poderia produzir imagens de pessoas ou coisas que pudessem tornar-se objetos de culto, como se fossem sobrenaturais ou divinas. As passagens citadas a respeito desta questão esclarecem muito bem que Deus tencionou extirpar a idolatria. Êxodo 25. 18,20 especificam: “Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório [...] os querubins estenderão as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas, tendo as faces voltadas um para o outro; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório”.
No grande templo de Salomão, o lugar santíssimo deveria ser guardado por duas imagens de querubins com pelo menos 5 a 6 metros de altura com envergadura de dez cúbitos (1Res 6. 23-27). É claro que eles não seriam vistos pelo publico por causa de sua localização no Santo dos Santos; uma cortina ou véu os protegia dos olhos do povo lá fora. Por isso, não havia a possibilidade de virem a tornarem-se objetos de adoração. Mas havia também figuras de querubins gravados, isto é, entalhadas nas paredes do lugar santíssimo, ao lado de palmeiras e flores abertas (6. 29,32). Aparentemente não havia a menor possibilidade de essas imagens virem a tornarem-se objetos de culto, ao serem usadas como ornamentação, segundo um padrão repetitivo. Deve salientar que a ordem para construir tais objetos fora dada por Deus, nada feito pelo homem, tal como um ídolo.
Além disso, a proibição não é de se fazer qualquer imagem de escultura para fins decorativos, mas de fazer imagens para qualquer tipo de adoração religiosa. Em outras palavras, a ordem era para não adorar nenhum outro Deus nem imagem de qualquer Deus. Aqueles querubins não foram dados a Israel como imagens de Deus, mas de anjos. Nem foram dados para serem adorados. Daí a conclusão de que não há como a ordem de fabricá-los possa violar o mandamento de Êxodo 20.
                Finalmente, a proibição em Êxodo 20 não foi contra a arte religiosa como tal, o que inclui coisas no céu (anjos) e na terra (homens e animais). Ela foi contra o uso de qualquer imagem como ídolo. Que se pode depreender que o texto tinha em mente a idolatria é evidente, pelo fato de haver a instrução: "não te encurvarás a elas, nem as servirás" (Ex 20:5, SBTB). A distinção entre o uso não-religioso e o uso religioso de imagens é importante:

O USO DE IMAGENS

PROIBIDO
PERMITIDO
Objeto de adoração
Não um objeto de adoração
Designadas pelo homem
Designadas por Deus
Com propósito religioso
Com propósito educacional
Para representar a essência de Deus
Para afirmar a verdade
Sem qualificações
Com qualificações

                Até mesmo a linguagem utilizada para referir-se a Deus na Bíblia contém imagens. Ele tanto é pastor como pai. Mas essas duas imagens qualificam-no de forma apropriada, Deus não é simplesmente um pai qualquer. Ele é o nosso Pai Celestial. De igual modo, Jesus não é um mero pastor, mas o Bom Pastor, que deu a sua vida por suas ovelhas (Jo 10:11). Nenhuma imagem finita, sem qualificação, pode ser aplicada apropriadamente ao Deus infinito. Fazer isso é idolatria. E ídolos são ídolos, quer sejam mentais ou de metais.
MARIOLATRIA
Os santos, os anjos e especificamente a Virgem Maria são abertamente objetos de culto na igreja de Roma. Os romanistas costumam distinguir entre cultus civilis devido a superiores terrenos ; doulos-sujeição devido aos anjos; a iperdouleia-mais do que uma sujeição devido à Virgem Maria; e a latreia- adoraçaõ devida unicamente a Deus . o principio é este: Qualquer homenagem, interna ou externa, que envolve a imputação de atributos divinos a seus objetos, se tal objeto é uma criatura, é idolatria. Se a homenagem tributada pelos Romanistas aos santos e aos anjos é idolatria ou não, é questão de fato mais que teoria; ou seja, deve ser determinada pela homenagem realmente prestada e não pelo que é prescrito.
A invocação dos santos praticada na igreja de Roma é idolatria: buscam-se bênção da parte dos santos, bênçãos que somente Deus pode conceder; e se lhes confere atributos que só pertencem a Deus. Buscam das mãos deles todo tipo de bênção, temporal e espiritual, e busca-se diretamente deles como se fossem os doadores. Diz eles que é correto dizer: “São Pedro , salva-me; abre-me as portas do céu; concede-me arrependimento, coragem ”etc. somente Deus pode conceder tais bênçãos; e afirmar-se ao povo que as busque das mão de criaturas. Isso é idolatria.
A mãe de nosso Senhor é considerada por todos os cristãos bendita, a mais favorecida dentre as mulheres . nenhum membro da família humana apostatada teve honra tão grande como a que ela recebeu ao tornar-se a mãe do Salvador do mundo. A reverência a ela devida como tão sublimemente favorecida por Deus, e como aquela cujo coração foi transpassado por muitas dores, abriu caminho para que fosse considerada o ideal de todas as graças e exelencias femininas, e gradualmente tornou-se objeto de honras divinas, ao ir perdendo a igreja, paulatinamente, sua espiritualidade.
A dedicação da Virgem Maria na igreja de Roma foi um processo lento. O primeiro passo foi a declaração de sua virgindade perpetua. O segundo passo foi a declaração de que o nascimento do Senhor , e igualmente sua concepção, foi supernatural. O terceiro passo foi a solene e autoritativa decisão do concilio ecuménico de Éfeso, em 431 d.C.,de que a Virgem Maria era “Mãe de Deus”. Sobre essa decisão pode observar o seguinte:
a.       Que foi formulada mais como uma vindicação da divindade de Cristo do que como uma exaltação da gloria da bem- aventurada Virgem. Teve sua origem na controversa nestoriana. Nestorio foi acusado de ensinar que o logos apenas habitou no homem jesus, deduzindo-se daí que ele cria que a pessoa nascida da virgem era simplesmente humana. Foi para realçar a declaração de que a pessoa assim nascida era verdadeiramente divina que os ortodoxos insistiram na tese de que a Virgem deveria ser chamada a Mãe de Deus.
b.      Há certo sentido em que a designação é própria e conforme à analogia da escritura. A Virgem foi a Mãe de Cristo; Cristo é Deus manifestado na carne; portanto, ela foi a Mãe de Deus. Nas palavras de Francisco Lacueva, é muito mais exato falar dela como Mãe daquele que é Deus. Mãe de Deus, porem , da a impressão de que Maria é mãe de Deus como Deus; em contra partida, Maria foi um vaso escolhido por Deus para que Aquele Que era eternamente Deus como Pai, o verbo se encarnasse, tomando a natureza humana no seio de Maria. E assim de Maria não se pode dizer que fosse a Mãe de Deus.
Seja qual for a explicação, o fato é que a decisão do Concilio de Éfeso marca uma época no progresso da dedicação da virgem.
O quarto passo, ela foi declarada deificada. Foi chamada rainha do céu, rainha de Reinos; declarou-se que ela estava exaltada acima de todos os principados e potestade; sentada á adestra de Cristo, participando com ele do poder universal e absoluto, o qual lhe foi entregue. Todas as bençãos da salvação eram buscadas da suas mãos, bem como a proteção de todos os inimigos e a libertação de todo mal. Permitiu-se e ordenou-se que lhe dirigissem orações, hinos e doxologia. Todo o saltério foi transformado em um livro de louvor e de confissão à Mãe de Cristo. O que na bíblia se diz a Deus e de Deus, nesse livro dirige-se à Virgem. No salmo primeiro , por exemplo, esta escrito: “Bem – aventurado o homem que não anda no conselho dos impios” etc. no saltério da Virgem está escrito: “Bem-aventurado o homem que ama teu nome, ó Virgem Maria; Tua graça consolara tua alma. Como árvore plantada junto a correntes de águas, dará os mais ricos frutos de justiça ”. no salmo segundo dirige-se diretamente à Virgem esta oração: “protege-nos com tua destra, ó Mãe de Deus” etc. no Salmo 9: “Confesar-te-ei, ó Senhora; declararei todos os teus louvores gloria. Ati pertence a gloria e a ação de graças e a voz de louvor”. Salmo 15 “Guarda-me, ó Senhora, porque em ti tenho confiado”. Salmo 17: “Amar-te-ei, ó Rainha dos céus e da terra, e glorificarei teu nome entre os gentios”etc. a Virgem é sempre invocada da mesma forma como o salmista invocava a Deus. E as bênçãos que o salmista buscava em Deus, o romanista é ensinado a buscar nela.
Da mesma forma, parodiam-se os mais santos ofícios da igreja. Por exemplo. O Te Deum é transformado em invocação à virgem. “Louvamos-te, Mãe de Deus; reconhecemos –te como virgem. Toda a terra de adora, esposa do Pai eterno. Todos os anjos e arcanjos, todos os tronos e poderes, finalmente te servem. A ti chamam os anjos, com uma voz sempre incessante: Santa, Santa Maria, Mãe de  Deus... Toda a corte celestial te honra como rainha. A santa igreja por todo o mundo te invoca e te louva, mão de divina majestade... Tu estás sentada com teu Filho à destra do Pai ... Em ti, dulcíssima Maria, está a esperança nossa; defende-nos sempre. O louvor te pertence; o império te pertence; virtude gloria sejam a ti para sempre e sempre”.
A Virgem Maria é para seu adoradores o que Cristo é para nós.ela é objeto de todos o seus afetos religiosos, a base de sua confiança e a fonte da qual se esperam e se buscam todas as bênçãos da salvação. Isto não pode ser considerado como uma simples homenagem ou reconhecimento, isto é proskineo- adoração.

Referencias:  Gleason Archer -enciclopédia de dificuldades bíblicas; Charles Hodge- teologia sistemática; bíblia da mulher.




domingo, 11 de setembro de 2011

MISSÕES E SEUS DESAFIOS 2º DOMINGO DE SETEMBRO

A palavra “Missões” vem do latim mitto, que significa enviar. No grego a palavra é apostello que tem o mesmo significado. Falar em missões sem querer saber para que fazemos missões é o mesmo que andarmos no escuro . Paulo, o grande missionário, foi sempre consciente de que há um objetivo a ser alcançado em missões.  “como, pois invocarão aquele em quem não creram e como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue” Romanos 10. 14.
Das três indagações feitas por Paulo a resposta é MISSÕES. Sim missões existem  para levar Cristo a todas as pessoas, fazendo-as crer que ele é eterno e suficiente salvador.
As estatísticas mostram hoje, que a evangelizar o mundo e principalmente os povos não alcançados é um desafio. Não podemos mais visualizar um mundo rodeado de barreiras sociais e políticas, porque Deus está derrubando todos os bloqueios de Satanás. O evangelho precisa chegar às grandes cidades do mundo como Tóquio, Bombaim, Calcutá, Cairo e outras que aparentemente estão fechadas para o evangelho, mas a população geme sobre o impacto do paganismo buscando outra forma de vida após a morte para aliviar o sofrimento da existência presente.
Não podemos ser indiferentes ao fato de apenas 7% de todos os missionários enviados ao mundo trabalharem entre os hindus, budistas e mulçumanos, povos que representam 50 % da população do mundo.
Para que fazer missões?
Calcula-se que, hoje, apenas a metade da população do globo terrestre já ouviu falar do evangelho, e a outra, maioria absoluta que representa cerca de 3,5 bilhões de pessoas, esta envolvida nas trevas espirituais.
Abra a sua bíblia e leia com atenção João 6.1-15. Nesta passagem destacam-se algumas expressões importantes como: “... e grande multidão o seguia” e “Jesus, levantando os olhos e vendo a grande multidão, perguntou a Felipe: onde compraremos pão, para estes comerem?” leia também Marcos 6. 30-44. Agora que você leu as duas passagens bíblicas indicadas, pense em duas coisas que os discípulos não tinham. Eles não tinham dinheiro nem onde comprar comida. Se eles não tinham dinheiro nem onde comprar pão para alimentar a multidão, eles tinham um tremendo desafio. Isso é MISSÃO. Alimentar as multidões famintas em lugares desertos da terra é um desafio que foge da lógica natural da vida. É necessário olhar além e vê os campos brancos para a ceifa, é sair com cinco pães e dois peixinhos, mas ter o coração cheio de fé e de poder do espírito santo. A tarefa de evangelizar o mundo é tão sublime que Deus não a confiou aos anjos. Ele a delegou à igreja, única agência transmissora da sua multiforme Graça.
Veja o mundo em que vivemos. Observe a extensão do trabalho que nos espera.
OS NÃO – CRISTÃOS CONTATADOS:
Total de não: cristãos contatados- 2,5 bilhões
Total de países: 75 outros países;
Porcentual de identificados como cristãos: menos do que 15% se identificam como cristãos.
OS MENOS EVANGELIZADOS
Total de crentes: menos de 2% dos cristãos;
Pobreza: cerca de 80% das pessoas mais pobres do mundo vivem entre os menos evangelizados;
Força religiosa: a grande maioria dos países mais pobres do mundo se constitui de mulçumanos, budistas e hindus;
Povos não-alcançados: existem 500grupos de povos completamente não-alcançados.
Presença missionária: a igreja dedica-se só 10.200 dos seus 400.00 missionários  transculturais.
Recursos aplicados para a evangelização dos menos evangelizados: um escasso 1,2% do fundo para missões estrangeiras.
Temos que ganhar os não-cristãos para Cristo. Mas quanto tempo a mensagem do evangelho levará para chegar até cada um deles? Se continuarmos na media de 50 mil pessoas por dia ouvindo a palavra pela primeira vez, somente alcançaremos os não- evangelizados daqui a 71 anos! É preciso que mais pessoas recebam as boas-novas diariamente. A nossa tarefa é enorme!
“Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” (Mateus 9. 38)

sábado, 10 de setembro de 2011

É POSSÍVEL ALGUÉM CUMPRIR A LEI SEM GUARDAR O SÁBADO?


Acusado pelos judeus de violar o sábado, Jesus afirmou que "... o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é Senhor também do sábado" (Mc 2.27,28).
Com estas palavras, Jesus defende o princípio moral do quar­to mandamento do Decálogo, condenando abertamente o cerimonialismo, e revela a sua autoridade divina sobre o sábado, para cumpri-lo, aboli-lo ou mudá-lo. O sentimento moral é a ne­cessidade de se descansar um dia por semana, valendo, para esse fim, qualquer deles.
Sobre esta questão, escreveu o apóstolo Paulo: "Um faz dife­rença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distin­gue entre dia e dia, para o Senhor o faz" (Rm 14.5,6).
    
 Os adventistas do sétimo dia dividem a Lei em várias partes. As três principais divisões são: Lei Moral e Lei Sanitária (às quais chamam também de Lei de Deus) e Lei  de Moisés, que é a parte cerimonial da Lei. Crêem que as Leis Morais e Sanitárias não foram abolidas por Cristo, por cujo motivo afirmam que nós, os cristãos, temos que abstermos do roubo, do homicídio, do adultério, da carne de porco, de bagre etc. Porém crêem que Cristo aboliu a Lei de Moisés (ou Lei cerimonial), e que, portanto, não é necessário observarmos a páscoa, o pentecostes, a circuncisão, os sacrifícios de animais, etc.
        Os adventistas guardam o sábado semanal porque crêem que OS DEZ MANDAMENTOS são, sem exceção, morais, embora não ensinem que os mandamentos morais estejam contidos somente no ¹Decálogo. Sim, eles crêem que os mandamentos morais estão distribuídos em toda a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse; e que o Decálogo é uma síntese dos mesmos.
        Para se ver que de fato os adventistas dividem a Lei em Lei de Moisés e Lei de Deus, basta ler o panfleto intitulado Leis em Contraste, editado pela CPB_Casa Publicadora Brasileira, que é a editora deles. Também o livro adventista intitulado Subtileza do Erro, tenta nos convencer que a Lei Sanitária está de pé. Não queremos condenar os sabatistas por guardarem o sábado, pois a Bíblia diz categoricamente que os cardápios e os dias da semana não devem separar os cristãos.  Mas a grande maioria dos adventistas, com os quais temos dialogado, não pensa assim. Pudemos ver claramente que eles têm dúvidas da salvação dos evangélicos que não guardam o sábado. E isso é perigosíssimo! Ninguém será condenado por Deus pelo fato de guardar ou não este ou aquele outro dia, mas quem acha que a inobservância do sábado ou de qualquer outro dia, leva à perdição eterna, está, em franco desrespeito para com a tolerância recíproca que o Espírito Santo recomenda aos membros da Igreja, fazendo do sábado a sua tábua de salvação e se autocondenando. Senão, vejamos:
“Ora, ao que é fraco na fé, acolhei-o, mas não para condenar-lhe os escrúpulos. Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar.
        Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor
tanto de mortos com de vivos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Deus.  Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus. Assim, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.
        Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão. Eu sei; e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo. Pois, se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Não seja, pois, censurado o vosso bem; porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. Pois quem nisso serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. Assim, pois, sigamos as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua. Não destruas por causa de comida a obra de Deus. Na verdade tudo é limpo, mas é um mal para o homem dar motivo de tropeço pelo comer.  Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outra coisa em que teu irmão tropece. A fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem duvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado” (Rm. 14, Versão Revisada)
        Guardando ou não o sábado, se nos valermos unicamente da cruz de Cristo, seremos salvos; e conhecemos muitos sabatistas que pensam assim também, e com estes temos mantido plena comunhão espiritual.

O Sábado no Novo Testamento?!
      
Os adventistas alegam que o Novo Testamento manda observar o sábado; e, para “provarem” isso, citam várias passagens neotestamentárias, das quais consideraremos algumas neste tópico:
a)   Lc. 23.56b: “E no sábado descansaram, segundo o mandamento”. Alegam os adventistas que o fato desta referência bíblica constar do Novo Testamento prova que os cristãos primitivos consideravam a guarda do sábado um mandamento. Mas, se este “argumento” fosse válido, deveríamos praticar a circuncisão e os sacrifícios de animais, pois está escrito em Lc 2.21-24 (e, portanto, no Novo Testamento também), que José e Maria circuncidaram a Jesus e ofereceram os sacrifícios em obediência ao que determina a Lei do Senhor;
b)   Lc. 4.16: “... entrou num dia de sábado, na sinagoga, segundo o seu costume ...”. O fato de Jesus ter o costume de ir às sinagogas em dia de sábado, não prova que nós, os cristãos, tenhamos que fazer o mesmo, pois Gl. 4.4-5 diz que Ele nasceu sob a Lei, para resgatar os que ESTAVAM (no passado) sob a Lei; logo, Jesus fez coisas que nós não precisamos fazer. Ele participou da páscoa (Mt 26. 7-9). Por que os sabatistas não observam a páscoa também? Os sabatistas têm visão de águia, para enxergarem textos bíblicos que parecem favorecê-los, mas não vêem os textos que, com clareza, refutam as suas doutrinas. Por exemplo, está escrito que Jesus quebrantava ou violava o sábado (Jo 5.18); esta referência diz que as razões pelas quais os judeus queriam matar a Jesus eram duas: 1a.) Ele, dizendo que Deus era o Seu próprio Pai, se fazia igual a Deus; 2a.) Ele violava o sábado. O contexto diz que Jesus MANDOU um homem transportar o seu leito em dia de sábado, e isto é, de fato, quebrar um dos mandamentos da Lei, já que até acender fogo no dia de sábado era proibido (Ex. 35.3);
c)   Os sabatistas adoram citar At 13.14,42,44; 17.2 e outras passagens bíblicas, nas quais encontramos os apóstolos Paulo e Barnabé indo às sinagogas, aos sábados, para evangelizar; pensam eles que o faziam aos sábados porque guardavam o sétimo dia da semana em obediência à Lei de Deus. Mas a verdade é que os apóstolos estavam aproveitando a oportunidade. Aos sábados os judeus se reuniam nas sinagogas, e contatá-los lá era prudente. Além disso, os apóstolos estavam dispostos a até mesmo guardar o sábado, se isso se fizesse necessário à salvação dos judeus (I Co. 9.19-23). A prova disso é que o apóstolo Paulo fez o voto de nazireu, prescrito em Nm 6.1-21, isto é, ficou cabeludo (?) e depois rapou a cabeça (At 18.18); circuncidou Timóteo (At 16.1-5); e esforçou-se para passar o dia de Pentecostes em Jerusalém (At. 20.16). Por que os adventistas não rapam suas cabeças, não se circuncidam e observam a festa de Pentecostes, já que o apóstolo Paulo fez todas estas coisas? À luz de I Co. 9.19-23, Paulo fez isso para não escandalizar os judeus ignorantes e assim ganhá-los para Cristo. Ora, Paulo não guardou o sábado, mas se o tivesse guardado, ninguém poderia se valer disso para dizer que é da vontade de Deus que a Igreja o observe ainda hoje.
d)   I Jo. 5.3; Ap. 12.7. É verdade que o Novo Testamento diz que temos que guardar os mandamentos, mas estes mandamentos não são os do Antigo Testamento. Logo, esta “base”, sobre a qual os adventistas se apóiam, também não é sólida;
e)   II Co. 3.14 diz categoricamente que o Velho Testamento está abolido por Cristo; mas os adventistas citam Mt. 5.17,18 para “provarem” que a Lei Moral está de pé. A verdade, porém, é que Cristo aboliu toda a Lei, ou seja, todo o Pentateuco, incluindo o Decálogo. Mas como entender isso? Da seguinte maneira: Quando Jesus disse que “até que o Céu e a Terra passem, nem um i ou um til, jamais passará da Lei até que tudo se cumpra”, não estava dizendo que a Lei não passaria e, sim, que só passaria depois de cumprida. O sábado, a circuncisão, a páscoa, o Pentecostes, o jubileu, a lua nova, etc., passaram, depois de Cristo os cumprir na cruz. Que passaram está claro, pois até os sabatistas sabem disso, visto que eles também não guardam os preceitos acima, com exceção do sábado, o que é incoerência;
f)    Os sabatistas alegam que Mt. 5.17,18 é uma referência à Lei moral, e não à Lei Cerimonial; isto dizem para guardarem o sábado e o cardápio judaico, sem observarem os demais preceitos da Lei e não passarem por incoerentes.  Mas a palavra “lei” na Bíblia se refere a todo o Pentateuco. Por exemplo, em Lc. 2.23 se diz que os sacrifícios de animais constam da Lei do Senhor; e este preceito é um dos mandamentos morais?;
g)   Em Ap. 1.10 está exarado que o apóstolo João foi arrebatado no dia do Senhor. Os adventistas acham que esse dia é o sábado, mas na verdade trata-se do domingo. A questão é que, embora o Novo Testamento não determine nenhum dia de guarda, os cristãos primitivos, por livre e espontânea vontade, decidiram dedicar o primeiro dia da semana a Deus, em comemoração à ressurreição de Cristo que, segundo a Bíblia, ocorreu no primeiro dia da semana (Mc. 16.9).
        O fato de a Bíblia mostrar os cristãos primitivos celebrando a Santa Ceia do Senhor e separando suas ofertas aos domingos (At. 20.7; I Co. 10.1,2), é algo a que apegarmos. Por que faziam isso aos domingos? O que há de especial nesse dia? Nada, certamente, pois esse dia é um dia como outro qualquer; porém, nele ocorreu algo mais importante do que a criação do Universo, a saber, o triunfo de Cristo sobre a morte e a nossa justificação (Rm. 4.25). Porque Cristo ressuscitou no domingo, eles tinham predileção por este dia; porque tinham predileção por este dia, nele se reuniam; e porque nele se reuniam, a celebração da Santa Ceia e o ofertório nele se concretizavam.
        Como se pode ver, os adventistas estão “bem” calçados. Dividindo a Lei em três partes (moral, sanitária e cerimonial) e dizendo que as leis morais e sanitárias ainda estão de pé, eles conseguem ser incoerentes sem que aparentem sê-lo. Guardam apenas uma parte da Lei e dizem que quem o faz somos nós, que não guardamos o sábado; porém, a verdade é que nós não guardamos a Lei, nem parcial, nem integralmente. Nós estamos noutra; nós estamos no Novo Testamento. E o Novo Testamento não é o Velho Testamento remendado, consertado, reformado, pintado, etc. Não! O Novo Testamento não é o Velho Testamento transportado de lá para cá. O Novo Pacto é novo. Nós nos abstemos do furto, do homicídio, da idolatria, da feitiçaria, não porque o Velho Testamento proíbe estas coisas e, sim, porque o Novo Pacto que Cristo fez com a Igreja contém estes deveres; caso contrario, seríamos tão incoerentes quanto os adventistas. Saibam os adventistas que a Igreja tem um novo “não matarás” e um novo “não adulterarás”. O “não adulterarás” do Novo Testamento é diferente do “não adulterarás” do Decálogo. O “não adulterarás” do decálogo só proibia a cobiça à mulher do próximo. O decálogo não proibia a um homem casado de namorar outras mulheres _ desde que estas fossem ou solteiras, ou viúvas, ou divorciadas _ , pedir suas respectivas mãos em casamento e casar com elas. Logo, o decálogo permitia o que o Novo Testamento proíbe, sob pena de condenação eterna. Isto prova que Deus nos deu sim, um novo “não adulterarás”, já que o primeiro não retratava a vontade absoluta de Deus, e sim, a Sua vontade permissiva. Além disso, o decálogo não dava às mulheres o direito de também se casarem com vários homens simultaneamente. É óbvio que essa discriminação era uma adequação ao sistema Patriarcal de então, demonstrando apenas a vontade permissiva do Senhor. Salta, portanto, aos olhos que o Antigo Testamento, do qual o Decálogo era parte integrante, era apenas a base de algo melhor que estava por vir: o Novo Testamento. Neste, Deus não dá às mulheres o direito de ter muitos cônjuges, visto que um erro não justifica o outro, mas tira do homem o direito de fazê-lo.
      Temos também na Nova Aliança um novo “não matarás”. Deveras o “não matarás” do Novo Testamento é diferente do “não matarás” do Antigo Testamento. Na vigência da Lei de Moisés, matar pecadores como adúlteros, blasfemos, feiticeiros, idólatras, profanadores do sábado, etc., não era homicídio. No Novo Testamento, porém, quem executar qualquer desses pecadores, estará cometendo assassinato e, portanto, pecando. Então, o nosso “não matarás” não permite o que o “não matarás” dos judeus permitia. O Novo Testamento não privou o Estado de usar a força policial, mas esta medida só é justificada quando em defesa da ordem pública e/ou para manutenção da soberania nacional (Rm 13:1-7).
      A Lei de Deus sempre foi santa, justa e boa, mas às vezes Ele não legisla sobre um determinado assunto para, deste modo _crêem renomados teólogos _ levar o homem a concluir por si mesmo que tal situação sobre a qual Ele se silenciou, não é o melhor para nós. É o caso da poligamia e do concubinato que nunca foram ordenados por Deus, mas tolerados durante séculos, até que Deus deu um basta a essa permissividade. A partir daí, ter mulheres secundárias (isto é, concubinas), sejam elas escravas ou cativas, como as tiveram Abraão, Jacó, Davi, etc., é ser adúltero (1Tm 3:2; 1Co 7:2). Logo, o nosso “não adulterarás” proíbe o que o “não adulterarás” dos judeus permitia, o que prova que Deus não transportou para o Novo Testamento, o “não adulterarás” da Lei, mas sim, que nos deu um novo “não adulterarás”, distinto e diferente do “não adulterarás” do Velho Testamento. Sim, distinto e diferente. Distinto porque não é o mesmo, e diferente por que não é igual (perdoe-me esta redundância que só exibe o óbvio).
      (No capítulo seguinte damos maiores informações acerca do que dissemos nos últimos quatro parágrafos acima).
      Os adventistas alegam que, se a Lei moral tivesse sido abolida de fato, os evangélicos estariam livres não só para não observar o sábado, mas também para matar, roubar, caluniar, prostituir etc.. Mas eles esquecem que a “Lei de Cristo” (1Co. 9.21), sob a qual está a Igreja, proíbe a prática dessas coisas. Os cristãos não se prostituem em obediência ao Pacto de Deus com os judeus e, sim, em obediência à Nova Aliança celebrada entre Cristo e a Igreja (1Co. 9.21; Hb. 12.24). Além disso, a Lei de Cristo está plasmada na alma do cristão, tornando-se mais um princípio do que um conjunto de normas.
        Nenhum mandamento do Velho Testamento foi transportado para o Novo Testamento. Muitos (não todos) foram repetidos, mas nenhum foi transportado de lá para cá. Repetimos: “O Novo é novo”; os preceitos do Novo Testamento existem independentemente de terem ou não existido no Antigo Testamento. Qualquer semelhança é mera coincidência (veja maiores informações sob o cabeçalho O Sábado e os Coríntios).

. O Sábado: Moral ou Cerimonial?

        O quarto mandamento do Decálogo era moral e cerimonial ao mesmo tempo. O lado moral deste mandamento é a necessidade que todos temos de descansarmos periodicamente, para recuperarmos os desgastes do labor da vida. E o lado cerimonial é o fato desse descanso ter que ocorrer precisamente no sétimo dia da semana. Por que no sétimo? Se descansarmos ás quartas-feiras, não estaremos também nos repousando um dia, a cada sete?
        A necessidade de cessarmos nossas atividades seculares pelo menos um dia por semana para, entre outras coisas, intensificarmos a adoração a Deus, é um princípio moral que, sem dúvida, está de pé. O cristão só não tem é a letra desse mandamento, pois além de constar de uma lei que a cruz de Cristo tornou obsoleta, não consta da Nova Aliança. Assim sendo, sempre que for possível, paremos com os nossos afazeres e rendamos culto ao nosso grande Deus. E ao fazermos isto, se possível, optemos pelo primeiro dia da semana, para comemorarmos a maravilha incomparavelmente superior à criação do Universo, a maravilha da ressurreição de Cristo, a qual nos justifica para com Deus (Rm 4.25). É evidente que o Deus que “descansou” com a conclusão da criação do Universo, “descansa” muito mais com o milagre que nos justifica para consigo; e assim sendo, é justo que façamos festa, ombreando-o nas comemorações. Porém, não nos sobrecarreguemos de regrinhas, transformando o domingo numa espécie de sábado. Lembremos que o Novo Testamento não manda guardar dia algum. O primeiro dia da semana tornou-se conhecido entre os cristãos pelo nome de “dia do Senhor”, porque os cristãos o observavam, e não por determinação divina.
        Como já dissemos, permanece de pé o princípio moral de se descansar amiúde; mas, como já salientamos, não precisamos nos atazanar, caso isso fuja das nossas possibilidades, pois este tema não possui valor salvífico. Sim, pois como todos sabemos, precisamos não só de descanso semanal, mas diário também. Não obstante, já trabalhamos 35 horas consecutivas, e o fizemos sem nenhum peso de consciência, pois sabíamos que estávamos respaldados pela Bíblia (I Ts. 2.9; 2T 3.8).
        Ora, assim como é certo e salutar dormimos pelo menos 8 horas a cada 24 horas, mas, se por uma razão qualquer isso não for possível, Deus não nos condenará por isso, se por um motivo qualquer, não nos for possível cultivarmos o merecido repouso semanal, não nos deixemos abater. Lembremo-nos que temos algo incomparavelmente superior ao descanso semanal, a saber, o descanso espiritual (do qual o sábado semanal era uma sombra, Cl. 2.16-17) nos braços eternos e onipotentes de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Mt 11.28). Este é o verdadeiro sábado e é ininterrupto.

  O Sábado e o Dia do Senhor

        Afirmamos repetidas vezes que o Novo Testamento não manda guardar dia algum. Porém, sabemos que alguém poderá objetar, alegando que Ap. 1.10 menciona “O dia do Senhor”. “Que dia era esse? Precisamos saber”, dirá alguém, “pois está claro que o Senhor ainda tem um dia”. A resposta a esta alegação é que como já vimos, a Bíblia mostra que os cristãos do século I tinham predileção pelo primeiro dia da semana (At. 20.6,7, I Co. 16.2); e a História Eclesiástica deixa claro que nos séculos II e III os cristãos tinham como dia de guarda o domingo, ou seja, o primeiro dia da semana. É oportuno relembrarmos que eles o faziam impulsionados pelo Espírito Santo, e não em obediência a uma lei escrita. Sim, o Novo Testamento não registra este mandamento.
        Pois bem, Ap. 1.10 se explica assim: De tanto os cristãos primitivos se reunirem no primeiro dia da semana, se convencionou entre eles identificar este dia com uma nomenclatura especial. E o nome dado foi “Dia do Senhor”. João chamou este dia de “Dia do Senhor” apenas porque este era o nome pelo qual este dia era conhecido.
        Etimologicamente, o significado do vocábulo “domingo”do grego te kyriake hemera, ( te kyriake hemera), é “dia do Senhor”. E nós, embora sabedores disso, chamamos o primeiro dia da semana de domingo, apenas para identificá-lo, pois como já está claro, o consideramos como um dia qualquer. E, certamente, João o fez pela mesma razão. No inicio do século III Tertuliano chegou a afirmar que “nós [os cristãos] nada temos com o sábado, nem com outras festas judaicas, e menos ainda com as celebrações dos pagãos. Temos a nossa própria solenidade: o Dia do Senhor, pó exemplo, e o pentecoste” (On idolatry 14). Encontramos um testemunho muito interessante na obra siríaca O ensino dos apóstolos, que dada da segunda metade do século III, segundo a qual os apóstolos de cristo foram os primeiro a designar o primeiro dia da semana como o dia do culto cristão. (Ante-nicene fathers, 8668). Ainda sobre o domingo como dia de festa semanal da Igreja, veja o que escreveram os seguintes Pais da Igreja:
Barnabé: "De maneira que nós observamos o domingo com regozijo, o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos".
Justino Mártir: "Mas o domingo é o dia em que todos te­mos nossa reunião comum, porque é o primeiro dia da semana, e Jesus Cristo, nosso Salvador, neste mesmo dia ressuscitou da mor­te".
•  Inácio: "Todo aquele que ama a Cristo, celebra o Dia do Senhor, consagrado à ressurreição de Cristo como o principal de todos os dias, não guardando os sábados, mas vivendo de acordo com o Dia do Senhor, no qual nossa vida se levantou outra vez por meio dele e de sua morte. Que todo amigo de Cristo guarde o dia do Senhor!"
Dionísio de Corinto: "Hoje observamos o dia santo do Se­nhor, em que lemos sua carta".
Vitorino: "No Dia do Senhor acudimos para tomar nosso pão com ações de graça, para que não se creia que observamos o sábado com os judeus, o qual Cristo mesmo, o Senhor do sábado, aboliu em seu corpo".

  
 Constantino e o Sábado
       
Segundo a História Eclesiástica, o imperador Constantino publicou um edito, sancionando o primeiro dia da semana como o dia que os cristãos devem observar. Os adventistas argumentam à “base” disso que os cristãos observavam o sábado, mas Constantino impôs o domingo. Porém, se examinarmos a Bíblia e a História com honestidade, veremos que os cristãos observavam o domingo, e que Constantino, querendo agradar os cristãos, transformou isso em lei, legalizando deste modo o que os cristãos já vinham fazendo, mesmo sem uma lei que os amparasse.
     Gostamos de apoiar as doutrinas que esposamos unicamente nas páginas da Bíblia. Mas como os sabatistas se julgam apoiados pela História Universal ao guardarem o sábado, informamos que, pelo contrário, a História mostra claramente que os cristãos dos séculos II e III observavam o domingo antes de Constantino sancioná-lo. São muitos os registros, mas neste livro registraremos apenas um: Justino Mártir: “Mas o domingo é o dia em que todos temos a nossa reunião comum, porque é o primeiro dia da semana e Jesus Cristo, Nosso Salvador, neste mesmo dia ressuscitou da morte” (Sei
tas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, CPAD, pg. 73, Raimundo F. de Oliveira).

       

  O Sábado na Eternidade

      Is 66.23 diz “que, de uma festa da Lua Nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR” ( Almeida Atualizada, grifo nosso). Geralmente os adventistas se servem deste versículo para “provarem” que o sábado será observado até mesmo na Nova Terra, ou seja, na eternidade, o que, segundo eles, é evidência de que o sábado é um mandamento eterno. Mas, o que este texto está dizendo é que na eternidade a adoração será ininterrupta, e nada mais. Doutro modo teríamos que observar a Lua Nova também, visto que o texto em questão afirma de igual modo que os adoradores adorarão de “uma Festa da Lua Nova à outra”.A Bíblia diz, por exemplo, que os perdidos serão atormentados de dia e de noite (Ap 20. 10). Entretanto, disso não podemos inferir que vá existir dia e noite no inferno. Todos entendemos que, neste caso, o trecho bíblico em pauta está apenas dizendo que o tormento será contínuo.
Para concluir, Escreve o apóstolo Paulo: "Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, por­que tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. Ninguém se faça árbitro contra vós ou­tros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado sem motivo algum na sua mente carnal, e não retendo a Cabeça, da qual todo corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus" (Cl 2.16-19).


Minhas Postagens

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...
O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidencia e exemplo de seu amor por nos, nos ensinando a manter um relacionamento correto com Deus, mas como podemos ter evidencias de que a Bíblia é mesmo a palavra infalível de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único na Bíblia que a separa dos demais livros escritos até hoje? A Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática. Não pode haver duvidas sobre a veracidade bíblica. Ela não é um livro que um homem escreveria se pudesse, ou que poderia escrever se quisesse.

QUE TEMPO CURTO!

QUE  TEMPO CURTO!
Se for ensinar, haja dedicação ao ensino (Rm 12.7b). Quase todos nós já passamos pela experiência de ver um professor da Escola Dominical ser surpreendido pelo soar do sinal anunciando o término da aula. Muitos são os professores e alunos que vivem se queixando do pouco tempo reservado para o estudo em classe. Alguns professores chegam dizer, frustrados, que a aula terminou exatamente quando começava a tratar da melhor parte do seu conteúdo. A questão não é falta de tempo e sim de planejamento. Quando não há planejamento da aula, não importa o tempo a ela reservado, tudo sairá atabalhoadamente dando a impressão de que está faltando algo. Quando existe planejamento, mesmo que o tempo seja curto, haverá produtividade e satisfação na aula dada. O problema não é o tempo, reafirmo, mas o planejamento. O planejamento de uma aula para a Escola Dominical deve levar em consideração vários fatores.

Alguém precisa fazer algo!

Alguém precisa fazer algo!
JANELA 10/40 é uma faixa da terra que se estende do Oeste da África, passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. A esse retângulo denomina-se JANELA 10/40.Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com as suas etnias e línguas tenham sido confrontadas com o evangelho. A outra parte, com sua maioria absoluta na Janela 10/40, representa uma grande multidão de cerca de 3,2 bilhões de pessoas que ainda são objetos dos empreendimentos missionários do povo de Deus.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.
. Então, aí vai dez dicas para ler sem esquecer, a primeira vista, muitas podem parecer óbvias. Mas não as subestime. Não é sempre que a gente enxerga o óbvio. 1- Não leia cansado nem ansioso. Se for o caso, faça exercícios de respiração antes de começar a leitura. O estresse é o inimigo número um da concentração e, em consequência, da memorização. 2- Tenha vontade de aprender o que será lido. 3- Se não tiver vontade de antemão, procure criar interesse pelo assunto. A curiosidade é a mola da humanidade. 4- Sublinhe as palavras mais importantes e as frases que expressem melhor a idéia central. 5- Analise as informações e crie relação entre elas, seja nas linhas de cima ou com tudo o que você aprendeu na vida, trazendo-as para o seu mundo. A associação de idéias é fundamental. 6- Leve sempre em conta coisas como: 1- Grau de dificuldade do texto (ler um gibi não é o mesmo que ler sobre filosofia). 2- Objetivo (Só querer agradar alguém, e mais nada, não é o melhor caminho para gravar uma informação. 3- Necessidade (querer ler é bem diferente de depender disso). 7- Faça perguntas ao texto e busque respostas nele. 8- Repita sempre, desde ler de novo até contar para laguém o que você leu. 9- Faça uma síntese mental. Organizar bem as idéias já é meio caminho andado. 10- A memória prefere imagens a palavras ou sons. Por isso, tente criar uma história com aquilo que está lendo, com cenas coloridas e movimentadas. Sammy Pulver comentou muito bem a sensação de quem descobriu e está experimentando os prazeres de uma boa leitura: Na vida nos ensinam a amar, a sorrir, a andar, a lutar, mas quando abrimos um livro, descobrimos que também podemos voar.