sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MARTÍRIO DE POLICARPO


TEXTO BIBLÍCO:
 “E que mais direi ainda? Porque o tempo me faltará, se eu falar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, que pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram as promessas, taparam as bocas dos leões, extinguiram a violência do fogo, evitaram o fio da espada, de fracos tornaram-se fortes, fizeram-se poderosos na guerra, puseram em fugida os exércitos de estrangeiros. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento para alcançarem melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios, açoites e ainda grilhões e prisão; eles foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada; eles andaram errantes, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos, maltratados, uns homens (de quem o mundo não era digno) errantes nos desertos, nos montes, nas covas e nas cavernas da terra. Todos estes, tendo alcançado bom testemunho pela sua fé, contudo não alcançaram a promessa, tendo Deus provido alguma coisa melhor no tocante a nós, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.”(Hb 11.32-40)

Tácito assim descreve as perseguições aos cristãos na época de Nero:

"Alguns foram vestidos com peles de animais ferozes, e perseguidos por cães até serem mortos; outros foram crucificados; outros envolvidos em panos alcatroados, e depois incendiados ao pôr-do-sol, para que pudessem servir de luzes para iluminar a cidade durante a noite".

MARTÍRIO DE POLICARPO

A maior força da tempestade que se aproximava sen­tiu-se na Ásia Menor, onde saíram os novos editos, e o nome de Policarpo, bispo em Esmirna, apareceu brilhan­temente na lista dos mártires daquele tempo. Ao contrário de Inácio que se expunha desnecessariamente à vontade cega da populaça, Policarpo não recusou escutar os conse­lhos e pedidos dos seus amigos, e quando viu que estava sendo espiado em Esmirna retirou-se para uma aldeia pró­xima, e ali continuou o seu trabalho.
Sendo perseguido, foi para outra aldeia, exortando o povo que se encontrava no seu caminho; e assim foi viven­do dessa maneira errante até que os seus inimigos des­cobriram o lugar onde se refugiava. Então o velho bispo (avisado, segundo dizem, num sonho de que deveria glorificar a Deus, sofrendo morte de mártir) resignou-se com pa­ciência à vontade de Deus, e entregou o seu corpo às mãos dos oficiais encarregados de o prenderem. Antes de deixar a casa, deu ordem para que lhes dessem de comer; e, em se­guida, parecendo saber antecipadamente o que esperava, encomendou-se a Deus. Diz-se que o fervor de sua oração comoveu de tal maneira os oficiais que eles se arrepende­ram de ser os instrumentos da sua captura. Montaram-no num jumento, e trouxeram-no para Esmirna, onde estava reunida uma grande multidão para celebrar a festa dos pães asmos.
Por consideração pela sua idade avançada e pela sua sabedoria, Nicites, homem de grande influência, e seu filho Herodes, oficial da cidade, foram ao seu encontro e, fa­zendo-o entrar no seu carro, instaram com ele para que as­segurasse a sua liberdade, tributando honras a César e consentindo em oferecer sacrifícios aos deuses. Ele recu­sou-se a isto e, por esse motivo, foi empurrado do carro com tal violência abaixo que na queda torceu uma coxa. Mas o velho servo de Deus continuou pacificamente o seu caminho, sem se perturbar com a rudeza de Herodes, indi­ferente aos gritos da multidão que, no seu ódio, empurra­va-o de um lado para outro; e deste modo chegaram à are­na.

POLICARPO E O GOVERNADOR

Era este o sítio onde tinham chegado os jogos e exposi­ções sagradas; e conta-se que na ocasião de entrar na are­na, uma voz, como que vinda do céu, exclamou: "Sê forte Policarpo, e porta-te como um homem". Seja como for, um poder que não era humano susteve o servo de Deus, e quando o cônsul, comovido com o seu aspecto venerável, pediu-lhe que jurasse pela alma de César, e dissesse: "Fora com os ímpios!" O velho mártir, apontando para os bancos cheios de gente, repetiu com tristeza: "Fora com os ímpios!" "Jurai", disse o governador, compadecido, "e eu vos mandarei embora. Renegai a Cristo." Mas Policarpo respondeu com brandura: "Tenho-o servido durante oiten­ta e sete anos, e nunca Ele me fez mal. Como posso eu ago­ra blasfemar contra o meu Rei e Salvador?"
"Jurai pela alma de César", repetiu o governador ainda inclinado à compaixão, mas Policarpo respondeu: "Se julgais que hei de jurar pela alma de César como dizeis, e fingis não saber quem eu sou, ouvi a minha confissão livre: sou cristão; e se desejais conhecer a doutrina do cristianis­mo, concedei-me um dia para falar-vos e escutai-me". 0 governador, notando com inquietação o clamor da multi­dão, pediu ao ancião que abjurasse sua fé, mas Policarpo se negou a fazer isso. Tinham-lhe ensinado a honrar os poderes superiores, e sujeitar-se a eles porque eram ordena­dos por Deus, mas quanto ao povo, principalmente no es­tado atual de turbulência em que se encontrava, nada lhe apresentaria em sua defesa. "Tenho à mão animais fero­zes", disse o governador, "lançar-vos-ei a eles, se não mudardes de opinião" - "Mandai-os vir", disse Policarpo tranqüilamente.
O velho peregrino alegrava-se com a perspectiva de se ver prontamente livre de um mundo ímpio e cheio de per­seguições, e sua tranqüila intrepidez exasperou o governa­dor, que por esse motivo ameaçou queimá-lo, mas o intré­pido Policarpo respondeu: "Ameaçais-me com o fogo que arde por um momento, e depressa se apaga, mas nada sabeis da pena futura, e do fogo eterno reservado aos ímpios".
O governador perdeu completamente a paciência, mandou um arauto apregoar no meio da arena: "Policarpo é cristão". Esta proclamação foi repetida três vezes, como era de costume e a raiva da população chegou ao auge. Vi­ram no velho prisioneiro um homem que tinha desprezado os seus deuses, e cujo ensino tinha retirado o povo dos seus templos, e tornou-se geral o grito de: "Lancem Policarpo aos leões!"
Mas a hora do espetáculo já tinha passado, e o asiarca que tinha aos seus cuidados os espetáculos públicos recu­sou-se a fazer a vontade do povo. Se ainda estavam dispos­tos a dar-lhe a morte, tinham de escolher qualquer outro dia: assim pois, se ouviu imediatamente o grito para que Policarpo fosse queimado. A lenha e a palha estavam ali à mão, e a vítima depois de ser despojada da sua capa, foi le­vada às pressas para o poste. Queriam pregá-lo a ele, mas Policarpo pediu-lhes para ser simplesmente atado, e con­cederam-lhe isso.
Tendo em seguida recomendado a sua alma a Deus deu o sinal ao algoz, e este logo lançou fogo à palha. Mas, diz a tradição, os acontecimentos maravilhosos do dia ainda não tinham chegado ao seu fim. Por qualquer razão desconhe­cida, as chamas não tocaram no corpo de Policarpo, e os espectadores, vendo-se enganados, olhavam uns para os outros na maior admiração.
Contudo, o ódio venceu a superstição, e pediram ao al­goz que matasse a vítima a golpes de espada. Assim se fez, o golpe fatal foi imediatamente dado, e naquele momento de cruel martírio, o fiel servo do Senhor entregou a alma a Deus, e ficou para sempre longe do alcance dos seus perse­guidores.

NA ATUALIDADE

Não vivemos mais nos três primeiros séculos da historia do cristianismo, a onde os cristãos eram perseguidos, como vimos o relato da perseguição de Policarpo, isso, no entanto, não anula a Idea de que não exista perseguição na atualidade. Existem países que, ainda, perseguem aos cristãos como, por exemplo, a Coréia do norte, China, Índia, Irã, Iraque, Afeganistão e nos países a onde há a presença de seitas orientais, como o Islamismo, Budismo e Hinduísmo.  Esta expressão perseguição soa de forma estranha para nós que estamos no ocidente, isto se da pelo fato de gozarmos de um governo democrático a onde os nossos direito são garantidos por leis.
No final de 2009, o Pew fórum divulgou o relatório mundial sobre restrições à religião, mostrando que quase 70% do total de 6,8 bilhões de habitantes do planeta vivem em países em que as práticas religiosas sofrem altos níveis de restrição. Essa conclusão veio de uma pesquisa feita em 198 países entre os anos de 2006e 2008. (informações extraídas da revista portas abertas).
Admitir e conhecer a realidade da perseguição é o primeiro passo para que a igreja se posicione ao lado daqueles membros do corpo  que sofrem por seguir a Cristo e para que passe a agir em favor deles.

“Perseguição é o sofrimento ou pressão mental, moral ou física que autoridades, indivíduos ou grupos infligem a outros especialmente em razão de opiniões ou crenças, visando a sua sujeição pela retratação o, pelo silencio ou, como ultimo recurso, pela execução”. (Geoffrey Bromily, International Standard Bibli Encyclopedia)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Jefté e o sacrifício de sua filha

A Bíblia diz que Jefté fez um voto a Deus. Caso fosse bem sucedido na batalha contra os amonitas, ele ofereceria ao Deus Jeová, em sacrifício o que primeiro que aparecesse em sua frente ao chegar em sua casa. Aconteceu que ele derrotou os amonitas e ao chegar em casa sua filha foi quem primeiro apareceu ao seu encontro. Isso está registrado em Juízes 11.30-40. O texto diz que Jefté cumpriu o voto.

I.                  Duas teorias

Há uma longa discussão sobre esse sacrifício entre os exposito­res da Bíblia, que vem atravessando os séculos, sobre o sentido de "cumpriu nela o seu voto que tinha feito; e ela não conheceu varão" (v. 39). Uma linha de interpretação afirma que o sacrifício foi literal; Muitos têm entendido que Jefté ofereceu a vida de sua filha ao Senhor, dada a natureza inviolável de um voto feito a Deus (cf. Ec 5:2-6). E mais, observam que um holocausto envolve o sacrifício de uma vida, e justificam esse procedimento tendo por base que um voto a Deus tem precedência sobre tudo o mais, até mesmo sobre a vida humana (cf. Gn 22). Deus é soberano sobre a vida e a toma quando quer (Dt 32:39), como finalmente o faz (Hb 9:27).
 e outra, que foi o celibato, a moça sacrificou a sua virgindade, não se casando, pois o texto diz: "deixai-me por dois meses que vá, e chore a minha virgindade, eu e as minhas companheiras. E disse ele: Vai. E deixou-a ir por dois meses. Então foi-se ela com as suas companhei­ras e chorou a sua virgindade pelos montes" (vv 37, 38). Há ainda alguns pontos que precisam ser considerados sobre essa questão.

O texto sagrado, em nenhum lugar, afirma que Jeová mandou Jefté oferecer tal sacrifício, e da mesma maneira não diz que Jeová aceitou o mesmo. Jefté fez um voto precipitado por sua própria conta. Foi algo pessoal e voluntário. Acusar Jeová de uma coisa que a Bíblia não diz que ele fez é muita ousadia, se é que o homem pode julgar a Deus!
Entretanto, por diversas razões, não é necessário admitir que Jefté tenha oferecido um sacrifício de morte. A Bíblia diz que o sacrifício humano é abominável diante de Jeová, logo se puder ser confirmado como literal o sacrifício da filha de Jefté, somos obrigados a admitir que foi uma profanação e, como tal, foi recusado por Jeová.

II.               Fatos que comprova a idéia de celibato:

1.    Ele tinha consciência da lei contra o sacrifício humano, e se essa fosse sua intenção quando fez o voto, um sacrifício humano, ele saberia que isso teria sido uma clamorosa rejeição da lei de Deus. É inconcebível que Jefté ou qualquer outro israelita pensasse que estaria agradando a Deus ao cometer essa abominação terrível na presença do Senhor e em seu altar. "Não adorem o SENHOR, o seu Deus, da maneira como fazem essas nações, porque, ao adorarem os seus deuses, elas fazem todo tipo de coisas repugnantes que o SENHOR odeia como queimar seus filhos e filhas no fogo em sacrifícios aos seus deuses. Apliquem-se a fazer tudo o que eu lhes ordeno; não acrescentem nem tirem coisa alguma" (Dt 12.31, 32). Lemos ainda em Deuteronômio 18.10-12: "Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos. O SENHOR tem repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas abominações que o SENHOR, O seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença de vocês". Em vista da proibição divina e aversão de Iavé a essa prática, o fato de Jefté haver assumido tal responsabilidade seria equivalente a Deus ter renunciado completamente a sua soberania. Seria como repudiar a própria aliança, que exigia de Israel fosse santidade ao Senhor.

2.    Igualmente incrível é a idéia de que Deus, sabendo antecipadamente que Jefté teria a intenção de quebrar dessa forma sua lei e de pisotear sua aliança com Israel, apesar de tudo lhe concederia a vitória sobre os inimigos. A analise desse evento nesses termos envolveria uma dificuldade teológica insuperável, pois implicaria admitir um comprometimento sem esperança de integridade da parte do próprio Deus. O texto não diz ter ele realmente matado sua filha como holocausto. Isto é apenas inferido por alguns porque ele tinha prometido que quem quer que primeiro saísse de sua casa seria oferecido ao Senhor "em holocausto" (11:31). Como Paulo mostrou, os seres humanos devem ser oferecidos a Deus como um "sacrifício vivo" (Rm 12:1), e não como sacrifício de mortos. É possível que Jefté tenha oferecido sua filha ao Senhor como um sacrifício vivo. Por todo o resto de sua vida ela serviria ao Senhor na casa do Senhor e permaneceria virgem.

3.    um sacrifício vivo de perpétua virgindade era um sacrifício tremendo no contexto judaico daqueles dias. Fazendo alguém voto de perpétua castidade, e sendo dedicada ao serviço do Senhor, ela não poderia jamais ter filhos e assim dar continuidade à linhagem familiar de seu pai. Jefté agiu com muita honra e grande fé no Senhor, não voltando atrás em relação ao voto que ele havia feito ao Senhor seu  Deus.
4.    este modo de ver a questão apóia-se no fato de que quando a filha de Jefté saiu para chorar por dois meses, ela não saiu para lastimar a sua morte iminente. Não, ela saiu e "chorou a sua virgindade" ,(v 38 beûlîm), e a resultante extinção da linha genealógica de seu pai, visto ser ela filha única. Tendo sido colocada para trabalhar no tabernáculo (cf. Êx 38.8; 1 Sm 2.22 e outras referências sobre virgens consagradas que serviam no templo), a jovem jamais se tornaria mãe; daí a ênfase na expressão "ela nunca deixou de ser virgem" (Jz 11.39). Essa observação não teria sentido se de fato a moça fosse sacrificada.

Conclusão: Finalmente, se ela tivesse de enfrentar a morte ao fim dos dois meses, teria sido muito simples para ela casar-se com alguém e viver com essa pessoa durante os dois meses que antecederiam sua morte. Não havia razão para a filha de Jefté lastimar pela sua virgindade, a menos que estivesse com a perspectiva de viver toda uma vida nessa condição. Com Jefté não tinha outros filhos, sua filha não se lamentou acerca de sua virgindade por causa de nenhum desejo sexual ilícito.

domingo, 8 de janeiro de 2012

A GLÓRIA DE DEUS


Se você saísse pela rua perguntando a dez pessoas quaisquer o que elas consideram ser o maior tema do mundo, obteria na certa uma variedade de respostas: — Dinheiro. Amor. Casamento. Sexo. Liberdade. Segurança. Status. Prazer. Paz. Felicidade. Mas do ponto de vista de Deus, há apenas uma resposta. É o maior tema do mundo, da Palavra de Deus, de todo o universo. Vai além da razão da Criação, da razão de se viver a vida cristã, da razão pela qual Deus fez ou fará todas as coisas. Você sabe qual é? Encontramos a resposta no chamado catecismo menor - o sistema de perguntas e respostas utilizado na história da Igreja para dar instrução religiosa. Eis a primeira pergunta: "Qual o principal propósito do homem?" A resposta segue: "Glorificar a Deus e ter prazer n'Ele para sempre". Era assim que os escritores do catecismo revelavam o que consideravam ser a informação básica que uma pessoa deveria possuir: o fato de que foi feita para a glória de Deus e que Deus deverá ser seu prazer.

O Alvo Principal da Vida.

A glória de Deus! Por que o homem está sobre a terra? Por que Deus se preocupou em redimi-lo? Qual o propósito da vida? Como é que toda a Criação — hoje tão corrompida e deformada — vai terminar, afinal? Para a glória de Deus. É essencial que entendamos o conceito bíblico da glória de Deus. Alguém poderá protestar que estamos nos baseando demais no catecismo, mesmo que este contenha doutrina baseada essencialmente nas Escrituras. Mas a suma importância da glória de Deus não é apenas uma idéia de qualquer pessoa. Está diretamente apoiada na Palavra de Deus. Por exemplo, no Salmo 16:8 — "ó Senhor, tenho-o sempre à minha presença..." Isso se refere a dar glória a Deus. Ao fazer esta declaração, Davi está dizendo, em essência: "Em tudo que faço, minha atenção está sobre Deus. Faço tudo focalizando a Deus, para sua honra, glória e vontade". O versículo nove expressa o resultado dessa atitude: "Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta...", outra forma de dizer que ele encontrou grande gozo em Deus. Este era o padrão de Davi: viver sempre para a glória de Deus e conseqüentemente gozá-la para sempre - a mesma declaração do catecismo que apareceu tanto tempo depois. Deixe-me repetir: o supremo objetivo na vida de qualquer homem ou mulher deverá ser o de dar glória a Deus. E a grande conseqüência deste alvo é alegria ilimitada. Acredito que maturidade espiritual se resume numa vida concentrada e focalizada sobre a pessoa de Deus, até que se enleve e se integre em Sua majestade. O homem não cumpre seu propósito para com Deus até que ele O glorifique, e nem o cumpre no aspecto pessoal até que experimente gozo completo em Deus. Deus não é um monstro. Não está sentado lá no céu exigindo que nós 0 glorifiquemos apenas em Seu próprio benefício. Pelo contrário, promete que se nós O glorificarmos, Ele nos recompensará com alegria completa.

Definições — A Glória Intrínseca de Deus.

O que significa glorificar a Deus? Podemos encará-lo na prática sob dois aspectos. O primeiro concerne à glória que Deus possui em Si mesmo. Quero dizer com isso que a glória de Deus é intrínseca à Sua própria natureza. Considere as palavras dos serafins em Isaías 6:3, "Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; toda a terra está cheia de Sua glória".
Deus possui glória intrínseca em virtude de quem Ele é. Não é glória dada a Ele. Se o homem nunca tivesse sido criado, e se os anjos não tivessem sido feitos, será que Deus ainda seria um Deus de glória? Certamente que sim! Se ninguém desse glória, honra ou louvor a Ele, será que ainda seria o Deus glorioso que é? Sem dúvida! Esta é a glória intrínseca - a glória da natureza de Deus. E a manifestação e a combinação de todos os Seus atributos (isto se vê claramente em Êxodo 33:18,19). Este aspecto da glória de Deus é tão essencial para Ele como o é a luz para o sol, ou o azul para o céu, ou o molhado para a água. Não há necessidade de se mandar que o sol brilhe, pois ele o faz naturalmente. Não se faz com que a água se molhe - ela já é molhada. E nem é preciso pintar de azul o céu, pois esta é a sua cor em nossa atmosfera. Também é assim com a glória de Deus. Não podemos oferecê-la a Ele e nem diminuí-la: Ele é quem é. Ele é a perfeita harmonia de todos os Seus atributos — "o Deus da glória" (Atos 7:2).
Mas você pode perguntar - E quanto a Tito 2:10? “Não furtem; pelo contrário, dêem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador". Este versículo não diz ser possível ornarmos a Deus. Não há meio de se adornar a Deus; podemos, contudo, ornar a Sua doutrina, vivendo vidas santas. Ornamos com as nossas vidas a doutrina de Deus, mas não a Deus. Se vivermos como bem entendermos, isso não afetará a Deus, mas poderá afetar o testemunho a respeito de Deus no mundo. Reafirmamos: Deus tem glória intrínseca  pela qual nada podemos fazer – nem aumentá-la e nem diminuí-la. A glória do homem é bem diferente, no entanto, pois esta lhe é dada. Falamos sobre homens que foram exaltados ou honrados. Mas se despirmos um rei da sua coroa e das suas vestes, deixando-o nu ao lado de um mendigo igualmente despido, não se poderá distinguir quem é quem. A única glória gozada por um rei terreno é aquela dada a ele por roupas elegantes e um trono majestoso. Mas não possui glória intrínseca. Por outro lado, a glória de Deus está em Sua essência, em Sua natureza. Está no Seu ser, tão parte dele como Sua graça, Sua misericórdia, Seu poder e Seu conhecimento. Todos infinitos. Só podemos reconhecer, e dizer: "É verdade. Deus é glorioso!" Além de várias referências no Antigo Testamento (como no Salmo 24:7-10), o Novo Testamento apoia este mesmo conceito. Foi dito em relação a Jesus Cristo que Ele é a glória em carne (João 1:14). A ressurreição de Lázaro ilustra a glória do Salvador. Lembre-se de como Jesus se demorou além do Jordão até saber que Lázaro estava morto. Jesus amava profundamente a Lázaro, mas esperou por sua morte para fazer um milagre. Quando o Senhor ordenou que removessem a pedra tumular, Marta protestou. Mas Jesus respondeu "Não te disse eu que se creres verás a glória de Deus? " (João 11:40). O que era, neste caso, a glória de Deus? Que atributo seria demonstrado? Poder — o mesmo grande poder usado na Criação — seria neste momento demonstrado com a ressurreição de Lázaro. Marta não deu a glória a Deus. É algo que Ele já possuía. Mas neste momento, Sua natureza seria revelada em glória. E o foi. Em João 17:24 Jesus orou, "Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam comigo também os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferis-te..." A resposta a essa oração será cumprida em Apocalipse 21:23, que descreve a Nova Jerusalém como não tendo necessidade de sol ou lua, "pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada". Isso demonstra de maneira belíssima que a glória é parte essencial e intrínseca da própria natureza de Deus. Já que isto é verdadeiro, a glória de Deus é algo que Ele não dá ao homem. Isaías 48:11 declara: "A minha glória não dou a outrem". Deus não distribui Sua própria natureza. Jesus coloca dentro de nós a Sua glória, mas jamais a coloca sobre nós e nem dentro de nós se não estivermos nele. Quando Deus dá de Sua glória ao crente, é Ele mesmo quem vem habitar em sua vida. Mas a glória não é nunca do receptor, pois Deus não Se despe da Sua glória. Podemos usar a ilustração do anel que Faraó deu a José. Ele o tirou e deu a José, colocando também uma corrente de ouro sobre o seu pescoço (Gênesis 41:42). "Somente no trono eu serei maior do que tu" declarou Faraó (v.40). Em outras palavras: "Eu te darei um anel e uma corrente, mas o trono continua sendo meu". Assim também Deus não Se desfaz de Sua glória. Temos, portanto, o primeiro aspecto de nossa definição do que seja a glória de Deus. É intrínseco a Ele e somente Ele a possui. É a soma de Seus atributos. Não pode ser diminuída.

Enaltecendo a Glória de Deus Perante as Pessoas.

 Há, porém um segundo aspecto. Embora tenhamos ressaltado que nada se pode somar à glória de Deus, há uma maneira em que as criaturas de Deus podem glorificá-lO. Isto se faz enaltecendo a glória de Deus perante o mundo. Não é somar algo a Sua natureza, mas apenas demonstrar a glória de Deus às pessoas. Há um livro no Velho Testamento que deixa isto muito claro: I Crônicas. Davi diz: "Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas" (I Crônicas 16:24). Note bem que ele diz anunciai, e não dai. Declarar a glória não é o mesmo que dá-la: "Glória e majestade estão diante dele" (v.27). Novamente, isto nos fala da natureza intrínseca de Deus. “Há outro versículo que deixa isto ainda mais claro, Davi diz de Deus, ‘Tua é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos” (I Crônicas 29:11). Após esta declaração, Davi resume tudo dizendo:"Agora, pois, ó nosso Deus,  graças te damos, e louvamos o teu glorioso nome" (v.13). Davi reconheceu o que já era verdade-que Deus possuía glória inata, e que deveria ser por isto. Encontramos outro exemplo no Novo Testamento: Paulo orou para que "Cristo seja engrandecido no meu corpo" (Filipenses 1:20). Ele não quis dizer que poderia melhorar a Cristo. Estava dizendo que desejava exaltar a
Cristo perante os olhos do mundo. Quando exaltamos a Deus, quando O louvamos, quando O engrandecemos, nós O glorificamos. É isso que o apóstolo quis dizer ao ordenar: "Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, que são de Deus" (I Coríntios 6:20). Isto é, dar testemunho puro da glória de Deus para que os homens a vejam.
Outro exemplo é-nos dado por Paulo em I Timóteo 1:17: "Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém". E no final de sua epístola, Paulo se refere a Deus como o 'Pinico que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém". (I Timóteo 6:16). O apóstolo não está dizendo que os homens podem aumentar a glória intrínseca de Deus, mas que podem dar glória a Ele permitindo que Ele seja visto em suas vidas pelos outros. Vemos o mesmo no livro de Judas. "Ao único Deus nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém" (Judas 25). E em Apocalipse encontramos multidões de pessoas dizendo "Glória, glória, glória". E é assim que engrandecemos a Deus perante o mundo... mas não acrescentamos nada à Sua natureza.

A Glória de Deus no Passado.

 Tendo visto esses dois aspectos da glória de Deus — o fato de que é intrínseca e de que os homens podem declará-la — vejamos mais detalhadamente como este tema se revela na Bíblia. A história bíblica revela a glória de Deus no passado. A profecia bíblica prevê a glória de
Deus no futuro. E na Igreja de hoje, vemos a glória de Deus no presente. Ao considerarmos estes diversos períodos de tempo, descobrimos que o método divino de revelar-nos Sua glória é de tomar as coisas humildes, que não possuem em si mesmas glória alguma, e transformá-las para que sejam instrumentos demonstradores da glória de Deus e para que dêem a Ele o louvor.

A Glória Demonstrada na Criação.

Qualquer que seja a faceta da atividade de Deus a se considerar, verificamos que foi feita para o propósito da glória de Deus e de Cristo. Vejamos a Criação. "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos" (Salmo 19:1). Quem foi o Criador? Colossenses 1:16 nos responde: "Pois nele foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para Ele". A criação veio a existir para a glória de Deus e de Cristo. O universo e o homem foram feitos para darem testemunho e refletirem a glória do Deus de toda glória. O propósito deles é louvá-lo porque Ele é merecedor de louvor. Em todo o universo e em todas as coisas que Deus já tenha criado, desde a mais pequenina vida microscópica até o maior astro de fogo não demarcado no céu, só duas coisas deixam de dar glória a Deus — anjos decaídos e homens decaídos. Deus lançará fora de Sua presença estas duas categorias, eternamente. Desde que o propósito de todas as coisas é dar glória a Deus, aquilo que não o faz não tem necessidade de existir em Sua presença. Mesmo tal remoção reflete, num certo sentido, a glória de Deus, porque demonstra a Sua justiça em contraposição ao pecado. Assim, de forma negativa, traz glória a Ele. Deus não tem prazer em receber a glória desta forma, enviando os ímpios ao inferno. A Bíblia nos assegura de que Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 33:11). O inferno foi criado para Satanás e seus anjos (Mateus 25:41).

Primeiro no Éden.

A glória de Deus é um tema contínuo nas Escrituras. Como a Bíblia revela a glória de Deus no passado? Ele o fez primeiramente no Jardim do Éden onde manifestou pessoalmente a Sua glória a Adão e a Eva. Gênesis 3:8 nos diz que o primeiro casal ouvia a voz de Deus quando passeava no jardim, na virada do dia. Mas o mesmo versículo relata-nos que, numa tentativa de escapar à responsabilidade pelo seu pecado, eles procuraram se esconder da presença do Senhor. É evidente que Deus vinha a eles não apenas como uma voz mas também por alguma manifestação visível de Sua glória. Qual a natureza dessa presença? As evidências sugerem que os atributos gloriosos de Deus transformavam-se como uma brilhante luz. O hebraico tem uma palavra para isso — shekinah, que significa habitar ou residir com. Foi utilizada pelos judeus e mais tarde pelos cristãos para exprimir a presença visível e santa de Deus. Assim, logo no limiar da história humana, Deus Se manifestou a Adão e a Eva para que eles O reconhecessem e Lhe dessem a glória devida. Que privilégio fantástico Adão e Eva gozavam, de ver a glória de Deus diariamente! Quanto tempo continuaram a experimentar tal visão, ninguém sabe. Mas chegou o dia em que resolveram usurpar um pouco de autoridade para si mesmos e serem sábios, conhecedores do bem e do mal. Neste ato, tornaram-se incapazes de compartilhar da presença de Deus - nem poderiam mais estar no mesmo lugar em que estivesse a Sua glória. Assim, Deus os lançou para fora. Acentuou a expulsão colocando querubins a leste do jardim. Geralmente, esta ordem de seres criados, os querubins, é associada à guarda da santidade de Deus. Uma espada flamejante cortava o acesso à árvore da vida (Gênesis 3:24). O mesmo princípio ocorre nos dias de hoje - os homens decaídos são demitidos da presença de Deus assim como o foram os anjos decaídos. Ou damos glória a Deus ou então não obteremos acesso à Sua presença. Adão e Eva terminaram suas vidas com aquela espada bloqueando qualquer esperança de reentrada no Jardim. Estavam cortados da comunhão que outrora tiveram com Deus. A espada falava de juízo. Essa espada teria que recair sobre alguém antes que a raça humana pudesse ter novamente comunhão com Deus - Sobre quem caiu? Sobre o nosso Salvador Jesus. "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus..." (I Pedro 3:18). A única forma de se reatar a comunhão com Deus é permitindo que Cristo leve o juízo sobre Si — e isso aconteceu na cruz.

Depois em Moisés.

Vemos, portanto, que a glória de Deus era parte do Éden, mas foi retirada dos rebeldes e orgulhosos. Apareceu depois na vida de um homem obediente e humilde — Moisés, que não acreditava ter nenhum valor próprio. Quando Deus o chamou para ser Seu profeta e conduzir o Seu povo, Moisés se disse incapaz: "Senhor... sou pesado de boca e pesado de língua" (Êxodo 4:10). Quase dá para se ouvir a resposta de Deus: "Ora, que é isso Moisés, quem fez a tua boca?" Mas Moisés continuou fazendo objeções até que Deus designou a Arão para ser sua boca. Que aborrecimento! No entanto, Deus desejava usar Moisés para revelar Sua glória a Israel. Quando a glória de Deus entrou neste homem, algo de realmente especial lhe aconteceu. Vamos ver a história a partir do capítulo 33 de Êxodo. Neste ponto, Moisés já assumira seu papel como líder do povo de Deus. A lei já havia sido dada. Mas a jornada difícil para a Terra Prometida ainda estava à frente. Moisés reclama de Deus a promessa de tirar o povo do cativeiro e conduzi-los adiante. Agora ele ora:"...se achei graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça" (v.13). Moisés sabe que não poderia conseguir nada sozinho. Deus lhe assegura de que Sua presença irá com ele (v.14). Mas Moisés ainda duvida de que a tarefa tenha sido dada pelo Senhor. Pede, portanto um milagre: "Rogo-te que me mostres a tua glória" (v.18). Será que Deus o atenderia? Como Moisés ansiava por ouvir a resposta! "Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor..." (v.19). A palavra bondade aqui refere-se à manifestação ou à essência dos atributos gloriosos de Deus, caracterizados pela graça e misericórdia. É perigoso contemplarmos isto! Encare o sol com os olhos desprotegidos e você ficará cego. Chegue perto demais e será fulminado. O sol é devastador em seu brilho. Já que o Criador sempre é maior que a criação, como será olhar para Deus? Fitar a Sua glória, desprotegido, significaria morte instantânea, consumição completa. Deus é fogo consumidor. Portanto, Deus diz: "Moisés, não posso deixar que você veja a minha face ou você morrerá. Nenhum homem poderá fazê-lo e viver. Mas vá até aquele espaço, aquela fenda na rocha. Eu o cobrirei com a minha mão e abrirei meus dedos um pouquinho só para você dar uma espiada e ver a minha glória passar" (Veja Êxodo 33:21-23). Deus tem um rosto? Uma mão? Não, Deus é espírito sem forma física. No entanto, é freqüente o emprego de palavras referentes ao corpo para que possamos compreender em alguma medida como Ele é. Quando Deus fala de Sua face ou Suas mãos, está se acomodando a nossos termos, nosso vocabulário. "Tendo o Senhor descido na nuvem, ali esteve junto dele, e proclamou o nome do Senhor. E, passando o Senhor por diante dele, clamou: Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo, e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado..." (Êxodo 34:5-7). A única coisa que Moisés pôde fazerfoi curvar-se imediatamente em terra e adorá-lo (v.8).

A Glória Refletida e o Véu.

Qual foi o efeito da glória shekinah sobre Moisés? Um pouco do brilho de Deus ficou sobre ele, e seu rosto resplandecia com a glória de Deus. Seu rosto ficara, literalmente, irradiado com a glória de Deus - isto sem Moisés saber. Sua face brilhava de tal forma que Arão e os demais tiveram medo de se aproximarem dele (w.29,30). Imagine só - a glória de Deus refletida na face de um homem! Certa vez, quando eu era criança, meus pais me levaram a uma fazenda, Knott's Berry Farm, onde havia uma lojinha que vendia toda espécie de bugigangas que brilhavam no escuro. Pensei que fosse a coisa mais notável que já vira. "Por que você não escolhe uma lembrança e nós a compraremos", sugeriram os meus pais. Escolhi uma estatuazinha. Guardei numa sacola o dia todo. Finalmente em casa, quando a noite chegou, tirei-a da sacola e a coloquei sobre a penteadeira. Nada aconteceu Não brilhava e eu fiquei realmente zangado. — Você sabe porque não está brilhando? - papai perguntou-me. - Você tem que deixar perto de alguma luz porque ela não tem luz própria. Meu pai ergueu a figura perto da lâmpada por cerca de um minuto e depois eu a levei de volta ao meu quarto escurecido. Desta vez funcionou!
Você percebe a semelhança entre aquela figurazinha e Moisés? Ele também não possuía luz própria. Mas após ficar junto à luz mais brilhante do universo, ele também resplandecia. Seu rosto estava carregado da glória de Deus. 0 Senhor escolheu enviar Moisés do topo daquela montanha com um pouco do brilho da Sua divindade. Por algum tempo Moisés colocou o véu sobre seu rosto para que as pessoas pudessem chegar perto dele. Só quando Moisés entrou novamente na presença de Deus foi que removeu o véu. Então falava com Deus em comunhão aberta. A glória do rosto de Moisés era então renovada por mais algum tempo, fazendo com que novamente tivesse que velar seu rosto para falar com o povo. Mas havia outra razão para usar o véu, uma razão não tão imediatamente evidente. Permita-me fazer nova referência à minha ilustração. Sabe o que aconteceu com aquela pequena figura que ficou em cima da minha penteadeira? Depois de cerca de uma hora, não brilhava mais. Ficou escura porque a luz que tinha não era sua. E foi isto que Moisés experimentou. Moisés colocou o véu porque a glória estava se desvanecendo, pouco a pouco, e ele não queria que o povo o visse perder o brilho. Podemos estar certos disso porque o Novo Testamento nos diz que Moisés punha véu sobre a face "para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia" (II Coríntios 3:13). Moisés sabia que a glória não era dele próprio, que ela se desvanecia, e não desejava que seu povo visse a glória desaparecer de seu rosto. Duas vezes na história humana Deus demonstrou a Sua glória — uma vez num lugar, outra vez num rosto. Certamente o povo de Israel deve ter ficado a imaginar se jamais veriam outra vez a glória de Deus. Glória numa Tenda. Viram sim - num lugar chamado Tabernáculo, edificado para glorificar a Deus. Já ressaltei que Deus se compraz em usar coisas humildes para revelar a Sua glória. Ele continuou este esquema naquilo que decidiu fazer no Tabernáculo. Muitas vezes nós imaginamos o tabernáculo como um lugar bonito, mas não possuía nenhuma beleza exterior, pois consistia em muitas peles de animais fustigadas pelo tempo, opacas e sem atrativos. Era simplesmente uma tenda feia. No entanto, Deus a utilizaria para demonstrar a Sua glória. Deus deu instruções detalhadas quanto à maneira em que o Tabernáculo deveria ser construído. Quando estava finalmente acabado, "Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo" (Êxodo 40:34,35). Imagine a cena: as doze tribos de Israel - talvez vários milhões de pessoas - enfileiradas em ordem, conforme Deus os posicionara. No meio estava o Tabernáculo, e no centro deste, a glória de Deus enchendo o lugar de tal forma que ninguém podia entrar! Mais tarde, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote entraria no Lugar Santíssimo e se aproximaria da Arca. Muitas pessoas imaginam a arca como um móvel muito lindo, mas provavelmente era simples e incrustado com o sangue dos sacrifícios que aspergiam sobre ela. A única coisa linda seria as asas dos querubins sobre o propicia-tório. O que havia lá? A glória shekinah — a glória de Deus. Cada vez em que o sumo sacerdote entrava naquele lugar sagrado, via a glória de Deus.

A Seguir no Templo.

Por várias centenas de anos, o Tabernáculo serviu como ponto de manifestação da glória de Deus, mas como no Jardim e como na face de Moisés, essa glória era apenas temporária. Um dia a tenda foi desmontada e armazenada, e um prédio magnífico tomou o seu lugar. Assim como Deus dera instruções sobre a construção do Tabernáculo, deu também os planos para a edificação do Templo. O propósito do mesmo era abrigar a glória de Deus. Alguns estudiosos da Bíblia calculam que esse prédio complicado e lindíssimo custou cerca de quinze milhões de dólares. A construção demorou quase oito anos do seu início ao seu término. Que dia aquele o de sua consagração! "Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória de Deus enchera a casa do Senhor" (I Reis 8:10,11). Mais uma vez, Deus, em Sua condescendente graça, desceu com Sua presença para as vidas do povo. Mas também desta vez não foi permanente, porque apesar de ter sido construído para a glória de Deus, nem sempre essa glória foi dada a Ele. Em certa ocasião, foi Salomão que recebeu a glória. Em Segundo Crônicas há o relato da visita estatal da Rainha de Sabá à corte de Salomão. Depois de testar sua sabedoria, ver sua riqueza e visitar o Templo por ele construído, ela desmaiou! (II Crônicas 9:4). - Não me contaram nem metade de sua grandeza - ela exclamou, e então deu sua própria versão de como Salomão era maravilhoso, sábio, como eram afortunados os seus servos, quão grandes coisas ele fizera, incluindo, sem dúvida, o maravilhoso templo que ele construíra. E ela foi embora sem saber que era a glória de Deus que habitava no Templo e não a de Salomão. Infelizmente, não há relato de que Salomão houvesse corrigido a impressão desta rainha. E daquele momento em diante, percebemos um grande, se bem que gradativo, declínio do Templo. Quando o Templo se degenerou, sabe o que Deus teve que fazer? O Deus glorioso teve que se retirar. Removeu a Sua glória. Pouco a pouco a idolatria entrou no lugar da glória de Deus. A adoração no Templo tinha praticamente desaparecido até à época em que surgiu o profeta Ezequiel.

Da Glória à Vergonha.

Foi numa visão que Ezequiel percebeu isso. Entrou no Templo, e o que viu estraçalhou seu coração. Sabia que a glória de Deus residia no Lugar Santíssimo, mas lá fora ele via a adoração de falsos deuses. "Entrei, e vi; eis toda forma de répteis e de animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel, pintados na parede em todo o redor" (Ezequiel 8:10). Então ele entrou no átrio do Templo do Senhor e lá viu homens de costas para o Templo, curvados com os rostos para o leste, adorando o sol (v.16). Não é de se admirar que Ezequiel ficasse aflito. Não era Deus que estava sendo adorado e glorificado no Templo - era Satanás. Temos que entender uma coisa: Deus é exigente quanto ás Suas companhias. Quando Satanás entra, Deus sai. A retirada da glória de Deus ocorreu em estágios progressivos, quase como se Deus saísse com relutância e grande tristeza. Ezequiel relata como a glória se retirou, passo a passo. A glória ergueu-se do querubim esculpido e pairou sobre a porta. Depois, saiu do portal e descansou sobre as asas dos querubins vivos da visão de Ezequiel. Então a glória de Deus subiu do meio de Jerusalém e ficou sobre o monte, a leste. E finalmente a manifestação da glória não era mais visível, pois voltara ao céu. Deus retirou Sua glória do Templo e levou-a de volta ao Seu trono.
Agora, em vez da glória sobre suas cabeças, Deus invocou a palavra Icabode - "foi-se a glória de Israel" (I Samuel 4:21). Veio o dia em que nem mesmo o grandioso Templo era receptáculo digno para a glória de Deus. Não é de se admirar que Deus permitisse aos babilônios queimarem o edifício. Foi-se a glória de Deus! Será que voltaria algum dia?

A Encarnação da Glória.

Sim, a Glória de Deus voltou, mas somente depois de muito tempo. Você quer saber quando? Procure João 1:14. Amo este versículo, deixa-me emocionado. "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai". A glória de Deus voltou na Pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Quando é que mais plenamente ela se manifestou? Na montanha, por ocasião da Transfiguração (Lucas 9:28-36). Lá, por alguns minutos na presença de três discípulos, o Filho de Deus permitiu que todo o Seu esplendor aparecesse. Aqui havia glória, não como o brilho no Jardim, nem como o reflexo na face de Moisés, nem como a claridade do Tabernáculo ou do Templo, mas a glória intrínseca do Deus-Homem - Jesus Cristo. Embora a glória de Cristo seja permanente, como Seus demais atributos, esta manifestação de Sua glória foi temporária. Um dia homens maus o condenaram falsamente, pregaram-nO em uma cruz e removeram-no de suas vistas. Extinguiram a maior expressão da glória de Deus.

Glória por Vir.

Será que reaparecerá essa glória? Nosso Senhor deu a resposta pessoalmente ao falar um dia com Seus discípulos. E impressionante ler o relato. Falou-lhes de um período de grande tribulação que um dia cairia sobre o mundo, após o qual haveria um acontecimento especial: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória" (Mateus 2430). Qual será este sinal do qual Jesus fala? Acredito que seja a manifestação sem par de Sua glória - a glória shekinah que Deus revelou nos tempos e lugares e nas ocasiões que temos olhado. É o brilho total de Deus descendo do céu na Pessoa de nosso Senhor. Mais uma vez, homens pecaminosos tentarão extingui-la. Eles se oporão a Ele, mesmo sendo Ele "REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" (Apocalipse 19:16). Quando virem Sua glória fulgurante descendo do céu, eles soltarão os seus mísseis, esperando apagar essa glória dos ares. Mas não conseguirão fazêlo. Com apenas uma palavra, Jesus exterminará aqueles que procuram encobrir a Sua glória. Daquele tempo em diante, Ele regerá as nações com vara de ferro e reinará sobre o trono de Davi com poder e glória - glória muito maior ainda que a revelada por ocasião de Seu primeiro advento. Quer saber uma coisa deslumbrante? Nós estaremos lá. Todos os mortos em Cristo, como também os que estiverem vivos por ocasião do arrebatamento, voltarão com Ele naquele momento. Embora fantástico é também verdade absoluta. A Palavra de Deus nos promete isso. "Quando Cristo, que é nossa vida. se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, em glória" (Colossenses 3:4). Quando Ele voltar, nos dará corpos glorificados capacitados a gozar Sua gloriosa presença para todo sempre.  Então, o que é que vamos fazer?  você pode perguntar. Dar glória a Ele. No último livro da Bíblia lemos sobre uma imensa multidão que aparece perante Seu trono. João escreve: "Depois destas cousas vi. e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação" (Apocalipse 7:9,10). Como se isso não bastasse, João relata outro coro, dizendo: "Amém. O louvor e a glória, e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém" (v.12). Glória, glória, glória — é a razão de tudo — que Deus receba de toda a Sua Criação a glória que lhe é devida. Nós iremos ver essa glória por toda a eternidade. Imagine, se puder, "...a santa cidade. Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus... a qual tem a glória de Deus..." (Apocalipse 21:10,11). "A cidade não precisa nem de sol, nem de lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (v.23).

Glória no Presente.
Olhamos rapidamente o significado da glória de Deus no passado, revelada no período do Antigo Testamento e durante o tempo do ministério terreno de nosso Senhor. Também temos alguma idéia da glória que virá no futuro. E quanto à glória de Deus no presente? Onde está, agora, a glória? Aqui mesmo - no corpo de Cristo. É nosso privilégio, nosso propósito, nosso dever manifestar a glória de Deus. Paulo nos diz que somos um templo santo que abriga a glória de Deus (Efésios 2:21,22). Um dos propósitos de Seu corpo, a Igreja, é a "iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo" (II Coríntios 4:6). Embora sejamos vasos de barro, levamos conosco a glória de Deus. Gosto dessa idéia. Deus escolheu as coisas humildes, as coisas absolutamente "sem valor" para Lhe renderem glória. Ele nos transforma pelo poder do Espírito Santo e permite que irradiemos glória. Já que isso é verdade, é bom que estejamos realmente brilhando. Se o mundo vai receber a mensagem da glória, terá que vir através de nós. As pessoas deverão ver Cristo em nós, a esperança da glória (Colossenses 1:27). Quanto mais estivermos amadurecidos, mais poderemos irradiar a glória de Deus. "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (I Coríntios 10:31).

Glória pelo Seu Nome.

Alguns crentes dão testemunho do Senhor por um sentimento de obediência ao que Deus manda. Querem compartilhar o Evangelho por causa de seu amor e sua preocupação pelos que se perdem. É um motivo digno, mas não o mais alto. O motivo supremo para a evangelização deve ser a glória de Deus. Era isso que movia o apóstolo Paulo. Ele trabalhava, pregava, derramava o seu coração "por amor do seu nome" (Romanos 1:5). Sim, ele amava aos perdidos. Sim, ele os alcançou em obediência à ordem de Cristo. Mas Paulo desejava apaixonadamente conduzir outros ao Salvador a fim de dar-Lhe a glória. Considerava uma tremenda injustiça qualquer pessoa ir para a eternidade sem dar glória a Deus. Se Deus é Deus e só Ele o é, se Ele é o único Criador e Senhor dos homens, Ele tem direito à adoração exclusiva e tem o direito de ter ciúmes se não for adorado. O consagrado missionário na índia, Henry Martyn, ao ver as pessoas se encurvarem perante os ídolos, disse: "Ver estas pessoas se prostrando perante os deuses hindus provocou em mim tamanho horror que não posso expressá-lo... Eu não agüentaria a existência se Jesus não fosse glorificado. Seria um inferno para mim". Devo confessar que Deus tem me repreendido inúmeras vezes porque nem sempre eu tenho o mesmo sentimento. Simplesmente não é "inferno para mim" ver alguém que não glorifica a Jesus Cristo. Mas oro para que Deus me dê tamanho amor pela glória de Cristo que eu sinta o coração traspassado cada vez que alguém O rejeite - cada vez que alguém não dê a Jesus a glória que Ele merece. Por que não? "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho... e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2:9-11). O hinista estava certo ao escrever: "Ó raças, tribos e nações. Ao Rei divino honrai! A quem quebrou vossos grilhões, Com glória coroai". A glória de Deus — vemo-la nos céus, na terra, na salvação, na vida cristã, na promessa da volta de Cristo, em toda dimensão na qual Deus opera. Chamo-a de Propósito Mestre para destravar todas as riquezas espirituais escondidas em Jesus Cristo. Se este for o Propósito Mestre, a estrutura da vida, como poderemos nos desenvolver nele? Como podemos glorificar a Deus? Para isto, é necessário algo mais - o Plano Mestre.
REFERENCIA:CHAVES PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL
Traduzído do original em inglês:
KEYS TO SPIRITUAL GROWT
Copyright © Fleming H Revell Co.
Tradução : Elizabeth Gomes 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

obediência ao Senhor


A bíblia claramente nos instrui a sempre obedecer ao Senhor (Dt 4. 30; 11. 1-32; Dn 7. 27; At 5. 29). Especificamente, somos solicitados a ouvir sua palavra e a fazer a sua vontade (Tg 1. 22).
 Nossa obediência flui do nosso amor por Deus (1Jo 2. 3-4). Se nós amamos o Senhor, nós teremos vontade de servi-lo; servindo a Deus teremos a vontade de obedecer aos seus mandamentos. Atos de obediência, então, devem ser reflexos da realidade interior do amor profundo ao Senhor e do comprometimento com ele.
Devemos também obedecer às autoridades que o Senhor inclui em nossa vida, reconhecendo que toda a autoridade vem de Deus e é, no final das contas, da parte dos planos divinos (Hb 13. 7,17; 1Pe 2. 13-14). As escrituras defendem, claramente, a obediência das esposas ao seu marido (Ef 5.22), dos filhos aos pais (Ef 6. 1), dos escravos aos Senhores(Cl 3. 22), dos cristãos aos lideres da igreja (1Ts 5.12-13; Hb 13.7) e dos cidadoas aos funcionários do governo(Hb 13.17).
A obediência não é uma resposta automática. Ela deve ser aprendida, e, reciprocamente, devemos ensiná-las aos nossos filhos (Dt  6.7-9). Obedecer às autoridades é parte dos planos de Deus para o estabelecimento da paz e da segurança para que posamos não somente cumprir os nossos próprios potenciais , mas levar efetivamente o evangelho a outros.
Ao obedecer àqueles que Deus colocou acima de nós com autoridade, devemos reconhecer que não se podem quebrar os mandamentos de Deus (veja Joquebe , assim como Daniel , Sadraque , Mesaque e abede-Nego como exemplo daqueles que desobedeceram as autoridades civis em completa obediência ao Senhor; Ex 1. 17; 2. 3-10 ;Dn 3. 9-26; 6. 13-22 ). Devemos obedecer às ordens das autoridades desde  que estejam dentro dos limites da retidão, indiferentemente de nossos desejos pessoais, preferências , opiniões e percepções confiando no Senhor para honrar nossa obediência, para guiar os governantes e para lidar com as autoridades de acordo com a vontade divina, as conseqüências da nossa obediência estão sob  o domínio de Deus.
O Senhor promete proteção contra os nossos inimigos (Ex 23. 22), força e benção enquanto obedecemos, a desobediência, no entanto, resulta em desastre material, psicológico e espiritual. Mesmo assim, a desobediência faz parte da natureza pecadora e é inevitável em nossa vida. Israel, freqüentemente, falhou em ouvir e fazer a vontade de Deus (Jr 7. 13; Os 9.17). Quando desobedecemos, podemos ter a certeza de que a desobediência é perdoável. O Senhor oferece piedade imerecida e perdão completo para aqueles que confessam a desobediência e voltam a escolher  o caminho da obediência(Rm 11. 30-32).
A bíblia nos da exemplos de pessoas que foram obedientes a Deus:
  • Noé obedeceu a ordem que Deus lhe deu de construir um barco. O que nos chama a atenção é que Noé e a sua decendecia nunca haviam visto chuva cair do céu, mesmo assim ele creu e obedeceu a ordem divina, mesmo que parecia loucura Gn 7
  • Abraão obedeceu à ordem que Deus lhe deu de sacrificar o seu único filho, aos olhos humanos isso é loucura talvez Abraão tenha se questionado ou não entendeu a ordem de Deus, diante daquela ordem Abraão decidiu obedecer a Deus e ser o pai da fé. Ele levou seu filho até o alto monte para sacrificá-lo. Gn 22
  • Pedro mostrou obediência a cristo quando o mesmo lhe ordenou a ir às águas profundas do lago da Galiléia, mesmo que isso parecia sem sentido, porém ele obedeceu, e grande foi o milagre. Lc 5
Por fim, Jesus nos deu o exemplo Maximo de obediência se entregou a vontade de Deus e foi sujeito a padecer na cruz. Porem, após a sua morte e ressurreição sua alma se gloriou, pois com o seu sangue comprou homens de todas as tribos línguas, povos e nações Fb 2.6-11. A obediência a Deus nos trará grandes bênçãos. Neste momento opine em obedecer a Deus.
ref: biblia da mulher

Minhas Postagens

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...
O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidencia e exemplo de seu amor por nos, nos ensinando a manter um relacionamento correto com Deus, mas como podemos ter evidencias de que a Bíblia é mesmo a palavra infalível de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único na Bíblia que a separa dos demais livros escritos até hoje? A Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática. Não pode haver duvidas sobre a veracidade bíblica. Ela não é um livro que um homem escreveria se pudesse, ou que poderia escrever se quisesse.

QUE TEMPO CURTO!

QUE  TEMPO CURTO!
Se for ensinar, haja dedicação ao ensino (Rm 12.7b). Quase todos nós já passamos pela experiência de ver um professor da Escola Dominical ser surpreendido pelo soar do sinal anunciando o término da aula. Muitos são os professores e alunos que vivem se queixando do pouco tempo reservado para o estudo em classe. Alguns professores chegam dizer, frustrados, que a aula terminou exatamente quando começava a tratar da melhor parte do seu conteúdo. A questão não é falta de tempo e sim de planejamento. Quando não há planejamento da aula, não importa o tempo a ela reservado, tudo sairá atabalhoadamente dando a impressão de que está faltando algo. Quando existe planejamento, mesmo que o tempo seja curto, haverá produtividade e satisfação na aula dada. O problema não é o tempo, reafirmo, mas o planejamento. O planejamento de uma aula para a Escola Dominical deve levar em consideração vários fatores.

Alguém precisa fazer algo!

Alguém precisa fazer algo!
JANELA 10/40 é uma faixa da terra que se estende do Oeste da África, passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. A esse retângulo denomina-se JANELA 10/40.Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com as suas etnias e línguas tenham sido confrontadas com o evangelho. A outra parte, com sua maioria absoluta na Janela 10/40, representa uma grande multidão de cerca de 3,2 bilhões de pessoas que ainda são objetos dos empreendimentos missionários do povo de Deus.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.
. Então, aí vai dez dicas para ler sem esquecer, a primeira vista, muitas podem parecer óbvias. Mas não as subestime. Não é sempre que a gente enxerga o óbvio. 1- Não leia cansado nem ansioso. Se for o caso, faça exercícios de respiração antes de começar a leitura. O estresse é o inimigo número um da concentração e, em consequência, da memorização. 2- Tenha vontade de aprender o que será lido. 3- Se não tiver vontade de antemão, procure criar interesse pelo assunto. A curiosidade é a mola da humanidade. 4- Sublinhe as palavras mais importantes e as frases que expressem melhor a idéia central. 5- Analise as informações e crie relação entre elas, seja nas linhas de cima ou com tudo o que você aprendeu na vida, trazendo-as para o seu mundo. A associação de idéias é fundamental. 6- Leve sempre em conta coisas como: 1- Grau de dificuldade do texto (ler um gibi não é o mesmo que ler sobre filosofia). 2- Objetivo (Só querer agradar alguém, e mais nada, não é o melhor caminho para gravar uma informação. 3- Necessidade (querer ler é bem diferente de depender disso). 7- Faça perguntas ao texto e busque respostas nele. 8- Repita sempre, desde ler de novo até contar para laguém o que você leu. 9- Faça uma síntese mental. Organizar bem as idéias já é meio caminho andado. 10- A memória prefere imagens a palavras ou sons. Por isso, tente criar uma história com aquilo que está lendo, com cenas coloridas e movimentadas. Sammy Pulver comentou muito bem a sensação de quem descobriu e está experimentando os prazeres de uma boa leitura: Na vida nos ensinam a amar, a sorrir, a andar, a lutar, mas quando abrimos um livro, descobrimos que também podemos voar.