domingo, 14 de outubro de 2012

DINOSSAUROS


Em 1824, ossos fossilizados de vários tipos foram descobertos durante uma escavação realizada na Inglaterra. Os estudos, conduzidos pelo paleontólogo britânico Richard Owen, levaram à conclusão ser de uma espécie totalmente nova de animais, denominando-os de Dinosauria, termo oriundo de duas palavras gregas, <deinós e sauros>, que significam “lagarto terrível”, ou como ficaram popularmente conhecidos: dinossauros. Um nome de caráter genérico para referir-se a essa nova espécie, havendo então muitos outros nomes dados pelos cientistas, por exemplo: Pterossauro, Iguanodon, Tiranossauro Rex, Braquiossauro etc.
Desde esta data, muitos outros esqueletos têm sido encontrados fossilizados nos mais variados lugares do mundo, como a Grande Planície Central da América do Norte, em Alberta – Canadá, no deserto de Góbi – Mongólia, no deserto do Saara – África, no Alasca, na Antártida, na Patagônia – Argentina e até mesmo no Brasil, como são os casos dos sítios arqueológicos no Rio Grande do Sul, Itapecuru- Mirim no                          Maranhão, no município de Sousa na Paraíba e principalmente o sertão brasileiro, trazendo uma nova “corrida do ouro”. O tesouro agora é uma vértebra da coluna de um Yalessauro, uma mandíbula de um Diploducus e, quem sabe, com muita ‘sorte’, achar um esqueleto completo de um Veloceraptor, que valeria uma fortuna incalculável.
Analisando todos os fósseis já encontrados, os estudiosos imaginam esses animais das mais diferentes maneiras. Pensa-se, por exemplo, que naturalmente eram enormes e aterrorizantes. Alguns eram grandes e temíveis, porém a paleontologia moderna tem mostrado que também havia muitos grandes e inofensivos outros pequenos e carnívoros, e ainda outros pequenos, inofensivos e frágeis. No ilme do cineasta Steven Spielberg, Parque dos Dinossauros I e II, um dos maiores sucessos do cinema norte-americano e no desenho da Walt Disney, Dinossauro, exibido no mês passado nos cinemas brasileiros e de outros países, eles são apresentados como grandes répteis, com detalhes inéditos, como a cor da pele, o comportamento, chifres e serras, emitindo sons e grunhidos estranhíssimos, além da recriação do seu habitat natural, uma terra paradisíaca.
Que existe muita fantasia nos filmes todos nós sabemos, o que podemos ponderar é que se jamais tivéssemos visto uma zebra, dificilmente saberíamos, na simples análise de seu esqueleto, que ela possuiria listras negras e brancas. Isso mostra que há muita especulação em torno do assunto e que a verdade sobre várias espécies desses répteis fascinantes ainda constitui verdadeira incógnita, não sabendo até se alguns eram de fato répteis ou aves.
Por isso, nossa intenção nesta matéria é deixar de lado esses aspectos e focalizar o assunto sob a perspectiva teológica e bíblica, no que se refere a onde, e em que momento do Gênesis essa espécie de animais pode ser situada. Tinham-se bico ou não, se tinham penas ou escamas, se eram carnívoros ou herbívoros, se eram aquáticos ou terrestres são informações que não serão abordadas nesse momento.

Entendendo O assunto

O assunto dinossauros, a princípio, pode ser dividido em duas tendências de pensamentos e estudos: A dos que simplesmente não acreditam que eles tenham existido, independentemente dos achados arqueológicos. E para isso vale-se de várias teorias científicas que com o tempo se mostraram erradas. A segunda corrente crê na existência desse reino animal, valendo-se dos vestígios e ossadas deixados em toda a crosta terrestre.
O ICP, sendo um órgão de pesquisas, também entende que eles possam ter existido, uma vez que há documentação científica exposta em museus. Essa documentação indica que eles apareceram subitamente, sem evidências de ancestrais, conforme os registros fósseis2. Nós, como uma instituição cristã procuramos interpretar os fatos biblicamente, negando a Teoria da Evolução das Espécies afirmada pela ciência darwinista. A Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, e ela afirma que foi Deus quem criou todas as coisas... ’Todas as coisas’ foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez... João 1.3 (veja ainda Hb 11.3).
Consideramos também que por tratar-se de um assunto não abordado claramente na Bíblia, não devemos ser dogmáticos. Ninguém precisa conhecer profundamente esse assunto ou tentar provar isso ou aquilo para firmar sua fé em Deus. O assunto mais importante que encontramos na Bíblia é a preciosa graça de Deus manifestada em Cristo (Jo 3.16; Rm 5.8; Ef 2.8-9; Tt 2.11).
 Como percebemos que há uma dinossauromania3 no mundo, convidamos você para refletir em busca de maior equilíbrio e esclarecimento sobre alguns pontos acerca deste assunto presente diariamente na mídia, nas escolas.
Teólogos Cristãos Sugerem algumas explicações

Na atualidade, muitos teólogos cristãos e piedosos procuraram explicar a existência dos dinossauros, sugerindo várias interpretações da narrativa de Gênesis. Analisaremos apenas as que nos parecem mais dignas de confiança.
Antes de expô-las, é importante que se diga que todas essas interpretações reafirmam a doutrina de que Deus é o Criador de todas as coisas, não deixando margem para o evolucionismo. Por isso, seria válido examiná-las.

        I.            Homens e dinossauros foram contemporâneos?

Essa interpretação afirma que o relato de Gênesis, capítulos 1 e 2, deve ser literal. “Yom” do texto hebraico equivale a um dia na Criação, isto é, um período de 24 horas. Sendo assim, os dinossauros terrestres, marinhos e o homem, teriam sido criados no quinto e sexto dias respectivamente, conforme relato dos versículos 20 e 31: E disse Deus: Produzam as águas abundantemente ‘répteis’ de alma vivente... Conforme as suas espécies... Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares. E foi à tarde e a manhã, o ‘dia quinto’... Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; ‘homem e mulher os criou’.
E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi. ‘E fez Deus as bestas-feras da terra conforme a sua espécie’, e o gado conforme a sua espécie, ‘e todo réptil da terra conforme a sua espécie’. E viu Deus que era bom... E foi à tarde e a manhã, o ‘dia sexto’.
Dizem ainda que não existe base para sustentar a interpretação de que não são dias literais, visto que o dia da Bíblia para a mentalidade hebraica daquela época seria um dia literal. Gênesis capítulo 1 diz que houve tarde e manhã, essa é a maneira hebraica de contar o dia como ciclo de 24 horas. Vejam ainda Êx 20.11 como confirmação de serem dias literais.
Assim, essa interpretação rejeita os milhões de anos indicados pelos cientistas, e prega que Deus criou tudo do nada em um único instante, no máximo 10 mil anos, e recorre à possibilidade disto ser verdade por meio da hipótese do surgimento instantâneo da matéria, conforme apresentada no livro Razões para os céticos considerarem o cristianismo, da autoria de um dos maiores apologistas, o Dr. Josh McDowell, lançado pela editora Candeia, o qual também apresenta algumas objeções ao método de datação pelo Carbono 14, Potássio-argônio ou Urânio, usados como critério de datação, atribuindo aos fósseis e à Terra milhões de anos.
Quanto ao problema de convivência do homem com o dinossauro, pensam esses intérpretes que, assim como nos dias de hoje, nosso convívio com animais selvagens é possível dentro de nosso respectivo habitats, assim seria no princípio da Criação. Apoiam-se ainda no verso 25 para demonstração da ordem natural do mundo: ...E viu Deus que era ‘bom’. Conforme o verso 26 o homem exercia domínio sobre todos os outros reinos: ...’Domine’ sobre os ‘peixes do mar’, e sobre as ‘aves dos céus’, e sobre o ‘gado’, e sobre toda a terra, e sobre todo ‘réptil’ que se move sobre a terra.
Por faltas de provas geológicas contundentes da queda de um gigantesco meteoro, levando-os à extinção, são três as possibilidades por eles apontadas:
a)     Ou os dinossauros extinguiram-se antes do Dilúvio, sem motivo aparente. Argumentam para justificar essa teoria que temos animais sendo extintos diante dos nossos olhos e até agora não conseguimos descobrir exatamente as causas dessa extinção em alguns deles. Como, então, podemos saber como desapareceram os dinossauros vários séculos atrás?
b)     Ou foram preservados do Dilúvio na Arca, e se extinguiram logo após. Para sustentar essa tese da extinção pós-diluviana, é apresentada a hipótese de que os dinossauros precisavam de toneladas de alimento todo dia, e as condições, porém, não eram mais favoráveis à sua sobrevivência.
c)      Ou foram extintos nas águas do Dilúvio. Quanto aos aquáticos, foram se extinguindo devido às alterações na temperatura e nas propriedades das águas marinhas. Uma espécie de El Niño e La Niña da época diluviana. Apenas alguns conseguiram sobreviver. Exemplo disso é o caso do navio pesqueiro japonês Zuiyo Maru que, em 1977, próximo da Nova Zelândia, pescou um animal marinho que possuía nove metros de comprimento e pesava quase dois mil quilos. Pela foto, muito semelhante a um Pleitossauro, feroz predador, supostamente do período Jurássico.

    II.            A Criação em dias-eras ou Período geológico

Levando-se em consideração a tese científica da Criação em milhões de anos, surge então essa interpretação que entende cada dia empregado em Gênesis, capítulo 1, como dias figurativos, podendo significar diferentes medidas de tempos. Alegam que dia pode significar verão e inverno (Zc 14.8), o dia da colheita (Pv 25.13; Gn 30.14), mil anos (Sl 90.4; 2 Pd 3.8 10), dia do Senhor (At 2.20) etc. De qualquer maneira, essas expressões realmente envolvem vários dias ou até milhares de anos. Além de que “Yom” é também empregado por alguns rabinos em Gn 2.4 para se referir a um processo criativo inteiro que, no capítulo anterior, foi descrito em seis dias.
Assim, cada “Yom” com sua manhã (início do período) e noite (fim do período) representa uma era geológica ou estágio no processo criativo de Deus. Esta foi a explicação à qual  recorreram os geólogos do século 19 que respeitavam a autoridade da Bíblia, como o Dr. J. W. Dawson em A Origem do Mundo Segundo a Revelação e a Ciência – 1877 e James Dana em Manual de Geologia – 1875.
Segundo este ponto de vista teológico, dinossauros marinhos, terrestres e voadores teriam sido criados no quinto e sexto período ou era (Gn 1.20-25), quando a Bíblia diz que Deus fez grandes criaturas marinhas; seres viventes que se arrastam e criaturas voadoras ou aves que voam. Assim, entendem que a maioria das espécies de dinossauros não alcançara o homem, pois este teria sido criado no fim da sexta era, quando então muitos desses animais já teriam sido extintos, por razões desconhecidas, ou até possivelmente pela queda de asteroides, doenças ou mudanças climáticas.
 Alguns animais muito exóticos, mesmo não considerados dinossauros, conseguiram chegar até nossos dias, como os dragões (lagartos gigantes) que vivem apenas na ilha de Komodo – Indonésia, cuja mordida é venenosa; a iguana de Mona – ilha do Pacífico; as tartarugas de Galápagos – Oceano Pacífico, que podem viver até 150 anos pesando 300 quilos; ornitorrinco da Austrália, animal muito estranho que virou símbolo das Olimpíadas 2000, mamífero que vive à beira dos rios e nada bem, possuindo corpo e a cauda compridos, um focinho semelhante ao bico do pato e bota ovos. Outros, tais como os da Ásia e os mamutes da Sibéria, já foram extintos. Dessa forma, os milhões de anos apontados pela ciência podem perfeitamente ser acomodados no relato da criação de Deus em Gênesis não contrariando a doutrina de que Deus é o Criador de todas as coisas.

III.            O grande intervalo de tempo

Um terceiro grupo de teólogos e intérpretes da Bíblia acredita que entre Gênesis 1.1 e Gênesis 1.2, houve um grande intervalo de tempo. Com base em Isaías 45.18 onde diz: Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, ‘o Deus que formou a terra’, e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor e não há outro. Explicam que Deus teria criado no princípio os céus e a terra (v.1), isso há milhões de anos, como afirmam os cientistas. Nesse primeiro momento, a terra teria sido habitada pelos dinossauros.
Como o texto acima afirma que o Senhor não a criou vazia, o versículo 2 de Gênesis deveria então ser traduzido por ‘tornou-se’ sem forma e vazia e não ‘era’ sem forma e vazia. E já que o verbo era em Gênesis 1.2 pode razoavelmente ser traduzido por veio a ser, não vêem nenhum problema em entendê-lo desta maneira. Na língua hebraica “bõhu” é a mesma palavra vazia que aparece no texto bíblico e que permite essa dupla tradução.
Dessa maneira, Gênesis 1.1 deve indicar uma criação original (onde os dinossauros se situavam), e a criação do Cosmo ... E pela fé entendemos que os ‘mundos foram criados’ pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê (Hb 11.3). Enquanto que o estado caótico mencionado em Gênesis 1.2 é a ocasião na terra em que os dinossauros foram extintos. Esta é a única conclusão que se pode tirar de Isaias 45.18. Citam que essa primeira criação de Deus foi imediata, constituindo-se apenas por sua palavra: ... Pela palavra de Deus..., sem os dias literais ou eras (Sl 33.6-9).
Essa concepção se harmoniza em parte com a ciência, quando acredita que a terra é bastante antiga e permite até mesmo a idéia de que realmente tenha sido um grande meteoro que caiu na terra extinguindo os dinossauros. Fazem até uma relação dessa teoria com a queda de Satanás e todos os seus anjos, e citam Lucas 10.18 quando Jesus disse: ...Eu via Satanás, ‘como raio’, cair do céu. (veja ainda Is 14.12-15; Ez 28.13-18).  Assim, os dinossauros fariam parte da primeira criação de Deus (Is 45.18) e foram extintos subitamente porque Satanás e seus anjos caíram sobre a Terra, causando sua extinção, isso tudo há milhares de anos. Havendo então um intervalo de tempo enorme, milhares ou milhões de anos.
A partir do versículo 2 de Gênesis, trata-se de uma restauração ou recriação, quando Deus cria o homem e muitas coisas que ainda existem hoje. Nesse caso, a palavra dia (hebraico Yom) representa um dia literal de 24 horas, e Gênesis 1.3 – 2.3 nos dá um relato de uma semana literal na qual Deus reorganizou os elementos e a matéria (... fez Deus separação entre a luz e as trevas; .. .haja separação entre águas e águas; Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; entre outras passagens) e restaurou completamente do caos uma criação registrada em Gênesis 1.1 que teria sofrido uma catástrofe.

 IV.            Criação visionária

Nesta última interpretação, alguns teólogos entendem o (Yom) como visão de Moisés de todo o drama da criação em seis dias visionários. Assim, Deus teria descrito a Moisés, como fez com Jó, o mistério de como criara todas as coisas, e as etapas pelas quais cumpriu a sua obra. Sendo assim, esses estágios não representariam necessariamente uma seqüência de ordem cronológica (a narrativa da criação dos dinossauros, bem como sua extinção, passaria por este processo de tempo e período sem muitos detalhes), sendo em partes cronológicos e em partes tópicos.
Assim, trata-se de uma visão que Deus teria dado a Moisés, mas que ele estaria descrevendo dentro dos limites humanos. Por se tratar de uma visão que Moisés teria tido, não representa, portanto, os fatos minuciosos da história original da criação, mas apenas o que ele conseguira registrar e entender, já que nem tudo pode ser passível de observação humana. Assim, os dinossauros estariam  incluídos dentro do contexto da criação, como o cavalo, o elefante, a ovelha, o tubarão, o polvo, o tucano, a arara-azul, que também não são mencionados nominalmente. Moisés não deixou nada escrito explicitamente.

      V.            O equilíbrio é O melhor método

A questão fundamental das explicações em si está relacionada com o fato de a criação ser divina, em contraste com as teorias não-cristãs da origem do universo, tais como o evolucionismo darwinista. O evolucionismo de Charles Darwin na sua obra A Origem das Espécies (1859), procurou explicar o surgimento das espécies biológicas pelo processo de seleção natural e não pelo glorioso desígnio de Deus. Ou seja, que toda a criação se desenvolveu por um mero processo natural, a sobrevivência dos mais capazes, sem ação ou criação de qualquer inteligência divina. O que jamais aceitaremos, e combatemos, pois cremos no Deus Criador, livre, soberano, e o homem é ser criado e a Ele deve respeito. Inclusive, a verdadeira ciência moderna tem confirmado os fatos bíblicos. Além do mais, pela seleção natural, as coisas tendem a se degenerar e não se sofisticar.
 Sabemos que todas as teses acima que tentam explicar a presença dos dinossauros e o seu súbito desaparecimento conseguiram apenas apresentar algumas idéias plausíveis e possíveis, que não podemos considerar como verdade absoluta, mas relativa, e muitas falhas e lacunas continuam existindo em todas elas. Por isso, não encerramos esse assunto, pois vivemos num mundo cheio de mistérios e novidades científicas e arqueológicas.
No passado, até 1824, nossos irmãos não se preocupavam com os dinossauros, já que, em tese, eles não existiam, por não terem sido ainda descobertos, e em nada a fé que eles possuíam era inferior à da nossa geração. Assim também como amanhã poderemos ter novos desafios pela frente, mas como cristãos, com a mente de Cristo preparada para as novas situações, compreendemos também que a História está sob o controle de Deus, ...Sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder...(Hb 1.3) e não pela visão parcial, tendenciosa, não cristã, absurda, de um cientista que, desprovido do temor do Senhor, e de sua sabedoria, “encanta” através de gerações, indivíduos naturalmente rebeldes à soberana vontade de Deus. Logo, os fósseis de animais e de plantas, bem como esses terríveis lagartos, testemunham em favor do modelo criacionista das nossas origens, porque eles apareceram subitamente, sem qualquer evidência de ancestralidade exatamente como nos ensina a Bíblia, que existe um Criador que criou todas as coisas conforme sua espécie prontas para o pleno desempenho de suas funções e ao seu gosto (Gn 1).

 Tudo isso deve glorificar o Grande Deus Criador. Contemplai agora o beemote, que eu criei contigo, que come a erva como o boi. A sua força está nos seus lombos, e o seu poder nos músculos do seu ventre. Enrija a sua cauda como o cedro; os nervos das suas coxas são entretecidos. Os seus ossos são como tubos de bronze, os seus membros como barras de ferro. Ele é ‘obra prima’ dos feitos de Deus (Jó 40.15-19), e, louvai-o pelos seus atos poderosos, louvai-o conforme a excelência da sua grandeza. (Sl 150.2).
________________________
notas
1 Paleontologia – Ciência que estuda animais e vegetais fósseis.
2 Fósseis – Vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a terra
antes do Período Holoceno e que se conservaram em depósitos sedimentares da crosta terrestre
sem perder as características essenciais.
3 Dinossauro mania – Expressão criada para se referir à moda sobre dinossauros no comércio de
bonecos e miniaturas, aos cinemas e livros sobre o assunto.
4 Yom – termo hebraico, que traduzido é dia.
5 Habitat – total de características ecológicas do lugar específico habitado por um organismo
ou população.
6 Extinção – Processo de destruição, extermínio.
7 El Niño e La Niña – Expressões para designar os fenômenos naturais que afetam o clima
provocando secas, enchentes, frio etc., ao promover o aquecimento ou o resfriamento das águas
oceânicas.
8 Cosmos – O conjunto de tudo quanto existe (incluindo-se a terra, os astros, as galáxias e
toda a matéria disseminada no espaço), tomado como um todo o sistema solar; o cosmo, o
macrocosmo.

sábado, 13 de outubro de 2012

Enchendo-se do Espírito Santo Ef 18-20



 A estrutura final dessa passagem, constituem de dois imperativos seguidos  por quatro  particípios, revela que esses quatro  versos abrangem  uma só  unidade de pensamento. Os quatros particípios modificam o imperativo principal em 5.18 (Enchei-vos) e descrevem as quatros conseqüências de estar cheio do Espírito Santo; cantando(5. 19a); sendo alegre(5.19b); agradecido(5.20) e sujeitando-nos uns aos outros(5.21).
Toda essa seção (4.17- 5.21) contém uma serie de contrastes, começando com antes e depois, contrapondo os gentios que, convertidos, vieram a conhecer a Cristo. Outro contraste ocorre outra vez em 5.18 embriaguezes versus plenitude espiritual.

                               I.            O sentido duplo do vinho — v. 18

"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda". Temos aqui uma proibição e uma causa. A Bíblia fala de vinho em três sentidos.
a)      Positivamente, o vinho pode ser uma bebida saudável, e, nas regiões vinículas, serve para alimentar e fortalecer fisicamente. Figuradamente, o vinho alegra, aformoseia o rosto.
b)      Negativamente, o vinho pode viciar a pessoa que o bebe e, assim, promover desor­dem moral e física.
c)      O deus do vinho era Baco. Havia em Éfeso um culto a ele, em que seus adoradores embriagavam-se e incorriam em atos de dissolução. A palavra "contenda" fica melhor traduzida por dissolução, que se entende por licenciosidade e desenfreio.

                            II.            A forma precisa do verbo “enchei-vos” (plhrousqe) é bastante significativa por Quatro razoes:

1)      É um imperativo. Uma ordem. Estar cheio do Espírito não é uma opção ou uma sugestão tentadora, como se estivéssemos livres para aceita-la ou não. Ela traz consigo um ônus urgente de grande importância.
2)      Esta no plural. Aplica-se a todo o corpo de Cristo coletivamente. O povo de Deus coletivamente, “deverá esta dão cheio de Deus, através de seu espírito que nossa adoração e nossa casa deverão dar uma prova cabal da presença do Espírito Santo”.
3)      É um passivo. Desse modo poderia ser traduzido como: “Deixe que o Espírito lhe encha” (NEB). Deveria haver tal abertura e obediência ao Espírito Santo, que nada pudesse impedir que ele nos enchesse.
4)      É um tempo presente. Transmite a idéias de uma ação contínua. Trata-se de um enchimento progressivo, isto é, ir enchendo até transbordar. Russel N. Champlin, em seu O Novo Testamento interpretado (vol. 4, pág. 625), diz: "Um indivíduo pode ter preferência ou pelo vinho ou pelo Espírito Santo, pois uma antítese está em foco aqui:

O vinho degenera
O Espírito Santo eleva;

O vinho conduz ao deboche
O Espírito Santo enobrece
O vinho nos toma bestiais
O Espírito Santo nos toma celestiais" (2 Co 3.18).
                   
    







Assim como nosso corpo físico necessita uma constante renovação, que é proporcionada pelo sono, boa alimentação etc., da mesma forma o corpo de Cristo necessita uma constante renovação que se torna possível pelo Espírito Santo.

5)      A razão para encher-se do Espírito — v. 18"... mas enchei-vos do Espírito". Paulo apresenta uma fonte e uma causa de prazer muito mais forte e saudável que o encher-se de vinho. Ele apresenta um vinho superior, capaz de dar um tipo de alegria permanente, que é a alegria do Espírito. Os adeptos de Baco criam que esse falso deus podia encher-lhes de sua força e influên­cia. Por isso, Paulo lhes apresenta o Deus verdadeiro, o único Deus poderoso, capaz de encher-lhes de sabedoria e de toda a alegria. Alegria que jamais outro deus poderia dar-lhes. "Enchei-vos do Espírito" é um convite e uma ordem para os crentes efésios.


                         III.            Os efeitos do enchimento do Espírito — vv. 19,20
Se o encher-se de vinho conduz o homem ao deboche e à degeneração, o encher-se do Espírito conduz o crente ao louvor e à adoração a Deus. O versículo 19 fala de três tipos de louvor e adoração que resultam de uma vida cheia do Espírito Santo.
a)      O primeiro tipo fala de "salmos", referindo-se aos salmos de Davi, Asafe, Moisés, que contêm expressões proféticas acerca do Messias etc. A palavra "salmos" apa­rece no grego com o sentido de cânticos acompanhados por harpa ou outro instrumento musical.
b)      O segundo tipo fala de "hinos", que eram cânticos de louvor a Deus mas entoados espontaneamente, vindos do coração.
c)      O terceiro tipo de louvor era "cânticos espirituais". Esse tipo tem sido interpretado de duas maneiras. Alguns acham que são aqueles cânticos poéticos regulares, previamente preparados para o louvor. Outros interpretam como sendo os cânticos produzidos no interior do espírito do crente cheio do Espírito Santo. Normalmente, o crente batizado com o Espírito Santo entoa cânticos espirituais em línguas estranhas, isto é, em línguas variadas, conforme o Espírito concede àquele crente que fala ou canta. Esses cânticos espirituais são os cânticos do nosso espírito interior louvando espontaneamente ao Se­nhor, sem a interferência da inteligência, mas estritamente produzidos pelo Espírito Santo e ensinados ao espírito interior do crente. Tertuliano descreve a festa do amor cristão, quando cada pessoa era convidada a louvar a Deus, na presença dos outros, a partir  de tudo que conhecia sobre as Sagradas escritura ou que sentia em seu próprio coração. (Apology, 39)

Ø  ‘Cantai alegremente a Deus, nossa fortaleza; erguei alegres vozes ao Deus de Jacó.’SL 81.1
Ø  Vinde, cantemos alegremente ao Senhor, cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação. SL 95.1
Ø  Que farei, então? Cantarei salmos com o espírito, e cantarei também com o entendimento. 1CO 14.15

1.      Ação de graças pela plenitude do Espírito v. 20
O resultado natural no crente cheio do Espírito Santo é a certeza de que nada do que possa fazer espiritualmente depende dele mesmo. Mas o espírito de ação de graças habilita o crente a testemunhar da bondade do Senhor. Quando estamos cheios do Espírito Santo, aprendemos a dar "graças por tudo". A expressão "por tudo" inclui a bonança e a tempestade; a saúde e a doença; a alegria e a tristeza. Quando sabemos dar "graças por tudo", estamos aptos para conquistar a vitória maior. Não apenas dar graças "em tudo", mas "por tudo" (Rm 8.28). Esse tipo de ação de graças é uma forma de adoração a Deus que resulta em bênçãos. Não  há espaço para a murmuração e queixas.

Ø  Rendei graças  ao Senhor, invocai o seu nome; fazei conhecidos entre os povos os seus feitos.1CR 16.8
Ø   Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, SL 92.1
Ø  Comerás e te fartarás, bendizendo ao Senhor  teu Deus pela boa terra que te deu. DT 8.10
Ø  Sede agradecidos ao Senhor CL 3.17

2.      Resultados da plenitude do Espírito v. 21
O versículo 21 mostra esse resultado espiritual numa vida cheia do Espírito Santo, quando diz: "Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus". A sujeição aqui tem sentido mútuo e quebra todo o individualismo dentro do corpo de Cristo (a Igreja) que trabalha em comunhão. Todos os membros desse corpo trabalham em unidade e sujeição. A insubordinação traduz-se em rebelião contra Deus e contra a igreja como comunidade (Fp 2.3).  não é conveniente que  crentes sejam arrogantes , manipuladores ou controlem seus semelhantes ou mesmo que insistam em agir por conta própria. Ao contrario crentes foram chamados para se humilhar  e para sujeitarem-se “uns aos outros no temor de Deus”.
Ø  A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra. PV 29.23
Ø   O dia do Senhor dos exércitos será contra todo soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido; IS 2.12
Ø  Visto que dizes: Rico sou e estou enriquecido e de nada tenho falta, e não sabes que tu és o coitado, miserável, e pobre, e cego e nu. AP3.17

Minhas Postagens

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...
O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidencia e exemplo de seu amor por nos, nos ensinando a manter um relacionamento correto com Deus, mas como podemos ter evidencias de que a Bíblia é mesmo a palavra infalível de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único na Bíblia que a separa dos demais livros escritos até hoje? A Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática. Não pode haver duvidas sobre a veracidade bíblica. Ela não é um livro que um homem escreveria se pudesse, ou que poderia escrever se quisesse.

QUE TEMPO CURTO!

QUE  TEMPO CURTO!
Se for ensinar, haja dedicação ao ensino (Rm 12.7b). Quase todos nós já passamos pela experiência de ver um professor da Escola Dominical ser surpreendido pelo soar do sinal anunciando o término da aula. Muitos são os professores e alunos que vivem se queixando do pouco tempo reservado para o estudo em classe. Alguns professores chegam dizer, frustrados, que a aula terminou exatamente quando começava a tratar da melhor parte do seu conteúdo. A questão não é falta de tempo e sim de planejamento. Quando não há planejamento da aula, não importa o tempo a ela reservado, tudo sairá atabalhoadamente dando a impressão de que está faltando algo. Quando existe planejamento, mesmo que o tempo seja curto, haverá produtividade e satisfação na aula dada. O problema não é o tempo, reafirmo, mas o planejamento. O planejamento de uma aula para a Escola Dominical deve levar em consideração vários fatores.

Alguém precisa fazer algo!

Alguém precisa fazer algo!
JANELA 10/40 é uma faixa da terra que se estende do Oeste da África, passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. A esse retângulo denomina-se JANELA 10/40.Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com as suas etnias e línguas tenham sido confrontadas com o evangelho. A outra parte, com sua maioria absoluta na Janela 10/40, representa uma grande multidão de cerca de 3,2 bilhões de pessoas que ainda são objetos dos empreendimentos missionários do povo de Deus.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.
. Então, aí vai dez dicas para ler sem esquecer, a primeira vista, muitas podem parecer óbvias. Mas não as subestime. Não é sempre que a gente enxerga o óbvio. 1- Não leia cansado nem ansioso. Se for o caso, faça exercícios de respiração antes de começar a leitura. O estresse é o inimigo número um da concentração e, em consequência, da memorização. 2- Tenha vontade de aprender o que será lido. 3- Se não tiver vontade de antemão, procure criar interesse pelo assunto. A curiosidade é a mola da humanidade. 4- Sublinhe as palavras mais importantes e as frases que expressem melhor a idéia central. 5- Analise as informações e crie relação entre elas, seja nas linhas de cima ou com tudo o que você aprendeu na vida, trazendo-as para o seu mundo. A associação de idéias é fundamental. 6- Leve sempre em conta coisas como: 1- Grau de dificuldade do texto (ler um gibi não é o mesmo que ler sobre filosofia). 2- Objetivo (Só querer agradar alguém, e mais nada, não é o melhor caminho para gravar uma informação. 3- Necessidade (querer ler é bem diferente de depender disso). 7- Faça perguntas ao texto e busque respostas nele. 8- Repita sempre, desde ler de novo até contar para laguém o que você leu. 9- Faça uma síntese mental. Organizar bem as idéias já é meio caminho andado. 10- A memória prefere imagens a palavras ou sons. Por isso, tente criar uma história com aquilo que está lendo, com cenas coloridas e movimentadas. Sammy Pulver comentou muito bem a sensação de quem descobriu e está experimentando os prazeres de uma boa leitura: Na vida nos ensinam a amar, a sorrir, a andar, a lutar, mas quando abrimos um livro, descobrimos que também podemos voar.