sexta-feira, 6 de abril de 2012

Jesus acalma a tempestade (Mc 4. 38-41)


Jesus Cristo, o Servo de Deus, é Senhor sobre qualquer situação e conquistador de qualquer inimigo. Se crermos nele e seguimos suas ordens, não precisamos ter medo. A vitória é o tema principal desta longa seção. Marcos registra quatro milagres realizados por Jesus: VITÓRIA SOBRE O PERIGO (Me 4:35-41), VITÓRIA SOBRE DEMÔNIOS (Me 5:1-20), VITÓRIA SOBRE A ENFERMIDADE (Me 5:21-34) VITÓRIA SOBRE A MORTE (Me 5:35-43), e cada um deles anuncia até mesmo para nós hoje, a derrota do inimigo.

  • A TEMPESTADE QUE SOBREVEIO NO MAR DA GALILÉIA

1.        A expressão "Naquele dia" refere-se ao dia em que Jesus proferiu as "parábolas do reino". Sem dúvida, Jesus sabia que a tempestade estava a caminho e, por certo, poderia tê-Ia impedido. No entanto, permitiu que a tempestade viesse a fim de ensinar algumas lições a seus discípulos. Quando Jesus terminou de contar as "parábolas do reino" (Mt 13:1-52), é possível que os discípulos tenham se sentido verdadeiros alunos pós-graduados da Escola da Fé! Compreendiam mistérios obscuros aos escribas e rabinos e até aos profetas do Antigo Testamento. O que não perceberam (e como somos parecidos com eles!) é que antes de se tornar confiável, a deve ser testada. Uma coisa é aprender uma nova verdade espiritual, outra bem diferente é colocá-Ia em prática na vida diária.Satanás não se importa muito com o fato de aprendermos verdades bíblicas, desde que não vivamos de acordo com elas. A verdade que permanece na mente é apenas acadêmica e não chegará ao coração se não for praticada pela volição. "[Fazer], de coração, a vontade de Deus" - é isso o que Deus quer de seus filhos (Ef 6:6). Satanás sabe que a verdade acadêmica não é perigosa e que o grande perigo encontra-se na verdade ativa.  E agora lhes dá uma prova prática para ver quanto aprenderam. Afinal, ouvir a Palavra de Deus deve produzir fé (Rm 10:1 7), e a fé sempre deve ser testada. Não basta aprender uma lição ou ser capaz de repetir um ensinamento. Devemos também ser capazes de praticar essa lição pela fé, e esse é um dos motivos pelos quais Deus permite situações difíceis em nossa vida. Jesus sabia que uma tempestade se aproximava? Com certeza, pois fazia parte da programação de "aulas" daquele dia. Essa experiência ajudaria os discípulos a entender uma lição que nem sabiam que precisavam aprender: é possível confiar em Jesus durante as tempestades da vida. Muita gente acredita que as tempestades só aparecem quando desobedecemos a Deus, mas nem sempre é o caso

2.      Jesus de tarde possivelmente depois das seis horas segundo nos informa o texto grego οψιος ele entra no barco com seus discípulos este deve ter sido um barco de pesca, porque muito dos discípulos de Jesus eram pescadores. Joséfo relatou que normalmente havia mais de 300 barcos de pesca no mar da Galiléia.

3.      O mar da Galiléia é um lugar incomum. É relativamente pequeno aproximadamente 21 km de comprimento por 11 km de largura, mas tem cerca de 50 metros de profundidade fica a 225 metros abaixo do nível do mar mediterrâneo. O local goza de clima semi-tropical, e o ar quente ali produzido, ao chocar-se com o ar frio, proveniente dos montes próximos, com freqüência provoca tempestade violentas e súbitas formando-se violentas ondas chegando até seis metros e meio de altura, o que é comprovado nos evangelhos.

4.     Em Mateus somos informados que as ondas encobriam o barco, em marcos o barco estava sendo rapidamente cheio de águas

5.      O grego nos informa a magnitude da tempestade que sobreveio naquele dia
a)   Mateus usa o termo grego seismoV - grande abalo embora seja comum o fato de tempestade se levantar no mar da Galiléia quase sem avisar esta tempestade não é comum. As ondas são tão altas que o barco é escondido da visão.
b)   Marcos utiliza o termo grego: Λαιλαψ, furacão, vento tempestuos, ataque violento de vento, rajada de vento (com chuva ou neve), não uma simples rajada de vento nem uma brisa constante, mesmo que forte, mas uma tempestade com nuvens escuras que trazem trovoadas em vento furioso, com chuva em abundância, e lançando tudo em desordem

  • CONDIÇÕES DO DISCÍPULO (CINCO ATITUDES QUE INVALIDA NOSSO MILAGRE)

1.     Medo “... Por que temeis... Vss 26”
a)   Porque sois assim tão tímidos?
...? É notável que Jesus primeiro tenha censurado aos discípulos, e só depois ao mar, grego deiloi, covarde, medroso, tímido. O evangelista fala do temor covarde, que levou os discípulos a entrarem em pânico sob a pressão, o que mostra que ainda não tinham aprendido o suficiente sobre o grande Jesus. Eram temerosos e infiéis. A fé é a outorga da própria alma a Cristo, e não mera crença em um credo ortodoxo. O autor sagrado dá a entender que se tivessem exercido fé apropriada, desenvolvida pelas experiências e observações passadas, não teriam temido naquela ocasião, apesar da ferocidade da prova. Os discípulos viviam com Jesus, mas não o conheciam completamente. Não entendia que o poder dele podia intervir naquela situação. Jesus tem estado com seu povo há vinte séculos, e nós ainda subestimamos o poder que o Senhor tem para administrar as crises em nossa vida.

2.    Pouca fé “... homens de pouca fé... Vss 26
a.   oligopistoi; os de pequena fé. Esta palavra ocorre cinco vezes em Mateus e seis vezes no NT inteiro; Jesus a usa para repreender e corrigir os discípulos. Pouca fé revela ignorância, é ineficaz e cria grande perigo. Este sintoma de pequena fé revela uma doença espiritual que presume e age como se Deus não se importasse ou fosse ineficaz de dar sustento, a pessoa se comporta como se Deus não tivesse presente e atento
b.   Homens de pequena Fe? Jesus se surpreendeu ante aqueles homens que não demonstraram a mesma Fe em Deus que ele tinha, e mediante a qual vivia

3.    Murmúrio (acusaram Jesus de não se preocupar). “... Mestre, não se te dá que pereçamos? Mc 4. 38
a.     Os discípulos tornaram-se ateus ou Deistas temporais, e não teistas; supunha que o mestre e eles seriam repentinamente destruídos. Correram para Jesus com um clamor de acusação: < Como podes dormir assim, deixando-nos perecer?>
b.     Os discípulos entraram em pânico porque a tempestade ameaçava destruir a todos, enquanto Jesus parecia despreocupado e indiferente.
c.      O cristo que parece não se importar, na realidade é quem cuida supremamente do destino humano. O NT inteiro foi descrito para demonstrar esse fato

4.   Desespero. “... Mestre, Mestre, perecemos... Lc 8. 24
Havia pelo menos três bons motivos para que nenhum deles se sentisse perturbado, apesar de a situação parecer tão ameaçadora.
Ø Em primeiro lugar, tinham a promessa de Jesus de que chegariam ao outro lado (Mc 4:35). Sempre que o Senhor ordena que se faça algo, também capacita a obedecer, e nada impede que cumpra seus planos. Não prometeu uma viagem fácil, mas sim que chegariam à outra margem. . Essa palavra deveria ter animado e fortalecido os discípulos durante a tempestade, mas sua fé ainda era pequena (Mt 8:26).
Ø Em segundo lugar, Jesus estava com eles em pessoa, então por que ter medo? Já haviam visto seu poder demonstrado em vários milagres, de modo que deveriam confiar plenamente que Jesus seria capaz de lidar com aquela situação. Por algum motivo, os discípulos ainda não haviam entendido que Jesus era, de fato, o Senhor de todas as situações.
Ø Por fim, podiam ver que, mesmo em meio à tormenta, Jesus estava absolutamente tranqüilo. Esse fato, por si mesmo, deveria tê-Ios encorajado. Jesus fazia a vontade do Pai e sabia que Deus estava cuidando dele, então aproveitou para dormir

5.     Visão debilitada (Não viam solução para o problema)
a.      Haviam visto Jesus ensinar a Palavra e até mesmo realizar milagres, ainda assim, não tinham fé. Esse medo decorrente da incredulidade levou-os a questionar se Jesus, de fato, se importava. Os discípulos olharam ao redor e viram o perigo; olharam para dentro de si e viram o medo; mas não olharam para o alto pela fé, portanto, não viram Deus. A fé e o medo não podem coabitar no mesmo coração. Uma mulher disse a D. L. Moody: "Encontrei uma promessa maravilhosa!", e citou o Salmo 56:3: "Em me vindo o temor, hei de confiar em ti". "Permita-me dar-lhe uma promessa ainda melhor", disse Moody, e citou Isaías 12:2: "Eis que Deus é a minha salvação, confiarei e não temerei". Devemos ter cuidado com o "perverso coração de incredulidade" (Hb 3:12).


  • CONDIÇÕES DE JESUS (EM CONTRASTE COM OS DISCÍPULOS JESUS CONFIAVA INTEIRAMENTE NO PAI.)

1.      Ele estava cansado (prova de sua humanidade).
a.     Jesus dormia. Estava afadigado do trabalho do dia. Era um ser humano. Algumas vezes nos esquecemos disso, criando um Jesus docético, isto é, um Cristo divino que só parecia humano, mas não tinha quaisquer características humanas. A importância central da humanidade de Cristo é que assim como ele participou perfeitamente de nossa natureza, assim também, no plano de redenção, participaremos da natureza dele.


2.     Caiu no sono (sinal de confiança).
a.   Jesus dormia = o próprio Jesus dormia a fim de destacar o fato que, em meio à tão grande tufão, Jesus ficou tão calmo que nem acordou
b.     Travesseiro... Não é travesseiro de um leito, mas talvez o alcochoado de couro do piloto, ou o banco baixo posto a popa, onde o piloto ocasionalmente se assentava, e que fazia parte da própria embarcação
c.      Os discípulos ficaram amedrontados, mas Jesus não se abalou! Continuou dormindo, certo de que o Pai estava no controle (Si 89:8, 9). Jesus dormiu na tempestade porque sentia-se, verdadeiramente, seguro na vontade de Deus. "Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só tu me fazes repousar seguro" (Si 4:8).

3.     Jesus reprovou a atitude de seus discípulos.
a.     Mas o Senhor não se ateve a acalmar os elementos naturais, pois o maior perigo não era o vento nem as ondas, mas sim a incredulidade do coração dos discípulos. Na verdade, sua incredulidade era mais perigosa que a tempestade!  Os maiores problemas humanos encontram-se dentro de cada um, não nas circunstâncias ao redor. Isso explica por que Jesus os repreendeu ternamente e os chamou de "homens de pequena fé

4.     Jesus repreendeu o vento e o mar.
a.     O termo "repreender" é usado nas ocasiões em que Jesus confrontou demônios (Lc 4:35, 41; 9:42). É possível que Satanás estivesse por trás dessa forte tempestade, tentando destruir Jesus ou, pelo menos, impedi- Ia de chegar ao homem endemoninhado em Gadara. Os discípulos foram reprovados nesse teste, pois não se apegaram à palavra de Jesus
b.     A palavra dita por Jesus produziu calmaria instantânea. Sua voz ainda pode ser ouvida por aqueles que escutam. Nenhuma força, até hoje, pode perturbar ou causar destruição , quando a alma da ouvidos à sua voz, e lhe obedece. Em sua voz esta a intervenção na vida humana e todos nós precisamos muito dessa intervenção
c.      potapoV; que tipo de pessoa é essa que a natureza lhe obedece ele é Jesus o filho de Deus. Esta resposta talvez feita subliminarmente é ecoada e validada pelas palavras da legião somente sete versículos adiante “Que tenho eu contigo, Jesus , filho do Deus altíssimo?”(Mc 5.7). Ele é o senhor Deus que tudo controla isso fica claro através do termo grego kurie; Senhor, os leitores de Mateus, lendo o evangelho depois da ressurreição de Jesus, sabiam que este titulo significava mais que “Senhor” respeitoso. O antigo testamento afirma que o mar obedece ao Senhor Deus (Jó 38. 8-11; Sl 65. 7; 89. 8,9; SL29).

 

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Minhas Postagens

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...

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O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidencia e exemplo de seu amor por nos, nos ensinando a manter um relacionamento correto com Deus, mas como podemos ter evidencias de que a Bíblia é mesmo a palavra infalível de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único na Bíblia que a separa dos demais livros escritos até hoje? A Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática. Não pode haver duvidas sobre a veracidade bíblica. Ela não é um livro que um homem escreveria se pudesse, ou que poderia escrever se quisesse.

QUE TEMPO CURTO!

QUE  TEMPO CURTO!
Se for ensinar, haja dedicação ao ensino (Rm 12.7b). Quase todos nós já passamos pela experiência de ver um professor da Escola Dominical ser surpreendido pelo soar do sinal anunciando o término da aula. Muitos são os professores e alunos que vivem se queixando do pouco tempo reservado para o estudo em classe. Alguns professores chegam dizer, frustrados, que a aula terminou exatamente quando começava a tratar da melhor parte do seu conteúdo. A questão não é falta de tempo e sim de planejamento. Quando não há planejamento da aula, não importa o tempo a ela reservado, tudo sairá atabalhoadamente dando a impressão de que está faltando algo. Quando existe planejamento, mesmo que o tempo seja curto, haverá produtividade e satisfação na aula dada. O problema não é o tempo, reafirmo, mas o planejamento. O planejamento de uma aula para a Escola Dominical deve levar em consideração vários fatores.

Alguém precisa fazer algo!

Alguém precisa fazer algo!
JANELA 10/40 é uma faixa da terra que se estende do Oeste da África, passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. A esse retângulo denomina-se JANELA 10/40.Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com as suas etnias e línguas tenham sido confrontadas com o evangelho. A outra parte, com sua maioria absoluta na Janela 10/40, representa uma grande multidão de cerca de 3,2 bilhões de pessoas que ainda são objetos dos empreendimentos missionários do povo de Deus.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.
. Então, aí vai dez dicas para ler sem esquecer, a primeira vista, muitas podem parecer óbvias. Mas não as subestime. Não é sempre que a gente enxerga o óbvio. 1- Não leia cansado nem ansioso. Se for o caso, faça exercícios de respiração antes de começar a leitura. O estresse é o inimigo número um da concentração e, em consequência, da memorização. 2- Tenha vontade de aprender o que será lido. 3- Se não tiver vontade de antemão, procure criar interesse pelo assunto. A curiosidade é a mola da humanidade. 4- Sublinhe as palavras mais importantes e as frases que expressem melhor a idéia central. 5- Analise as informações e crie relação entre elas, seja nas linhas de cima ou com tudo o que você aprendeu na vida, trazendo-as para o seu mundo. A associação de idéias é fundamental. 6- Leve sempre em conta coisas como: 1- Grau de dificuldade do texto (ler um gibi não é o mesmo que ler sobre filosofia). 2- Objetivo (Só querer agradar alguém, e mais nada, não é o melhor caminho para gravar uma informação. 3- Necessidade (querer ler é bem diferente de depender disso). 7- Faça perguntas ao texto e busque respostas nele. 8- Repita sempre, desde ler de novo até contar para laguém o que você leu. 9- Faça uma síntese mental. Organizar bem as idéias já é meio caminho andado. 10- A memória prefere imagens a palavras ou sons. Por isso, tente criar uma história com aquilo que está lendo, com cenas coloridas e movimentadas. Sammy Pulver comentou muito bem a sensação de quem descobriu e está experimentando os prazeres de uma boa leitura: Na vida nos ensinam a amar, a sorrir, a andar, a lutar, mas quando abrimos um livro, descobrimos que também podemos voar.