Se
você saísse pela rua perguntando a dez pessoas quaisquer o que elas consideram
ser o maior tema do mundo, obteria na certa uma variedade de respostas: —
Dinheiro. Amor. Casamento. Sexo. Liberdade. Segurança. Status. Prazer. Paz.
Felicidade. Mas do ponto de vista de Deus, há apenas uma resposta. É o maior
tema do mundo, da Palavra de Deus, de todo o universo. Vai além da razão da
Criação, da razão de se viver a vida cristã, da razão pela qual Deus fez ou
fará todas as coisas. Você sabe qual é? Encontramos a resposta no chamado
catecismo menor - o sistema de perguntas e respostas utilizado na história da
Igreja para dar instrução religiosa. Eis a primeira pergunta: "Qual o
principal propósito do homem?" A resposta segue: "Glorificar a Deus e
ter prazer n'Ele para sempre". Era assim que os escritores do catecismo
revelavam o que consideravam ser a informação básica que uma pessoa deveria
possuir: o fato de que foi feita para a glória de Deus e que Deus deverá ser
seu prazer.
O Alvo Principal da Vida.
A
glória de Deus! Por que o homem está sobre a terra? Por que Deus se preocupou
em redimi-lo? Qual o propósito da vida? Como é que toda a Criação — hoje tão
corrompida e deformada — vai terminar, afinal? Para a glória de Deus. É
essencial que entendamos o conceito bíblico da glória de Deus. Alguém poderá
protestar que estamos nos baseando demais no catecismo, mesmo que este contenha
doutrina baseada essencialmente nas Escrituras. Mas a suma importância da
glória de Deus não é apenas uma idéia de qualquer pessoa. Está diretamente
apoiada na Palavra de Deus. Por exemplo, no Salmo 16:8 — "ó Senhor,
tenho-o sempre à minha presença..." Isso se refere a dar glória a Deus. Ao
fazer esta declaração, Davi está dizendo, em essência: "Em tudo que faço,
minha atenção está sobre Deus. Faço tudo focalizando a Deus, para sua honra,
glória e vontade". O versículo nove expressa o resultado dessa atitude:
"Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta...", outra
forma de dizer que ele encontrou grande gozo em Deus. Este era o padrão de
Davi: viver sempre para a glória de Deus e conseqüentemente gozá-la para sempre
- a mesma declaração do catecismo que apareceu tanto tempo depois. Deixe-me
repetir: o supremo objetivo na vida de qualquer homem ou mulher deverá ser o de
dar glória a Deus. E a grande conseqüência deste alvo é alegria ilimitada.
Acredito que maturidade espiritual se resume numa vida concentrada e focalizada
sobre a pessoa de Deus, até que se enleve e se integre em Sua majestade. O
homem não cumpre seu propósito para com Deus até que ele O glorifique, e nem o
cumpre no aspecto pessoal até que experimente gozo completo em Deus. Deus não é
um monstro. Não está sentado lá no céu exigindo que nós 0 glorifiquemos apenas
em Seu próprio benefício. Pelo contrário, promete que se nós O glorificarmos,
Ele nos recompensará com alegria completa.
Definições — A Glória Intrínseca de
Deus.
O
que significa glorificar a Deus? Podemos encará-lo na prática sob dois
aspectos. O primeiro concerne à glória que Deus possui em Si mesmo. Quero dizer
com isso que a glória de Deus é intrínseca à Sua própria natureza. Considere as
palavras dos serafins em Isaías 6:3, "Santo, santo, santo é o Senhor dos
exércitos; toda a terra está cheia de Sua glória".
Deus
possui glória intrínseca em virtude de quem Ele é. Não é glória dada a Ele. Se
o homem nunca tivesse sido criado, e se os anjos não tivessem sido feitos, será
que Deus ainda seria um Deus de glória? Certamente que sim! Se ninguém desse
glória, honra ou louvor a Ele, será que ainda seria o Deus glorioso que é? Sem
dúvida! Esta é a glória intrínseca - a glória da natureza de Deus. E a
manifestação e a combinação de todos os Seus atributos (isto se vê claramente
em Êxodo 33:18,19). Este aspecto da glória de Deus é tão essencial para Ele
como o é a luz para o sol, ou o azul para o céu, ou o molhado para a água. Não
há necessidade de se mandar que o sol brilhe, pois ele o faz naturalmente. Não
se faz com que a água se molhe - ela já é molhada. E nem é preciso pintar de azul o céu, pois
esta é a sua cor em nossa atmosfera. Também é assim com a glória de Deus. Não
podemos oferecê-la a Ele e nem diminuí-la: Ele é quem é. Ele é a perfeita
harmonia de todos os Seus atributos — "o Deus da glória" (Atos 7:2).
Mas
você pode perguntar - E quanto a Tito 2:10? “Não furtem; pelo contrário, dêem
prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de
Deus, nosso Salvador". Este versículo não diz ser possível ornarmos a Deus. Não há meio de se adornar
a Deus; podemos, contudo, ornar a Sua doutrina, vivendo vidas santas. Ornamos
com as nossas vidas a doutrina de Deus, mas não a Deus. Se vivermos como bem
entendermos, isso não afetará a Deus, mas poderá afetar o testemunho a respeito
de Deus no mundo. Reafirmamos: Deus tem glória intrínseca pela qual nada podemos fazer – nem aumentá-la
e nem diminuí-la. A glória do homem é bem diferente, no entanto, pois esta lhe
é dada. Falamos sobre homens que foram exaltados ou honrados. Mas se despirmos
um rei da sua coroa e das suas vestes, deixando-o nu ao lado de um mendigo
igualmente despido, não se poderá distinguir quem é quem. A única glória gozada
por um rei terreno é aquela dada a ele por roupas elegantes e um trono
majestoso. Mas não possui glória intrínseca. Por outro lado, a glória de Deus
está em Sua essência, em Sua natureza. Está no Seu ser, tão parte dele como Sua
graça, Sua misericórdia, Seu poder e Seu conhecimento. Todos infinitos. Só
podemos reconhecer, e dizer: "É verdade. Deus é glorioso!" Além de
várias referências no Antigo Testamento (como no Salmo 24:7-10), o Novo
Testamento apoia este mesmo conceito. Foi dito em relação a Jesus Cristo que
Ele é a glória em carne (João 1:14). A ressurreição de Lázaro ilustra a glória
do Salvador. Lembre-se de como Jesus se demorou além do Jordão até saber que
Lázaro estava morto. Jesus amava profundamente a Lázaro, mas esperou por sua
morte para fazer um milagre. Quando o Senhor ordenou que removessem a pedra
tumular, Marta protestou. Mas Jesus respondeu "Não te disse eu que se
creres verás a glória de Deus? " (João 11:40). O que era, neste caso, a
glória de Deus? Que atributo seria demonstrado? Poder — o mesmo grande poder
usado na Criação — seria neste momento demonstrado com a ressurreição de
Lázaro. Marta não deu a glória
a Deus. É algo que Ele já possuía. Mas neste momento, Sua natureza seria
revelada em glória. E o foi. Em João 17:24 Jesus orou, "Pai, a minha
vontade é que onde eu estou, estejam comigo também os que me deste, para que
vejam a minha glória que me conferis-te..." A resposta a essa oração será
cumprida em Apocalipse 21:23, que descreve a Nova Jerusalém como não tendo
necessidade de sol ou lua, "pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro
é a sua lâmpada". Isso demonstra de maneira belíssima que a glória é parte
essencial e intrínseca da própria natureza de Deus. Já que isto é verdadeiro, a
glória de Deus é algo que Ele não dá ao homem. Isaías 48:11 declara: "A
minha glória não dou a outrem". Deus não distribui Sua própria natureza.
Jesus coloca dentro de nós a Sua glória, mas jamais a coloca sobre nós e nem
dentro de nós se não estivermos nele. Quando Deus dá de Sua glória ao crente, é
Ele mesmo quem vem habitar em sua vida. Mas a glória não é nunca do receptor,
pois Deus não Se despe da Sua glória. Podemos usar a ilustração do anel que
Faraó deu a José. Ele o tirou e deu a José, colocando também uma corrente de
ouro sobre o seu pescoço (Gênesis 41:42). "Somente no trono eu serei maior
do que tu" declarou Faraó (v.40). Em outras palavras: "Eu te darei um
anel e uma corrente, mas o trono continua sendo meu". Assim também Deus
não Se desfaz de Sua glória. Temos, portanto, o primeiro aspecto de nossa
definição do que seja a glória de Deus. É intrínseco a Ele e somente Ele a
possui. É a soma de Seus atributos. Não pode ser diminuída.
Enaltecendo a Glória de Deus Perante
as Pessoas.
Há, porém um segundo aspecto. Embora tenhamos
ressaltado que nada se pode somar à glória de Deus, há uma maneira em
que as criaturas de Deus podem glorificá-lO. Isto se faz enaltecendo a
glória de Deus perante o mundo. Não é somar algo a Sua natureza, mas
apenas demonstrar a glória de Deus às pessoas. Há um livro no Velho
Testamento que deixa isto muito claro: I Crônicas. Davi diz:
"Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas"
(I Crônicas 16:24). Note bem que ele diz anunciai, e não dai. Declarar a
glória não é o mesmo que dá-la: "Glória e majestade estão diante
dele" (v.27). Novamente, isto nos fala da natureza intrínseca de
Deus. “Há outro versículo que deixa isto ainda mais claro, Davi diz de
Deus, ‘Tua é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e a majestade; porque teu
é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste
por chefe sobre todos” (I Crônicas 29:11). Após esta declaração, Davi resume
tudo dizendo:"Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos, e louvamos o teu glorioso
nome" (v.13). Davi reconheceu o que já era verdade-que Deus possuía
glória inata, e que deveria ser por isto. Encontramos outro exemplo no
Novo Testamento: Paulo orou para que "Cristo seja engrandecido no
meu corpo" (Filipenses 1:20). Ele não quis dizer que poderia
melhorar a Cristo. Estava dizendo que desejava exaltar a
Cristo
perante os olhos do mundo. Quando exaltamos a Deus, quando O louvamos, quando O
engrandecemos, nós O glorificamos. É isso que o apóstolo quis dizer ao ordenar:
"Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, que
são de Deus" (I Coríntios 6:20). Isto é, dar testemunho puro da glória de
Deus para que os homens a vejam.
Outro
exemplo é-nos dado por Paulo em I Timóteo 1:17: "Assim, ao Rei eterno,
imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém".
E no final de sua epístola, Paulo se refere a Deus como o 'Pinico que possui
imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem jamais viu, nem é
capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém". (I Timóteo 6:16). O apóstolo
não está dizendo que os homens podem aumentar a glória intrínseca de Deus, mas
que podem dar glória a Ele permitindo que Ele seja visto em suas vidas pelos
outros. Vemos o mesmo no livro de Judas. "Ao único Deus nosso Salvador, mediante
Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de
todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém" (Judas 25). E em Apocalipse
encontramos multidões de pessoas dizendo "Glória, glória, glória". E
é assim que engrandecemos a Deus perante o mundo... mas não acrescentamos nada
à Sua natureza.
A Glória de Deus no Passado.
Tendo visto esses dois aspectos da glória de Deus — o fato
de que é intrínseca e de que os homens podem declará-la — vejamos mais detalhadamente
como este tema se revela na Bíblia. A história bíblica revela a glória de Deus no passado. A
profecia bíblica prevê a glória de
Deus no futuro. E
na Igreja de hoje, vemos a glória de
Deus no presente. Ao considerarmos estes diversos períodos de tempo,
descobrimos que o método divino de revelar-nos Sua glória é de tomar as coisas
humildes, que não possuem em si mesmas glória alguma, e transformá-las para que
sejam instrumentos demonstradores da glória de Deus e para que dêem a Ele o
louvor.
A Glória Demonstrada na Criação.
Qualquer
que seja a faceta da atividade de Deus a se considerar, verificamos que
foi feita para o propósito da glória de Deus e de Cristo. Vejamos a
Criação. "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia
as obras de suas mãos" (Salmo 19:1). Quem foi o Criador? Colossenses
1:16 nos responde: "Pois nele foram criadas todas as cousas, nos
céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias,
quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para
Ele". A criação veio a existir para a glória de Deus e de Cristo. O
universo e o homem foram feitos para darem testemunho e refletirem a glória
do Deus de toda glória. O propósito deles é louvá-lo porque Ele é merecedor
de louvor. Em todo o universo e em todas as coisas que Deus já tenha
criado, desde a mais pequenina vida microscópica até o maior astro de
fogo não demarcado no céu, só duas coisas deixam de dar glória a Deus —
anjos decaídos e homens decaídos. Deus lançará fora de Sua presença estas
duas categorias, eternamente. Desde que o propósito de todas as coisas é
dar glória a Deus, aquilo que não o faz não tem necessidade de existir
em Sua presença. Mesmo tal remoção reflete, num certo sentido, a glória
de Deus, porque demonstra a Sua justiça em contraposição ao pecado.
Assim, de forma negativa, traz glória a Ele. Deus não tem prazer em
receber a glória desta forma, enviando os ímpios ao inferno. A Bíblia nos
assegura de que Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 33:11).
O inferno foi criado para Satanás e seus anjos (Mateus 25:41).
Primeiro no Éden.
A
glória de Deus é um tema contínuo nas Escrituras. Como a Bíblia revela a glória
de Deus no passado? Ele o fez primeiramente no Jardim do Éden onde manifestou
pessoalmente a Sua glória a Adão e a Eva. Gênesis 3:8 nos diz que o primeiro
casal ouvia a voz de Deus quando passeava no jardim, na virada do dia. Mas o
mesmo versículo relata-nos que, numa tentativa de escapar à responsabilidade
pelo seu pecado, eles procuraram se esconder da presença do Senhor. É evidente
que Deus vinha a eles não apenas como uma voz mas também por alguma
manifestação visível de Sua glória. Qual a natureza dessa presença? As
evidências sugerem que os atributos gloriosos de Deus transformavam-se como uma
brilhante luz. O hebraico tem uma palavra para isso — shekinah, que significa habitar ou residir com. Foi utilizada
pelos judeus e mais tarde pelos cristãos para exprimir a presença visível e
santa de Deus. Assim, logo no limiar da história humana, Deus Se manifestou a
Adão e a Eva para que eles O reconhecessem e Lhe dessem a glória devida. Que
privilégio fantástico Adão e Eva gozavam, de ver a glória de Deus diariamente!
Quanto tempo continuaram a experimentar tal visão, ninguém sabe. Mas chegou o
dia em que resolveram usurpar um pouco de autoridade para si mesmos e serem sábios,
conhecedores do bem e do mal. Neste ato, tornaram-se incapazes de compartilhar da
presença de Deus - nem poderiam mais estar no mesmo lugar em que estivesse a
Sua glória. Assim, Deus os lançou para fora. Acentuou a expulsão colocando
querubins a leste do jardim. Geralmente, esta ordem de seres criados, os
querubins, é associada à guarda da santidade de Deus. Uma espada flamejante
cortava o acesso à árvore da vida (Gênesis 3:24). O mesmo princípio ocorre nos
dias de hoje - os homens decaídos são demitidos da presença de Deus assim como
o foram os anjos decaídos. Ou damos glória a Deus ou então não obteremos acesso
à Sua presença. Adão e Eva terminaram suas vidas com aquela espada bloqueando qualquer
esperança de reentrada no Jardim. Estavam cortados da comunhão que outrora
tiveram com Deus. A espada falava de juízo. Essa espada teria que recair sobre
alguém antes que a raça humana pudesse ter novamente comunhão com Deus - Sobre
quem caiu? Sobre o nosso Salvador Jesus. "Pois também Cristo morreu, uma
única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a
Deus..." (I Pedro 3:18). A única forma de se reatar a comunhão com Deus é
permitindo que Cristo leve o juízo sobre Si — e isso aconteceu na cruz.
Depois em Moisés.
Vemos,
portanto, que a glória de Deus era parte do Éden, mas foi retirada dos rebeldes
e orgulhosos. Apareceu depois na vida de um homem obediente e humilde — Moisés,
que não acreditava ter nenhum valor próprio. Quando Deus o chamou para ser Seu
profeta e conduzir o Seu povo, Moisés se disse incapaz: "Senhor... sou
pesado de boca e pesado de língua" (Êxodo 4:10). Quase dá para se ouvir a
resposta de Deus: "Ora, que é isso Moisés, quem fez a tua boca?" Mas
Moisés continuou fazendo objeções até que Deus designou a Arão para ser sua
boca. Que aborrecimento! No entanto, Deus desejava usar Moisés para revelar Sua
glória a Israel. Quando a glória de Deus entrou neste homem, algo de realmente
especial lhe aconteceu. Vamos ver a história a partir do capítulo 33 de Êxodo.
Neste ponto, Moisés já assumira seu papel como líder do povo de Deus. A lei já
havia sido dada. Mas a jornada difícil para a Terra Prometida ainda estava à
frente. Moisés reclama de Deus a promessa de tirar o povo do cativeiro e
conduzi-los adiante. Agora ele ora:"...se achei graça aos teus olhos,
rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te
conheça" (v.13). Moisés sabe que não poderia conseguir nada sozinho. Deus
lhe assegura de que Sua presença irá com ele (v.14). Mas Moisés ainda duvida de
que a tarefa tenha sido dada pelo Senhor. Pede, portanto um milagre:
"Rogo-te que me mostres a tua glória" (v.18). Será que Deus o
atenderia? Como Moisés ansiava por ouvir a resposta! "Farei passar toda a
minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor..." (v.19). A
palavra bondade aqui refere-se
à manifestação ou à essência dos atributos gloriosos de Deus, caracterizados
pela graça e misericórdia. É perigoso contemplarmos isto! Encare o sol com os
olhos desprotegidos e você ficará cego. Chegue perto demais e será fulminado. O
sol é devastador em seu brilho. Já que o Criador sempre é maior que a criação,
como será olhar para Deus? Fitar a Sua glória, desprotegido, significaria morte
instantânea, consumição completa. Deus é fogo consumidor. Portanto, Deus diz:
"Moisés, não posso deixar que você veja a minha face ou você morrerá.
Nenhum homem poderá fazê-lo e viver. Mas vá até aquele espaço, aquela fenda na
rocha. Eu o cobrirei com a minha mão e abrirei meus dedos um pouquinho só para
você dar uma espiada e ver a minha glória passar" (Veja Êxodo 33:21-23). Deus
tem um rosto? Uma mão? Não, Deus é espírito sem forma física. No entanto, é
freqüente o emprego de palavras referentes ao corpo para que possamos
compreender em alguma medida como Ele é. Quando Deus fala de Sua face ou Suas
mãos, está se acomodando a nossos termos, nosso vocabulário. "Tendo o
Senhor descido na nuvem, ali esteve junto dele, e proclamou o nome do Senhor.
E, passando o Senhor por diante dele, clamou: Senhor, Senhor Deus compassivo,
clemente e longânimo, e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a
misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o
pecado..." (Êxodo 34:5-7). A única coisa que Moisés pôde fazerfoi
curvar-se imediatamente em terra e adorá-lo (v.8).
A Glória Refletida e o Véu.
Qual
foi o efeito da glória shekinah sobre
Moisés? Um pouco do brilho de Deus ficou sobre ele, e seu rosto resplandecia
com a glória de Deus. Seu rosto ficara, literalmente, irradiado com a glória de
Deus - isto sem Moisés saber. Sua face brilhava de tal forma que Arão e os demais
tiveram medo de se aproximarem dele (w.29,30). Imagine só - a glória de Deus
refletida na face de um homem! Certa vez, quando eu era criança, meus pais me
levaram a uma fazenda, Knott's Berry Farm, onde havia uma lojinha que vendia
toda espécie de bugigangas que brilhavam no escuro. Pensei que fosse a coisa
mais notável que já vira. "Por que você não escolhe uma lembrança e nós a
compraremos", sugeriram os meus pais. Escolhi uma estatuazinha. Guardei
numa sacola o dia todo. Finalmente em casa, quando a noite chegou, tirei-a da
sacola e a coloquei sobre a penteadeira. Nada aconteceu Não brilhava e eu
fiquei realmente zangado. — Você sabe porque não está brilhando? - papai
perguntou-me. - Você tem que deixar perto de alguma luz porque ela não tem luz
própria. Meu pai ergueu a figura perto da lâmpada por cerca de um minuto e
depois eu a levei de volta ao meu quarto escurecido. Desta vez funcionou!
Você
percebe a semelhança entre aquela figurazinha e Moisés? Ele também não possuía
luz própria. Mas após ficar junto à luz mais brilhante do universo, ele também
resplandecia. Seu rosto estava carregado da glória de Deus. 0 Senhor escolheu
enviar Moisés do topo daquela montanha com um pouco do brilho da Sua divindade.
Por algum tempo Moisés colocou o véu sobre seu rosto para que as pessoas
pudessem chegar perto dele. Só quando Moisés entrou novamente na presença de
Deus foi que removeu o véu. Então falava com Deus em comunhão aberta. A glória
do rosto de Moisés era então renovada por mais algum tempo, fazendo com que
novamente tivesse que velar seu rosto para falar com o povo. Mas havia outra
razão para usar o véu, uma razão não tão imediatamente evidente. Permita-me
fazer nova referência à minha ilustração. Sabe o que aconteceu com aquela
pequena figura que ficou em cima da minha penteadeira? Depois de cerca de uma
hora, não brilhava mais. Ficou escura porque a luz que tinha não era sua. E foi
isto que Moisés experimentou. Moisés colocou o véu porque a glória estava se
desvanecendo, pouco a pouco, e ele não queria que o povo o visse perder o
brilho. Podemos estar certos disso porque o Novo Testamento nos diz que Moisés
punha véu sobre a face "para que os filhos de Israel não atentassem na terminação
do que se desvanecia" (II Coríntios 3:13). Moisés sabia que a glória não
era dele próprio, que ela se desvanecia, e não desejava que seu povo visse a glória
desaparecer de seu rosto. Duas vezes na história humana Deus demonstrou a Sua
glória — uma vez num lugar, outra vez num rosto. Certamente o povo de Israel
deve ter ficado a imaginar se jamais veriam outra vez a glória de Deus. Glória
numa Tenda. Viram sim - num lugar chamado Tabernáculo, edificado para
glorificar a Deus. Já ressaltei que Deus se compraz em usar coisas humildes
para revelar a Sua glória. Ele continuou este esquema naquilo que decidiu fazer
no Tabernáculo. Muitas vezes nós imaginamos o tabernáculo como um lugar bonito,
mas não possuía nenhuma beleza exterior, pois consistia em muitas peles de
animais fustigadas pelo tempo, opacas e sem atrativos. Era simplesmente uma
tenda feia. No entanto, Deus a utilizaria para demonstrar a Sua glória. Deus
deu instruções detalhadas quanto à maneira em que o Tabernáculo deveria ser
construído. Quando estava finalmente acabado, "Então a nuvem cobriu a
tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não
podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a
glória do Senhor enchia o tabernáculo" (Êxodo 40:34,35). Imagine a cena:
as doze tribos de Israel - talvez vários milhões de pessoas - enfileiradas em
ordem, conforme Deus os posicionara. No meio estava o Tabernáculo, e no centro deste,
a glória de Deus enchendo o lugar de tal forma que ninguém podia entrar! Mais
tarde, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote entraria no Lugar Santíssimo e se
aproximaria da Arca. Muitas pessoas imaginam a arca como um móvel muito lindo,
mas provavelmente era simples e incrustado com o sangue dos sacrifícios que
aspergiam sobre ela. A única coisa linda seria as asas dos querubins sobre o
propicia-tório. O que havia lá? A glória shekinah
— a glória de Deus. Cada vez em que o sumo sacerdote entrava naquele
lugar sagrado, via a glória de Deus.
A Seguir no Templo.
Por
várias centenas de anos, o Tabernáculo serviu como ponto de manifestação da
glória de Deus, mas como no Jardim e como na face de Moisés, essa glória era
apenas temporária. Um dia a tenda foi desmontada e armazenada, e um prédio
magnífico tomou o seu lugar. Assim como Deus dera instruções sobre a construção
do Tabernáculo, deu também os planos para a edificação do Templo. O propósito
do mesmo era abrigar a glória de Deus. Alguns estudiosos da Bíblia calculam que
esse prédio complicado e lindíssimo custou cerca de quinze milhões de dólares.
A construção demorou quase oito anos do seu início ao seu término. Que dia
aquele o de sua consagração! "Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma
nuvem encheu a casa do Senhor, de tal sorte que os sacerdotes não puderam
permanecer ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória de Deus
enchera a casa do Senhor" (I Reis 8:10,11). Mais uma vez, Deus, em Sua condescendente
graça, desceu com Sua presença para as vidas do povo. Mas também desta vez não
foi permanente, porque apesar de ter sido construído para a glória de Deus, nem
sempre essa glória foi dada a Ele. Em certa ocasião, foi Salomão que recebeu a
glória. Em Segundo Crônicas há o relato da visita estatal da Rainha de Sabá à
corte de Salomão. Depois de testar sua sabedoria, ver sua riqueza e visitar o
Templo por ele construído, ela desmaiou! (II Crônicas 9:4). - Não me contaram
nem metade de sua grandeza - ela exclamou, e então deu sua própria versão de
como Salomão era maravilhoso, sábio, como eram afortunados os seus servos, quão
grandes coisas ele fizera, incluindo, sem dúvida, o maravilhoso templo que ele
construíra. E ela foi embora sem saber que era a glória de Deus que habitava no
Templo e não a de Salomão. Infelizmente, não há relato de que Salomão houvesse
corrigido a impressão desta rainha. E daquele momento em diante, percebemos um
grande, se bem que gradativo, declínio do Templo. Quando o Templo se degenerou,
sabe o que Deus teve que fazer? O Deus glorioso teve que se retirar. Removeu a
Sua glória. Pouco a pouco a idolatria entrou no lugar da glória de Deus. A
adoração no Templo tinha praticamente desaparecido até à época em que surgiu o
profeta Ezequiel.
Da Glória à Vergonha.
Foi
numa visão que Ezequiel percebeu isso. Entrou no Templo, e o que viu
estraçalhou seu coração. Sabia que a glória de Deus residia no Lugar Santíssimo,
mas lá fora ele via a adoração de falsos deuses. "Entrei, e vi; eis toda
forma de répteis e de animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de
Israel, pintados na parede em todo o redor" (Ezequiel 8:10). Então ele
entrou no átrio do Templo do Senhor e lá viu homens de costas para o Templo,
curvados com os rostos para o leste, adorando o sol (v.16). Não é de se admirar
que Ezequiel ficasse aflito. Não era Deus que estava sendo adorado e
glorificado no Templo - era Satanás. Temos que entender uma coisa: Deus é
exigente quanto ás Suas companhias. Quando Satanás entra, Deus sai. A retirada
da glória de Deus ocorreu em estágios progressivos, quase como se Deus saísse
com relutância e grande tristeza. Ezequiel relata como a glória se retirou,
passo a passo. A glória ergueu-se do querubim esculpido e pairou sobre a porta.
Depois, saiu do portal e descansou sobre as asas dos querubins vivos da visão
de Ezequiel. Então a glória de Deus subiu do meio de Jerusalém e ficou sobre o
monte, a leste. E finalmente a manifestação da glória não era mais visível, pois
voltara ao céu. Deus retirou Sua glória do Templo e levou-a de volta ao Seu trono.
Agora,
em vez da glória sobre suas cabeças, Deus invocou a palavra Icabode - "foi-se a glória de
Israel" (I Samuel 4:21). Veio o dia em que nem mesmo o grandioso Templo
era receptáculo digno para a glória de Deus. Não é de se admirar que Deus
permitisse aos babilônios queimarem o edifício. Foi-se a glória de Deus! Será
que voltaria algum dia?
A Encarnação da Glória.
Sim,
a Glória de Deus voltou, mas somente depois de muito tempo. Você quer saber
quando? Procure João 1:14. Amo este versículo, deixa-me emocionado. "E o
Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a
sua glória, glória como do unigênito do Pai". A glória de Deus voltou na
Pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Quando é que mais plenamente ela se
manifestou? Na montanha, por ocasião da Transfiguração (Lucas 9:28-36). Lá, por
alguns minutos na presença de três discípulos, o Filho de Deus permitiu que
todo o Seu esplendor aparecesse. Aqui havia glória, não como o brilho no
Jardim, nem como o reflexo na face de Moisés, nem como a claridade do
Tabernáculo ou do Templo, mas a glória intrínseca do Deus-Homem - Jesus Cristo.
Embora a glória de Cristo seja permanente, como Seus demais atributos, esta manifestação
de Sua glória foi temporária. Um dia homens maus o condenaram falsamente,
pregaram-nO em uma cruz e removeram-no de suas vistas. Extinguiram a maior
expressão da glória de Deus.
Glória por Vir.
Será
que reaparecerá essa glória? Nosso Senhor deu a resposta pessoalmente ao falar
um dia com Seus discípulos. E impressionante ler o relato. Falou-lhes de um
período de grande tribulação que um dia cairia sobre o mundo, após o qual
haveria um acontecimento especial: "Então aparecerá no céu o sinal do
Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem
vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória" (Mateus 2430). Qual
será este sinal do qual Jesus fala? Acredito que seja a manifestação sem par de
Sua glória - a glória shekinah que
Deus revelou nos tempos e lugares e nas ocasiões que temos olhado. É o brilho
total de Deus descendo do céu na Pessoa de nosso Senhor. Mais uma vez, homens
pecaminosos tentarão extingui-la. Eles se oporão a Ele, mesmo sendo Ele
"REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" (Apocalipse 19:16). Quando virem
Sua glória fulgurante descendo do céu, eles soltarão os seus mísseis, esperando
apagar essa glória dos ares. Mas não conseguirão fazêlo. Com apenas uma
palavra, Jesus exterminará aqueles que procuram encobrir a Sua glória. Daquele
tempo em diante, Ele regerá as nações com vara de ferro e reinará sobre o trono
de Davi com poder e glória - glória muito maior ainda que a revelada por
ocasião de Seu primeiro advento. Quer saber uma coisa deslumbrante? Nós estaremos lá. Todos os mortos em
Cristo, como também os que estiverem vivos por ocasião do arrebatamento,
voltarão com Ele naquele momento. Embora fantástico é também verdade absoluta.
A Palavra de Deus nos promete isso. "Quando Cristo, que é nossa vida. se
manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, em glória" (Colossenses
3:4). Quando Ele voltar, nos dará corpos glorificados capacitados a gozar Sua
gloriosa presença para todo sempre. Então,
o que é que vamos fazer? você pode
perguntar. Dar glória a Ele. No último livro da Bíblia lemos sobre uma imensa
multidão que aparece perante Seu trono. João escreve: "Depois destas
cousas vi. e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as
nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro,
vestidos de vestes brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz,
dizendo: Ao nosso Deus que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a
salvação" (Apocalipse 7:9,10). Como se isso não bastasse, João relata
outro coro, dizendo: "Amém. O louvor e a glória, e a sabedoria, e as ações
de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus pelos séculos dos
séculos. Amém" (v.12). Glória, glória, glória — é a razão de tudo — que
Deus receba de toda a Sua Criação a glória que lhe é devida. Nós iremos ver
essa glória por toda a eternidade. Imagine, se puder, "...a santa cidade.
Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus... a qual tem a glória de
Deus..." (Apocalipse 21:10,11). "A cidade não precisa nem de sol, nem
de lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro
é a sua lâmpada" (v.23).
Glória no Presente.
Olhamos
rapidamente o significado da glória de Deus no passado, revelada no período do
Antigo Testamento e durante o tempo do ministério terreno de nosso Senhor.
Também temos alguma idéia da glória que virá no futuro. E quanto à glória de
Deus no presente? Onde está, agora, a glória? Aqui mesmo - no corpo de Cristo.
É nosso privilégio, nosso propósito, nosso dever manifestar a glória de Deus.
Paulo nos diz que somos um templo santo que abriga a glória de Deus (Efésios
2:21,22). Um dos propósitos de Seu corpo, a Igreja, é a "iluminação do
conhecimento da glória de Deus na face de Cristo" (II Coríntios 4:6).
Embora sejamos vasos de barro, levamos conosco a glória de Deus. Gosto dessa
idéia. Deus escolheu as coisas humildes, as coisas absolutamente "sem
valor" para Lhe renderem glória. Ele nos transforma pelo poder do Espírito
Santo e permite que irradiemos glória. Já que isso é verdade, é bom que
estejamos realmente brilhando. Se o mundo vai receber a mensagem da glória,
terá que vir através de nós. As pessoas deverão ver Cristo em nós, a esperança
da glória (Colossenses 1:27). Quanto mais estivermos amadurecidos, mais
poderemos irradiar a glória de Deus. "Portanto, quer comais, quer bebais,
ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (I
Coríntios 10:31).
Glória pelo Seu Nome.
Alguns
crentes dão testemunho do Senhor por um sentimento de obediência ao que Deus
manda. Querem compartilhar o Evangelho por causa de seu amor e sua preocupação
pelos que se perdem. É um motivo digno, mas não o mais alto. O motivo supremo
para a evangelização deve ser a glória de Deus. Era isso que movia o apóstolo
Paulo. Ele trabalhava, pregava, derramava o seu coração "por amor do seu
nome" (Romanos 1:5). Sim, ele amava aos perdidos. Sim, ele os alcançou em
obediência à ordem de Cristo. Mas Paulo desejava apaixonadamente conduzir
outros ao Salvador a fim de dar-Lhe a glória. Considerava uma tremenda
injustiça qualquer pessoa ir para a eternidade sem dar glória a Deus. Se Deus é
Deus e só Ele o é, se Ele é o único Criador e Senhor dos homens, Ele tem
direito à adoração exclusiva e tem o direito de ter ciúmes se não for adorado. O
consagrado missionário na índia, Henry Martyn, ao ver as pessoas se encurvarem
perante os ídolos, disse: "Ver estas pessoas se prostrando perante os deuses
hindus provocou em mim tamanho horror que não posso expressá-lo... Eu não
agüentaria a existência se Jesus não fosse glorificado. Seria um inferno para mim".
Devo confessar que Deus tem me repreendido inúmeras vezes porque nem sempre eu
tenho o mesmo sentimento. Simplesmente não é "inferno para mim" ver
alguém que não glorifica a Jesus Cristo. Mas oro para que Deus me dê tamanho
amor pela glória de Cristo que eu sinta o coração traspassado cada vez que
alguém O rejeite - cada vez que alguém não dê a Jesus a glória que Ele merece. Por
que não? "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que
está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho... e
toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai"
(Filipenses 2:9-11). O hinista estava certo ao escrever: "Ó raças, tribos
e nações. Ao Rei divino honrai! A quem quebrou vossos grilhões, Com glória coroai".
A glória de Deus — vemo-la nos céus, na terra, na salvação, na vida cristã, na
promessa da volta de Cristo, em toda dimensão na qual Deus opera. Chamo-a de
Propósito Mestre para destravar todas as riquezas espirituais escondidas em Jesus
Cristo. Se este for o Propósito Mestre, a estrutura da vida, como poderemos nos
desenvolver nele? Como podemos glorificar a Deus? Para isto, é necessário algo
mais - o Plano Mestre.
REFERENCIA:CHAVES PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL
Traduzído do original em inglês:
KEYS TO SPIRITUAL GROWT
Copyright © Fleming H Revell Co.
Tradução : Elizabeth Gomes