quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dízimo: Será doutrina do Novo Testamento? Estará a lei do dízimo em vigor no Novo Testamento?


Há três semanas (a partir de 23/02/2012), ouvi certo pastor de nome dizer que o cristão é obrigado a dizimar, e que aquele que não dizima corre o risco de perder a salvação. Parece que estamos voltando aos tempos de Lutero, onde as pessoas pagavam por sua salvação (veja a esse artigo A Salvação é mediante as Boas Obras? ).

O objetivo deste,pequeno, estudo não é o de se contrapor ao dízimo, mas de esclarecer  a verdade da forma certa de como contribuir pela graça, não por coação psicológica e doutrinária, utilizada por muitos líderes de igrejas, através de versículos da lei judaica, mas sim contribuir sem constrangimento exposto em (II Coríntios 9:7).  O cristão não é obrigado a dar o dízimo, nem por medo do “devorador” (Malaquias 3:11) ou de ser amaldiçoado, porque o dízimo é um mandamento da lei judaica, além disso, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo e Ele já nos abençoou com todas as bênçãos nas regiões celestiais (Romanos 8:1) e (Efésios 1:3). Nem rouba a Deus o cristão que não dá o dízimo... não temos o dever de chamar de ladrão a quem Jesus libertou, se ele contribui com 0% ou 100% é uma atitude pessoal, ele é livre para decidir. Jesus condenou a atitude dos judeus escribas e fariseus que dizimavam até o cominho e não ofertavam o seu amor ao próximo. (Mateus 23:23), infelizmente, muitos cristãos têm repetido esta mesma atitude. Não há um só versículo no Novo Testamento, que registre a obrigatoriedade do cristão dizimar. Por outro lado, se o cristão deixa de contribuir ou diminui esta contribuição, por que descobre que não é obrigado, está agindo de má fé para com Deus, como fez Ananias e Safira, ele deve contribuir sim e feliz porque sabe que pode fazê-lo por amor a Deus e não por imposição de homens, e segundo o que propuser em seu coração. Toda a contribuição para a Igreja era feita unicamente através de ofertas e partilha de bens. Nós, cristãos, devemos ter o cuidado de não ficarmos como passarinho no ninho: obrigados a engolir o que colocam na nossa boca.

Pela Lei, o dízimo era destinado à tribo levítica, aos sacerdotes desta tribo. Eles recebiam e se mantinham dos dízimos, porque não tinham herança e cuidavam do Templo de Deus, a Casa do Senhor, para onde os dízimos eram levados (Números 18:21/30).
·        O Templo foi destruído e não existem mais os sacerdotes levitas.
·        Pela Graça, a instituição do dízimo é ilegal e sem respaldo bíblico, porque todos nós somos sacerdotes de Cristo. (Apocalipse 1:6), pois não há mais necessidade desta tribo sacerdotal.
·        O Dízimo foi estabelecido para os judeus; não para a igreja de Jesus Cristo. (Hebreus 7:5).
·        Devemos compreender a diferença entre contribuir em LEI e o contribuir em GRAÇA, para não ficarmos debaixo de maldição, e obrigados a guardar toda a lei, se escolhermos seguir um mandamento dela, como disse o apóstolo Paulo em (Gálatas 5:3/4), pois quem cumpre um mandamento da lei é obrigado a guardar toda a lei. Somos servos do Senhor Jesus, não escravos de homens. (I Coríntios 7:23); (Gálatas 5:1) e foi para a liberdade que Ele nos chamou.

NA LEI
Ø Na Lei, o DÍZIMO era a causa principal da bênção do povo judeu e a bênção era consequência deste DÍZIMO (Malaquias 3:10). A maneira certa do povo judeu contribuir na LEI era dando o Dízimo para ser abençoado.
NA GRAÇA
Ø Na GRAÇA, o Sacrifício de Cristo é a causa principal da bênção do povo cristão. Paulo, em (Efésios 1:3) nos afirma que Deus nos abençoou “EM CRISTO”, não “EM DÍZIMO”, por este motivo, a maneira correta do povo cristão contribuir em GRAÇA é no uso de (II Coríntios 9:7), porque abençoados já somos.

Ao invés de incentivar os cristãos, com amor, a contribuírem na casa de Deus, muitas autoridades dizem que não o obrigam o pagamento do dízimo, mas usam textos do antigo testamento, como: ...repreenderei o devorador; ...roubais ao Senhor nos dízimos.. etc, que produzem temor nas pessoas e medo de maldição, porque tais autoridades dependem de altos salários pagos pelas igrejas ou têm receio que a obra do Senhor seja prejudicada se não houver imposição ou, por despreparo repetem os erros dos outros líderes, a todos faltando fé suficiente de que Deus prosperará a igreja, através da contribuição espontânea dos irmãos, como ocorria na igreja primitiva. O resultado disso tudo é o engano, o desvio da Verdade. Cristo não colocou “VINHO NOVO”(A GRAÇA) em “ODRES VELHOS”(A LEI). (Marcos 2:22). Jesus estabeleceu tudo novo e jogou fora o que era velho (Gálatas 4:30); (Hebreus 8:13). Não podemos fazer do cristianismo uma seita judaica. Paulo afirma (Gálatas 2:14).

Um resumo do ensinamento bíblico sobre a oferta:

Na época dos patriarcas: Não temos relato de alguma regra sobre ofertas antes da lei de Moisés. Sabemos que a oferta de Abel agradou a Deus, e a de Caim, não lhe agradou. É interessante observar que Deus não achou necessário nos revelar o motivo de seu desprezo. Sabemos que Abrão pagou a Melquisedeque o dízimo (10%) dos despojos de uma vitória militar (Gênesis 14:18-24). Neste caso, também, Deus não nos revelou o motivo e não falou se era ou não o costume de Abrão dar o dízimo de tudo que recebia. Se houve alguma lei atrás disso, exigindo que Abrão desse o dízimo, as Escrituras não a relatam. As pessoas que alegam algum tipo de lei geral do dízimo de tal exemplo estão ultrapassando a palavra do Senhor. Jacó jurou que, se Deus fosse com ele na sua jornada, daria o dízimo depois de voltar (Gênesis 28:20-22). Aqui, o texto se trata de um voto, ou uma obrigação que a própria pessoa assumiu, e nada diz de lei ou dever imposto por Deus (veja a natureza voluntária de votos em Números 30:1-16; Deuteronômio 23:21-23; Provérbios 20:25). Na Lei de Moisés: Na Lei de Deus dada pela mão de Moisés, o dízimo se tornou obrigação dos israelitas. Eles fizeram, também, várias outras ofertas, diversos sacrifícios, etc. Os dízimos são mencionados em mais de 20 versículos, de Levítico a Malaquias. Todas essas citações se referem ao povo de Israel. No trecho de Malaquias 3:6-12, freqüentemente citado em algumas igrejas, hoje em dia, para obrigar as pessoas a dar o dízimo, podemos ver que um povo material (os israelitas, 1:1) habitava numa terra material (Israel) onde produzia frutos do campo e tinha obrigação de dar os dízimos. Assim fazendo, este povo seria abençoado materialmente por Deus. Quando o povo não deu a devida importância aos dízimos, foi repreendido pelo Senhor por meio do profeta Malaquias. Quem utiliza as palavras de Malaquias para fazer regras sobre dízimos, hoje, está distorcendo as Escrituras.

 Deus, por intermédio de Moisés e diversos profetas (Hebreus 1:1), revelou a sua vontade ao povo de Israel. Aquela lei (observe que Jesus ensinou que a lei não fosse limitada aos livros de Moisés, veja João 10:34-35) governou o povo de Israel durante 1.500 anos. Hoje, ele tem falado pelo Filho e seus apóstolos, e a sua Nova Aliança é o que governa os cristãos (Hebreus 1:2; 2:1-4; 7:12; 8:6-13; 9:15). Aprendemos muitas coisas importantes das promessas e dos exemplos do Velho Testamento (Romanos 15:4; 1 Coríntios 10:6). Mas, as doutrinas que a igreja ensina e as regras que ela segue vêm da Nova Aliança, e não da Antiga. Quem volta à Antiga para se justificar perde a sua comunhão com Cristo (Gálatas 5:4).
Na Igreja do Novo Testamento: A Nova Aliança coloca a oferta no contexto de um reino espiritual com uma grande e urgente missão. As contribuições feitas na igreja não são impostos pagos num sistema teocrático. No ensinamento dado aos discípulos de Cristo, não encontramos tributação obrigatória. Em contraste com as leis específicas do Velho Testamento, o Novo nos ensina sobre a importância das nossas ofertas para cumprir a missão que Deus deu à igreja. Cada pessoa verdadeiramente convertida a Cristo dará conforme as suas condições por querer participar do trabalho importantíssimo da igreja.

Textos usados para impor o dizimo como uma obrigação:

(Malaquias3:10), tornou-se no meio evangélico, “o pezinho de coelho” e “ferradura da sorte” para muita gente, principalmente para o Sistema Religioso atual, que não consegue viver por fé, porque a fé não é de todos (II Tessalonicenses 3:2) é só dos eleitos de Deus (Tito 1:1). Infelizmente, muitos se comportam como aqueles que queriam atirar a primeira pedra na mulher adúltera, provavelmente, se Jesus estivesse aqui diriam: “Mestre, este irmão ou irmã foi apanhado(a) em flagrante roubo, não tem dado o dízimo, vive roubando a Deus, (Malaquias 3:10) diz que tais sejam entregues ao devorador e que Deus não deve abrir as janelas dos céus para abençoá-las. Tu, pois o que dizes?” Creio que Jesus daria esta resposta: “O que você tem a ver com isso?”. Assim como ninguém vive perguntando se você é adúltero, também não deve viver perguntando se você é dizimista. Muitos chegam até ao absurdo a constranger o irmão ou irmã, expondo-o à vergonha de ter o seu nome numa relação de não dizimistas pregada na porta da igreja, quando não, tiram-lhe o ministério ou o discriminam, mas quando é um(a) irmão(ã) que dá um dízimo elevado, este, muitas vezes, é o mais honrado na igreja. Notemos que O Deus que fala em (Malaquias 3:10), é o mesmo que diz em (Malaquias 2:16) “... Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel...” e quase não ouvimos falar deste assunto nas igrejas. Repetimos: não se faz aqui, apologia à AVAREZA, porque isso não é de Deus e os avarentos, diz a Bíblia, não herdarão o Seu Reino, podemos dar até tudo o que temos, por amor, ao Senhor e isto alegra o coração de Deus: como alegrou o coração de Jesus observar a viúva pobre que deu tudo o que tinha. O que é errado é a forma escandalosa e nada cristã, relativa às contribuições. O crente em Jesus dá com alegria e amor, até mais de 10%, se puder.


Mateus 23:23 “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! porque dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei, que são a justiça, a misericórdia e a fidelidade; estas coisas, porém, devíeis fazer sem omitirdes aquelas.”

Jesus, acima, está falando para os fariseus daquela época, não para a igreja, que até então, não havia sido totalmente formada com fundamentos da graça, o ministério de Cristo não havia ainda sido consumado. (o véu do templo não havia sido rasgado) , tanto que Jesus ordenou ao homem que era leproso para apresentar-se ao sacerdote e fazer oferta pela purificação, conforme a Lei (Lucas 5:14). Os conservadores do dízimo ainda dizem: O DÍZIMO é uma tradição que devemos manter para não transgredir. O mesmo argumento utilizaram para Jesus em relação ao Sábado (Marcos 2:24) e o Lavar as mãos antes de comer (Mateus 15:2). Porque o Sábado fazia parte da Torá (lei judaica) e o Lavar as mãos fazia parte da Halaká (comportamento judaico). Veja o que o dinheiro faz, a ponto de esquecerem que, tanto o Dízimo como o Sábado e o Lavar as mãos eram tradições judaicas e não gentílicas. O DÏZIMO passou a ser a única tradição judaica que o Sistema Religioso vem mantendo até hoje no seio da Igreja gentílica. Não é um absurdo??? Fazem uma lavagem cerebral religiosa porque o dízimo é a galinha dos ovos de ouro para muitos: é a única tradição que traz estabilidade financeira, mas não para Deus, porque Ele de nada necessita, pois é o dono de todas as coisas. Nem tampouco é servido por mãos humanas, (Atos 17:25). Infelizmente, muitas igrejas têm se tornado bem parecidas com a Antiga Igreja Romana, que usava as indulgências como fonte de lucro, induzindo os fiéis a contribuírem por medo da maldição, a comprarem sua salvação do Inferno e do Purgatório. Se um crente amaldiçoado pelo falta do seu dízimo, é ladrão, como pode estar liberto? Isto nos faz julgar o irmão e afirmar que o sacrifício de Cristo não foi suficiente na sua vida, como faz a Igreja Romana.

A lei da generosidade

Se, sob a dispensação do Antigo Testamento, os privilégios religiosos exigiam a décima parte das rendas de uma pessoa, com vistas à manutenção da adoração e do sistema religioso, e também para beneficio dos pobres, muito mais deveria ser nosso privilégio, em Cristo, afetarmos o bolso e a conta bancária. Minha posição, pois, é que o crente deve dar mais do que o dizimo. Quanto maior for à espiritualidade de um crente, maior será a sua liberalidade para com o dinheiro com que contribui para a causa do evangelho, ou com que alivia as necessidades das pessoas ao seu redor. Se gastarmos alguns minutos lendo os capitulos oitavo e nono de 11 Coríntios, veremos ali a promoção do principio cristão da generosidade. Isso é encorajado mediante a certeza de que Deus vê quem com generosidade, mostrando-se ainda mais generoso para com aqueles que agem dessa maneira. O resultado será que os crentes que assim fazem de nada terão necessidade, pois o banco celestial tem imensas fortunas ali entesouradas. Esses fundos são postos à disposição dos generosos, e não à disposição dos que só dão com parcimônia. Se alguém semear com parcimônia, colherá parcimoniosamente; e se alguém semear com abundância colherá abundantemente (ver 11 Cor. 9:6). Deus ama o homem que dá com generosidade (11 Cor. 9:7).


A minha própria opinião é de que a questão deve ser resolvida com base no senso de responsabilidade de cada um e não com base em alguma legislação. 

O filme mostra de forma autentica a vida do protestante martinho lutero. Dentre varios erros que a igreja catolica cometera lutero protestava contra a venda de indulgecias, ou seja as pessoas pagavam pelas bençãos de Deus, aquilo que Deus havia dado de graça, como a Salvação.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Quando vier o Filho do homem, achará fé na terra? Lc 18. 8

 Esta pergunta de Jesus, provavelmente, indica que  à medida que se aproxima a volta de cristo, o mal se tornara cada vez pior, de modo que muitos de igreja se apartarão  da fé em cristo. À medida que o fim se aproxima a preocupação de todo crente deve ser;
  •      Estou perseverando na fé,
  •     Firme na oração,
  •     Buscando a Deus para que prevaleça a justiça e a sua santa causa triunfe em tudo, para sempre?
  •    Ou estou tão preocupado com as coisas desta vida, que não anseio pela volta de Cristo e seu reino eterno?  
O apostolo Paulo disse: 
Tm 4. 1-5

O que é apostasia?

Apostasia do grego (aphistemi,que significa apartar, cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união vital com ele e da verdadeira Fe nele. A apostasia é possível  somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo Espírito Santo( Lc 8. 13; Hb 6. 4,5); não se trata de uma simples negação de algumas doutrinas dentro da igreja local.
A apostasia envolve dois  aspectos distintos:
  •   APOSTASIA TEOLÓGICA- envolve a negação de todos os ensinos bíblicos (1Tm 4.1; 2Tm 4.3)
  •   APOSTASIA MORAL- aquele que era crente deixa de permanecer em Cristo  e volta a ser escravo do pecado da e imoralidade. (Mt 23. 25-28; Rm 6.15-23; 8.6-13).

Os passos que levam a apostasia são:
  1.        O crente, por sua falta de fé ,deixa de levar plenamente a serio as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da palavra de Deus (Mc 1. 15; Lc 8. 13; Jo 4. 44, 47; 8. 46).
  2.      Quando as realidades do mundo chegam a serem maiores do que as do reino celestial de Deus, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de Deus através de Cristo.
  3.       Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria vida (1Co 6.9, 10; Ef 5.5; Hb 3.13). já não ama a retidão nem odeia ao pecado.
  4.        Por causa da dureza de coração e da rejeição aos caminhos de Deus, a pessoa não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo.
  5.        O Espírito Santo se entristece (Ef 4.30); seu fogo se extingue (1Tss 5.19)e seu templo é profanado (1Co 3.16). Finalmente, após muita insistência, ele se afasta daquele que era cristão (Jz 16. 20; Sl 51. 11; Rm 8.13; Hb 3.14).
  6.      Se a apostasia CONTINUAR sem refreio, o individuo pode, finalmente, chegar ao ponto em que não seja possível um recomeço.
  7.       A pessoa que no passado teve uma experiência de salvação com Cristo, mas que deliberada e continuamente endurece seu coração para não atender a voz do Espírito Santo (Hb 3. 7-19), continua a pecar tencionalmente (Hb 10. 26) e se recusa  arrepender-se e voltar para Deus, pode chegar a um ponto sem retorno em que não há mais possibilidade de arrependimento e de salvação (Pv 29. 1; Hb 6. 4-6). Há um limite para a paciência de Deus.

Quem, sinceramente, preocupa se com sua condição espiritual e sente no seu coração o desejo de voltar se arrependido para Deus, tem nisso uma clara evidencia de que não cometeu aapostasia imperdoável. As escrituras adverte que Deus não quer que ninguém pereça (2Pe 3.9; Is 1.18).

Conclusão: como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz,não endureçais os vossos corações

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Que tolice é essa que estão dizendo? Será realmente que cristo foi criado por Deus conforme Apocalipse 3:14 e Colossenses 1:15?


“Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. Apocalipse 3:14

Este versículo como Colossenses 1. 15 tem sido erroneamente interpretado  por seitas  e até por pastores de nome, tem ensinado com base em um falso entendimento que nosso amado Jesus o Senhor e criador de tudo fora na eternidade criado por Deus pai. Será realmente verdade? A resposta é Claro que. "Veja!", eles dizem. "Jesus é o princípio da criação". Mas deveriam ser cautelosas. Dirão que Deus, o Pai, é quem fala em Apocalipse 21:6 e 22:13, ainda que em ambos os versículos ele chame a si mesmo de "o principio". Portanto, "o princípio" deve significar algo mais que não seja a primeira coisa criada. Realmente, em cada um destes casos, o texto grego diz arché, uma palavra catalogada no Expository Dictionary of New Testament Words [Dicionário Expositivo das Palavras do Novo Testamento] como tendo significados variados, tais como "o princípio", "poder", "magistrado" e "governador". Assim, a Nova Versão Interlinear em Apocalipse 3:14 diz que Cristo é "governante da criação de Deus". Portanto, não existe fundamento algum para que se possa declarar que Apocalipse 3:14 faz de Jesus Cristo um ser criado.


 Agora vamos fazer uma analise de Colossenses 1:15

“O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.”

Citam também este versículo para "provar" que Jesus
Cristo não é Deus, mas sim o primeiro anjo que Deus criou. Entretanto, a palavra primogênita na Bíblia quer dizer necessariamente o primeiro que nasceu ou que foi criado? Absolutamente não! A palavra primogênita é do grego “prototokos”, que sugere tanto a prioridade quando a supremacia. no que diz respeito ao tempo , cristo é eterno, ou seja não teve princípio de Dias e não tem fim. No que diz respeito à supremacia cristo, cristo tem a posição mais elevada possível na família de Deus. Como herdeiro de Deus, cristo é aquele que tem o direito de domínio sobre o controle de todo o universo.
1)      Não há aqui a idéia de que cristo fora criado por Deus, ou que ele seja o primeiro a ter sido criado, o qual se tornou uma espécie de divindade secundaria.
2)    Há um sentido, natural, em que esta em foco a idéia de “prioridade no tempo.” Isso se da quando se considera a criação espiritual, dentro da família divina, onde há somente um filho de Deus, e onde todos os outros são apenas filhos da Deus. Todos os remidos participarão da filiação segundo os moldes do primogênito. A filiação de Cristo antecede a nossa e a nossa é moldada segundo a dele; isso não da o entender que sua filiação teve um começo
3)    Deus é o pai de todas as famílias e não meramente da espécie humana, conforme nos é dito em Ef 3.15. A Cristo é dado aquele domínio inteiro sobre a família de Deus que essa preeminência caracterizava  um filho mais velho em uma família judaica.

Ø  O direito do primogênito

·        O primogênito herdava o dobro dos demais filhos (II Rs 2.9)
·        O primogênito substituía se pai no governo sobre a família(I Cr 21. 1-3)
·        Israel é chamada de primogênito de Deus (Ex 4.22 e Jr 31.9 ), e observe que esta nação veio a existir no meio de nações bem mais antigas que ela; então entendemos que esse titulo dado a Israel foi dado para indicar sua posição diante do favor e das benção divinas.
O termo é freqüentemente usado nas Escrituras para significar prioridade em importância ou posição, mais que uma ordem de nascimento. Por exemplo, o Salmo 89:27 fala a respeito do rei Davi, que era o mais novo, ou o último nascido de Jessé – tão distante quanto poderia estar de ser literalmente primogênito. Mas note o que Deus diz sobre ele no Salmo: "Também, eu mesmo o colocarei como primogênito" (Tradução do Novo Mundo). Claramente, Deus não reverteu à ordem do nascimento de Davi; ele não estava falando a respeito de ordem de nascimento. O que o Salmo quis dizer era que o rei Davi seria elevado em posição, acima dos outros, à posição preeminente. Para demonstrar que o termo é usado neste sentido quando falando sobre Cristo em Colossenses 1:15, é só olharmos  o contexto.Se observarmos,  particularmente, o versículo 18, o qual identifica Cristo como a "cabeça" e "o primogênito" para que ele tenha "primazia em todas as coisas".

Conclusão: Portanto esse titulo é corretamente aplicado a Cristo, pois salienta sua autoridade tão elevada a qualquer outro ser. Portanto ele é assim primogênito no que concerne a Deus, pois é supremo  em seu favor ; e também no que concerne a nós e a todos os seres , porque ele brande a autoridade suprema entre os filhos de Deus

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

JOÃO 3. 8 AFIRMA QUE PERTENCEMOS AO DIABO


“Quem comete pecado é do Diabo, porque o Diabo peca desde o princípio. Para destruir as obras do Diabo é que o Filho de Deus se manifestou. Quem é nascido de Deus, não comete pecado, porque a semente de Deus permanece nele; e ele não pode pecar, porque é nascido de Deus.” João 3. 8,9
O texto bíblico parece afirmar que a natureza pecaminosa é erradicada do individuo regenerado. Porem, esse mesmo texto contradiz com João 1.8 que diz: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” Se basearmos em João 1.8 e João 3.8 podemos concluir que, ainda, somos do diabo porque cometemos pecado conforme João 1.10a : “Se dissermos que não temos cometido pecado”. Qual será realmente o sentido desse texto? Será que pertencemos ao Diabo?
1.     Qual o verdadeiro sentido de “Quem comete pecado...

Num aspecto a tradução falha e não esclarece uma característica muito importante de hamartanein ("pecar") depois de ou dynatai ("não ser capaz"): o infinitivo presente em grego implica ação contínua, repetitiva. Por essa razão, alguns dos tradutores mais recentes expõem e salientam a verdadeira ênfase do termo, traduzindo a expressão assim: "não pode continuar pecando" (NVI). A NASB tira a inferência do infinitivo presente hamartanein que o verbo anterior poiei (presente do indicativo) em "não comete pecado."(KIV) implica "ninguém que é nascido de Deus pratica o pecado." É  necessário estudar com muito cuidado o sentido real do verbo, visto que o mais experiente dos cristãos pode sucumbir à tentação e praticar pecados de vários tipos (até mesmo os mais hediondos, considerados crimes pelas leis humanas).

2.     A marca e a meta do cristão.

O que caracteriza um verdadeiro filho de Deus é o compromisso de fidelidade feito no coração, aceitando a santa vontade e padrão de Deus; o que caracteriza o filho deste mundo (cujo pai espiritual é realmente Satanás, de acordo com João 8.44) é o compromisso pela autopromoção, autodeificação e as transgressões de todo tipo. Esse princípio tinha que ser enfatizado pelo apóstolo em sua carta, visto que os hereges antinomianos (os quais ensinavam que a vida pecaminosa era permissível ao crente, porque a "graça cobre todas as coisas") confundiam as pessoas de sua igreja. Essas estavam perdendo o poder da vida santificada, como fruto de uma fé viva e real. João nos traz à memória que o verdadeiro crente tem compromisso com uma vida cujo padrão é Cristo, e sendo portador da semente de Cristo (isto é, o Espírito Santo) praticará a justiça constantemente. Só os incrédulos e os falsos crentes praticam a vida de pecado, caracterizada pela autopromoção e busca de interesses egoístas. Se um porco e um cordeiro caírem num lamaçal, o porco vai querer ficar lá; mas o cordeiro fará de tudo para sair. Tanto o incrédulo como o crente podem cair no mesmo pecado, mas o crente não pode permanecer nele, sentindo-se confortável

Conclusão:

A grafura nos mostra um cidadão o qual denominamos de cristão e sua pedra a qual denominamos depecado. Podemos perceber a sua luta para seguir adiante. Assim também acontece com todos aqueles que, apesar de serem salvos, vivem com a natureza pecaminosa em sua vida. O pecado tem sido em nossas vidas como uma pedra muito pesada que tem exigido de nós muita energia e força. Porém , quando jesus voltar para nos buscar deixaremos essa pedra para trás e assim como ele é nós seremos e o veremos. “Amados, agora somos filhos de Deus, e não está ainda manifesto o que havemos de ser. Sabemos que, se ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque o veremos como ele é. João 3. 2


domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Igreja de Pérgamo Ap 2.12-17


Introdução: esta é a terceira carta dirigida às igrejas do apocalipse. Profeticamente falando a carta à igreja de Pérgamo fala da paganização da igreja. O estudo dessa igreja nos fará despertar para um viver mais santo
I.          ATRIBUTOS DE CRISTO
1.   ... Diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes... V 12.  

                   Significado básico:
a.      Esta em foco o poder de Cristo como juiz seu segundo advento trará o juízo da espada que procede de sua boca. No livro de Isaias, o Messias fere a terra com a vara de sua boca; II Tss 2.8 o Anticristo é destruído com o sopro da boca do Messias. Em Esdras 13. 9-13, o homem que procede do mar destrói os seus adversários com a lava ardente de sua boca, com o hálito inflamado de seus lábios, com a tempestade de fagulhas que procede de sua boca.
b.      Significados ampliados: A espada é a palavra de Deus (HB 4.12), ou a espada do Espírito Santo(Ef 6.17) , nas mão de Jesus Cristo.
c.        A espada tem dois fios: Ele a movimenta com poder  especial. Trata-se de temível arma. Pode ser que uns dos fios desnudam as hipocrisias ocultas, os próprios intuídos da alma.
II.        ELOGIOS Á IGREJA
1.   ... Conheço o lugar onde habitas... o lugar onde habitavam era notável lugar de maldade  e de provação o que poderia impulsionar aqueles crentes a apostasia ou amenos transigir com o paganismo.

a.      PERGAMO: seu nome significa torre ou castelo de purgos. Era uma cidade da província romana da Ásia, nos dias neotestamentarios na parte ocidental do que agora é a Turquia Asiática.
b.      Geograficamente, ocupava importante posição, próxima do externo marítimo do largo vale do rio Caico.
c.         Importância Religiosa: era sede de um antigo culto de mágicas babilônicas, tornou-se um importante centro da adoração ao imperador. Tornou-se sede de quatro dos maiores cultos pagãos, a saber: ZEUS, ATENA, DIONISIO e ASCLEPIO.
d.       Importância comercial e política: fora chamada por Plino de a cidade mais ilustre de todas as cidades da Ásia. Todas as principais estradas da Ásia ocidental convergiam para ali. Fabricava ungüentos, vasos e pergaminho.
2.     O saber sobre o lugar onde eles habitavam era equivalente, a saber, qual o caráter que disso resultava neles. Podemos perceber a influencia do meio ambiente. Da o entender que é mais fácil a um crente ser mais santo em certos lugares geográficos do que em outros. Contudo a exigência do evangelho é que, sem importar associação e localização geográfica, os discípulos precisam de fidelidade.
3.     ... Trono de Satanás...  Podemos aludir a cidade como sendo o próprio trono de satanás. Pergamo era um dos grandes centros do culto ao imperado, pelo que também era um lugar especial da manifestação das falsas religiões de Satanás. O paganismo fanático que tinha em Pergamo era controlado por satanás. Aquela congregação era como uma barca lançada em mar tempestuoso.
4.    ... e que conservas o meu nome... Apesar de todas as lutas um remanescente fiel se apegou a fé em Cristo. A igreja se recusa a aceitar o Cristo falso postulado pelo gnosticismo. O termo grego conservas krateo neste ponto tem a idéia de apegar-se, isto é apegar- se para aquilo que cristo era e significava para eles.
5.     ... Não negaste a fé...  Aquele crentes se apegara a fé em cristo  e não adoraram ao imperador Domiciano, até mesmo quando, segundo o relato de Simão Metafrastes, Domiciano fechou Antipas, bispo de Pergamo dentro de um boi de bronze, e foi aquecido ao rubro, seu corpo foi, literalmente, cozido, diz-se que ele terminou seus últimos momentos em louvor.
III.    ESTADO ESPIRITUAL DA IGREJA
1.       ...Doutrina de Balaão... sua narrativa esta em Nm 22-24, segundo a tradição judaica Balaão é símbolo de todos que ensinam ou encorajam o povo a envolver-se  na idolatria.balão traiu o povo de Deus.

a.     Os Balaões dos tempos Cristãos não possuem integridade de alma. Podem ser indivíduos religiosos, mas se caracteriza por defeitos vastos e sérios em sua vida espiritual, e exercem um influencia negativa sobre as pessoas.
b.     Esses lideres, assim como Balaão, produzia a união da igreja com o mundo. Os carentes de Pergamo deixaram ser peregrinos na face da terra, acomodara ao paganismo, a imoralidade de seus lideres eram aceita como algo normal na ética cristã.
2.      Satanás na tentativa de derrubar a igreja mediante a perseguição, nos dias de Esmirna, agora procurava enganar a igreja de Pergamo , arrastando a idolatria e prostituição.
3.       Os nicolaidas.

a.     Os Efésios abominavam as ações dos nicolaitas/ em pergamos eles tanto aceitava como muitos deles eram lideres,
b.     os nicolaitas diziam que Deus não se interessa pelo corpo humano e o mesmo pode ser usado para imoralidade
IV.       ADVERTÊNCIA
1.       ... Arrepende-te ... indica mudança de alma mediante o poder transformado do espírito
a.     Não poderá haver salvação sem transformação IITss 2.13
b.     A confissão cristã deve ser efetuada com a vida inteira, e não um mero ato de reconhecimento por parte da igreja local de que Cristo.
V.         SENTENÇA
1.       Balaão morreu à espada (Nm 31. 8) ; eles são ameaçado com espada
VI.           PROMESSA AO VENCEDOR
1.       ... Dar-lhe-ei da mana escondido... Cristo é o pão Jo 6.48, Cristo nos oferece sustento espiritual.
          
a.     Os pagãos comiam coisas oferecidas aos ídolos algo superficial/ cristo nos oferece algo Eterno
2.      ... Pedrinha branca... Envolve os jogos públicos em que os vencedores recebiam uma pedra branca, com seus nomes gravados, como símbolo da gloria obtida. Isso concorda com a idéia do galardão. A pedra branca simboliza a obtenção da vitoria a vida eterna em sua gloria o premio da corrida Fb 3.10

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


A Identidade da "Mulher" de Apocalipse 12

  É essencial esclarecer um aspecto da revelação profética ao lidar com Israel na tribulação: a identidade da "mulher" de Apocalipse 12. A tônica principal de Apocalipse 11.19-20.15 é o ataque de Satanás contra o povo com quem Deus está lidando naquela época. Esse ataque apare­ce no capítulo 13 por meio das bestas, que oferecem um falso Messias e um falso cumprimento da aliança de Abraão. Aparece nos capítulos 17 e 18 por meio de um sistema religioso apóstata, que afirma falsamente ser o reino de Deus. Aparece no capítulo 19 por meio da aliança das nações formada contra esse povo e seu Rei, e que o Senhor destrói na Sua vinda. Já que o movimento principal nessa passagem de Apocalipse é contrário a quem o capítulo 12 cita como a mulher, é importante iden­tificar a personagem que ocupa tão importante lugar no livro.
            Apocalipse 12 concentra-se em três personagens. Isso nos ajudará a identificar a mulher, o que é facilitado pelo próprio contexto.

            A. Um grande dragão vermelhoO versículo 9 identifica com clareza essa personagem. Ela é ninguém menos que Satanás. O capítulo 20, versículo 2, confirma a identificação. Satanás é revelado claramente como autor e instigador dos ataques contra o povo de Deus aqui des­crito no livro. Scott observa bem:
            Por que o dragão é usado como símbolo de Satanás? Faraó, rei do Egito, na sua crueldade contra o povo de Deus e na sua independência orgulho­sa e arrogante de Deus, é denominado "o grande dragão" (Ez 29.3,4). Nabucodonosor é mencionado da mesma forma em relação à sua violên­cia e crueldade (Jr 51.34). Juntando as várias referências bíblicas no Livro de Salmos e nos três primeiros grandes profetas ao crocodilo, o soberano dos mares, identificado com o dragão, a característica principal parece ser crueldade insaciável.
            Os egípcios consideravam o crocodilo ou o dra­gão, de acordo com seus hieróglifos, a fonte e o autor de todo mal, adora­do pelo nome de Typho. A cor do dragão, vermelho, indica seu caráter sanguinário e assassino. Essa é a primeira vez nas Escrituras que Satanás é mencionado diretamente como um dragão. Os monarcas pagãos, Faraó e Nabucodonosor, escravizaram e oprimiram o povo de Deus e, agindo pelo poder satânico, mereceram a denominação de dragão. Mas, no perío­do tratado no nosso capítulo, Satanás é o príncipe do mundo — seu go­vernador. O poder romano é o instrumento por meio do qual ele age. Logo, o título "grande dragão vermelho" pode agora pela primeira vez ser usado por ele. (Walter Scott, Exposition of the revelation of Jesus Christ, p. 249-50)

            O dragão aparece com sete cabeças, dez chifres e sete coroas nas cabeças (Ap 12.3), que são as mesmas que a besta possui nos capítulos 13 e 17. Afirma-se claramente em 13.2 que esse indivíduo recebe sua autoridade de Satanás. Isso nos mostra que Satanás está buscando uma autoridade governamental sobre o "remanescente" da mulher (12.7), cuja autoridade pertence, por direito, ao próprio Cristo.

            B. Um filho varãoA citação do salmo 2, que todos concordam ser um salmo messiânico, identifica o filho aqui com ninguém menos que Jesus Cristo. O fato do nascimento, o fato do destino desse filho, pois Ele "há de reger todas as nações com cetro de ferro", e o fato da ascen­são, já que ele é "arrebatado para Deus até ao seu trono", todos levam à identificação de uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo, pois todas as três afirmações não poderiam ser feitas a respeito de ninguém mais.

            Uma mulher vestida do sol. Embora haja um acordo geral entre comentaristas de todas as tendências com relação à identidade dos dois indivíduos mencionados anteriormente, há grande diversidade de in­terpretações com relação à personagem principal dessa passagem.
           
            1. Existiram muitas falsas interpretações da identidade dessa mulher. Alguns crêem que ela era Maria. No entanto, a única característica que tornaria isso possível seria a maternidade, pois Maria jamais foi persegui­da, jamais fugiu para o deserto, jamais foi cuidada por 1260 dias. (Cf. F. C. Jennings, Studies in Revelation, p. 310-1) Outros acreditavam que essa mulher fosse a igreja que está trabalhando para tra­zer Cristo às nações.(Cf. Ford C. Ottman, The unfolding of the ages, p. 280)  Isso, no entanto, baseia-se no princípio alegorizador de interpretação e deve ser rejeitado. A igreja não produziu Cristo, mas Cristo produziu a igreja. Já que a igreja não é vista na terra nos capítulos de 4 a 19 de Apocalipse, ela não pode ser representada por essa mulher. Ou­tros identificaram a mulher como o líder de alguma denominação especí­fica. Mas somente pelos devaneios mais loucos da imaginação é que al­gum indivíduo seria levado a fazer essa interpretação hoje.       
           
            2. A interpretação dos pré-milenaristas dispensacionalistas tem sido que a mulher nessa passagem representa a nação de Israel. Há várias considerações que apóiam essa interpretação.
            a.  O contexto inteiro da passagem revela que João está lidando com a nação de Israel. Gaebelein escreve:
            Apocalipse, capítulos de 11 a 14, leva-nos profeticamente a Israel, à terra de Israel e à tribulação final de Israel, ao tempo da angústia de Jacó e à salva­ção do remanescente fiel. O cenário do capítulo 11 é "a grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado". Aquela cidade não é Roma, mas Jerusalém. O capítulo 12 co­meça uma profecia conectada, terminando com o capítulo 14. (Gaebelein, loc. cit)

            Grant comenta sobre Apocalipse 11.19: "A arca, então, vista no templo no céu, é o sinal da graça não esquecida de Deus para com Israel [...] ". (F. W. Grant, The revelation of Christ, p. 126Logo, o contexto dessa passagem mostra que Deus está lidando com Israel novamente. (Cf. Ottman, op. cit., p. 278-9.)

            b. Muitas vezes no Antigo Testamento, o sol, a lua e as estrelas são usados com referência a Israel. (Cf. Ibid., p. 282) São empregados dessa maneira em Gênesis 37.9, em que os filhos de Jacó são claramente entendidos. Compare Jeremias 31.35,36, Josué 10.12-14, Juizes 5.20 e Salmos 89.35-37, em que corpos celestiais são associados à história de Israel.

            c. O significado do número doze. O número doze não só represen­ta as doze tribos de Israel, mas é usado nas Escrituras como número governamental.(Cf. Jennings, op. cit., p. 312)  Darby diz:
            ... após a questão da salvação pessoal ou do relacionamento com Deus, dois grandes temas se apresentam nas Escrituras: a igreja, aquela graça soberana que nos dá um lugar junto ao próprio Cristo na glória e na bên­ção; e o governo de Deus do mundo, do qual Israel forma o centro e a esfera imediata. (Willíam Kelly, org. The collected writings of  J. N. Darby, Prophetical, Xi, p. 190)

            Visto então que a mulher representa aquilo que deverá demonstrar o governo divino na terra, e Israel é o instrumento escolhido por Deus para esse fim, essa mulher deve ser identificada como Israel.

            d. O uso do termo mulher. O termo mulher é usado oito vezes nesse capítulo, e mais oito vezes o pronome ela é empregado em referência à mulher. Vemos esse termo usado muitas vezes no Antigo Testamento, em referência à nação de Israel. É usado dessa maneira em Isaías 47.7-9; 54.5,6; Jeremias 4.31; Miquéias 4.9, 10; 5.3 e Isaías 66.7,8. Enquanto a igreja é chamada noiva, ou virgem casta, jamais a encontramos aludida como mulher.

            e. O nome do adversário. O nome dragão é usado em todo o Antigo Testamento em referência a algum adversário específico da nação de Israel. O nome deve ser aplicado a Satanás nesse capítulo porque todos os outros perseguidores que levaram o nome de dragão eram apenas prenúncios da grande perseguição que está por vir por meio de Sata­nás. O uso do nome dragão em referência ao perseguidor identificaria o perseguido como Israel, com base nos empregos anteriores na Palavra de Deus.

            f. O uso do termo deserto. O deserto é aludido como lugar de refú­gio dado à mulher na sua fuga (Ap 12.14). Não podemos negar que o deserto tem referência singular a Israel na história nacional. Israel foi levado ao "deserto da terra do Egito" (Ez 20.36). Israel, recusando-se a seguir o Senhor na terra prometida, retornou ao deserto por quarenta anos. A descrença de Israel levou Ezequiel a declarar o propósito de Deus: "Levar-vos-ei ao deserto dos povos e ali entrarei em juízo convosco, face a face" (Ez 20.35). Oséias revela que, no longo período em que Israel passaria "no deserto", Deus seria misericordioso com eles (Os 2.14-23). (Cf. W. C. Stevens, Revelation, crown-jewel of prophecy, n, p. 212-3)

            g. O filho varão. O paralelismo entre Apocalipse 12 e Miquéias 5 ajuda a identificar a mulher como Israel. Miquéias 5.2 registra o nasci­mento do rei. Por causa da rejeição desse rei, a nação será deixada de lado ("Portanto, o Senhor os entregará", Mq 5.3). A nação estará em dores de parto "até ao tempo em que a que está em dores tiver dado à luz" (Mq 5.3), isto é, até o cumprimento do propósito de Deus. O mes­mo plano é apresentado em Apocalipse 12. Kelly escreve que essa pro­fecia deve ser entendida
            ... junto com o cumprimento do propósito de Deus em relação a Israel [...] Cristo nasceu (Mq 5.2): daí vem a Sua rejeição [...] a profecia deixa de lado tudo o que se relaciona à igreja e retoma o nascimento de Cristo figuradamente, ligando-o ao desenrolar do propósito divino, simboliza­do por um nascimento [...] Aqui ele é colocado figuradamente, como Sião em trabalho de parto até o nascimento desse grande propósito de Deus relativo a Israel [...] quando o propósito terreno de Deus começa a entrar em ação nos últimos dias, o remanescente daquele período fará parte de Israel e tomará seu antigo lugar judeu. Os ramos naturais serão enxertados em sua própria oliveira. (William Kelly, Lectures on the revelation, p. 254-7)

            h. A afirmação específica das Escrituras. Em Romanos 9.4,5 Paulo escreve com relação aos israelitas: "deles descende o Cristo, segundo a carne" (Rm 9.5). Já que "o filho varão" pode ser identificado com certe­za, e já que aquela que dá a luz o filho varão é denominada Israel, a mulher deve ser identificada como Israel. (Cf. Otiman, loc. cit)

            i. Os 1 260 dias. Duas vezes nessa passagem há menção ao período de três anos e meio (Ap 12.6,14). Isso se refere à última metade da se­mana das profecias da septuagésima semana de Daniel (Dn 9.24-27). Essa profecia é declarada especificamente "sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade" (Dn 9.24). Visto que ela é declarada a Daniel, só poderia referir-se a Israel e a Jerusalém. Cada vez que esse período é mencio­nado nas Escrituras, ou como 1 260 dias, ou 42 meses, ou três anos e meio, ou um tempo, dois tempos e metade dum tempo, sempre se refe­re a Israel e a um período em que Deus está lidando com aquela nação.

            j. A referência a Miguel. Em Daniel 12.1 o anjo Miguel é chamado "o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo". Miguel está unido com o destino da nação de Israel por essa palavra do Senhor a Daniel. Em Apocalipse 12.7 Miguel aparece novamente com referência à peleja no céu. O fato de que Miguel surge em cena mostra que Deus está lidando novamente com a nação de Israel, e Miguel é um ator aqui porque o destino de Israel está em jogo.
            À vista dessas coisas, a conclusão de Moorehead é justificada. Ele escreve:
            Em 11.19 lemos: "Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário". Isso é assunto estrita­mente judeu; o templo, a arca, a aliança pertencem a Israel, representam os relacionamentos hebraicos com Deus e os privilégios hebraicos. O Es­pírito agora trata de coisas judaicas — posição, aliança, esperanças, peri­gos, tribulações e triunfo hebraico. (William G. Moorehead, Studies in the Book of Revelation, p. 90)

            A mulher não pode ser ninguém senão Israel, com quem Deus firmou Suas alianças, e a quem esses alianças serão cumpridas.




Minhas Postagens

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...
O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidencia e exemplo de seu amor por nos, nos ensinando a manter um relacionamento correto com Deus, mas como podemos ter evidencias de que a Bíblia é mesmo a palavra infalível de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único na Bíblia que a separa dos demais livros escritos até hoje? A Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática. Não pode haver duvidas sobre a veracidade bíblica. Ela não é um livro que um homem escreveria se pudesse, ou que poderia escrever se quisesse.

QUE TEMPO CURTO!

QUE  TEMPO CURTO!
Se for ensinar, haja dedicação ao ensino (Rm 12.7b). Quase todos nós já passamos pela experiência de ver um professor da Escola Dominical ser surpreendido pelo soar do sinal anunciando o término da aula. Muitos são os professores e alunos que vivem se queixando do pouco tempo reservado para o estudo em classe. Alguns professores chegam dizer, frustrados, que a aula terminou exatamente quando começava a tratar da melhor parte do seu conteúdo. A questão não é falta de tempo e sim de planejamento. Quando não há planejamento da aula, não importa o tempo a ela reservado, tudo sairá atabalhoadamente dando a impressão de que está faltando algo. Quando existe planejamento, mesmo que o tempo seja curto, haverá produtividade e satisfação na aula dada. O problema não é o tempo, reafirmo, mas o planejamento. O planejamento de uma aula para a Escola Dominical deve levar em consideração vários fatores.

Alguém precisa fazer algo!

Alguém precisa fazer algo!
JANELA 10/40 é uma faixa da terra que se estende do Oeste da África, passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. A esse retângulo denomina-se JANELA 10/40.Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com as suas etnias e línguas tenham sido confrontadas com o evangelho. A outra parte, com sua maioria absoluta na Janela 10/40, representa uma grande multidão de cerca de 3,2 bilhões de pessoas que ainda são objetos dos empreendimentos missionários do povo de Deus.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.
. Então, aí vai dez dicas para ler sem esquecer, a primeira vista, muitas podem parecer óbvias. Mas não as subestime. Não é sempre que a gente enxerga o óbvio. 1- Não leia cansado nem ansioso. Se for o caso, faça exercícios de respiração antes de começar a leitura. O estresse é o inimigo número um da concentração e, em consequência, da memorização. 2- Tenha vontade de aprender o que será lido. 3- Se não tiver vontade de antemão, procure criar interesse pelo assunto. A curiosidade é a mola da humanidade. 4- Sublinhe as palavras mais importantes e as frases que expressem melhor a idéia central. 5- Analise as informações e crie relação entre elas, seja nas linhas de cima ou com tudo o que você aprendeu na vida, trazendo-as para o seu mundo. A associação de idéias é fundamental. 6- Leve sempre em conta coisas como: 1- Grau de dificuldade do texto (ler um gibi não é o mesmo que ler sobre filosofia). 2- Objetivo (Só querer agradar alguém, e mais nada, não é o melhor caminho para gravar uma informação. 3- Necessidade (querer ler é bem diferente de depender disso). 7- Faça perguntas ao texto e busque respostas nele. 8- Repita sempre, desde ler de novo até contar para laguém o que você leu. 9- Faça uma síntese mental. Organizar bem as idéias já é meio caminho andado. 10- A memória prefere imagens a palavras ou sons. Por isso, tente criar uma história com aquilo que está lendo, com cenas coloridas e movimentadas. Sammy Pulver comentou muito bem a sensação de quem descobriu e está experimentando os prazeres de uma boa leitura: Na vida nos ensinam a amar, a sorrir, a andar, a lutar, mas quando abrimos um livro, descobrimos que também podemos voar.