domingo, 1 de julho de 2012

O Trino Deus


 A doutrina declarada.


As Escrituras ensinam que Deus é Um, e que além dele não existe outro Deus. Poderia surgir a pergunta: "Como podia Deus ter comunhão com alguém antes que existissem as criaturas finitas?" A resposta é que a Unidade Divina é uma Unidade composta, e que nesta unidade há realmente três Pessoas distintas, cada uma das quais é a Divindade, e que, no entanto, cada uma está sumamente consciente das outras duas. Assim, vemos que havia comunhão antes que fossem criadas quaisquer criaturas finitas. Portanto, Deus nunca esteve só. Não é o caso de haver três Deuses, todos três independentes e de existência própria. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra, são "um".
O Pai cria, o Filho redime, e o Espírito Santo santifica; e, no entanto, em cada uma dessas operações divinas os Três estão presentes.
A Trindade é uma comunhão eterna, mas a obra da redenção do homem evocou a sua manifestação histórica. O Filho entrou no mundo duma maneira nova ao tomar sobre si a natureza humana e lhe foi dado um novo nome, Jesus. O Espírito Santo entrou no mundo duma maneira nova, isto é, como o Espírito de Cristo incorporado na igreja. Mas ao mesmo tempo, os três cooperaram. O Pai testificou do Filho (Mat. 3:17); e o Filho testificou do Pai (João 5:19). O Filho testificou do Espírito (João 14:26), e mais tarde o Espírito testificou do Filho (João 15:26). Será tudo isso difícil de compreender? Como poderia ser de outra maneira visto que estamos tentando explicar a vida íntima do Deus Todo-poderoso! A doutrina da Trindade é claramente uma doutrina revelada, e não doutrina concebida pela razão humana. De que maneira poderíamos aprender acerca da natureza íntima da Divindade a não ser pela revelação? (1 Cor. 2:16.) É verdade que a palavra "Trindade" não aparece no Novo Testamento; é uma expressão teológica, que surgiu no segundo século para descrever a Divindade. Mas o planeta Júpiter existiu antes de receber ele este nome; e a doutrina da Trindade encontrava-se na Bíblia antes que fosse tecnicamente chamada a Trindade.
 O que diz a historia? A doutrina como historia
 
 Trezentos bispos da Igreja Ocidental (alexandrina) e da Igreja Oriental (antioquiana) reuniram-se em Nicéia, no grande concílio ecumênico, que procuraria definir com pre­cisão teológica a doutrina da Trindade. O propósito do con­cílio era tríplice: (1) esclarecer os termos usados para articu­lar a doutrina trinitariana; (2) desmascarar e condenar os erros teológicos que estavam presentes em vários seguimen­tos da Igreja; e (3) elaborar um documento que estivesse em harmonia com os princípios bíblicos e as convicções compar­tilhadas pela Igreja.
O bispo Alexandre estava pronto para a luta contra Ário. Os arianos estavam confiantes de que seriam vitorio­sos. Eusébio de Nicomédia preparou um documento, no qual continha o ponto de vista defendido pelos arianos, que foi, confiantemente, apresentado ainda no início do concílio. Por ter negado a divindade de Cristo, provocou a indignação da maioria dos presentes que, com firmeza, rejeitou o docu­mento. Em seguida, Eusébio de Cesaréia (que não era aria­no, embora fosse representante da Igreja Oriental) elaborou durante o debate um credo que se tomaria o modelo para o Nicéia.
O bispo Alexandre (e os alexandrinos em geral) ficou muito preocupado com as opiniões de Ário, pois elas poderi­am afetar a salvação pessoal, caso Cristo não fosse plena­mente Deus no mesmo sentido que o Pai o é. Para levar o homem à plena reconciliação com Deus, argumentava Ale­xandre, Cristo forçosamente tem de ser Deus.
O Bispo Alexandre reconhecia a linguagem da subordi­nação no Novo Testamento, especialmente as referências a Jesus como "Unigénito" do Pai. Indicava que o termo "gera­do" deve ser entendido do ponto de vista judaico, pois os que empregavam o termo na Bíblia eram hebreus. O uso hebrai­co do termo visa ressaltar a preeminência de Cristo. (Paulo fala nestes termos, empregando a palavra "primogênito" não com referência à origem de Cristo, mas aos efeitos salvíficos da sua obra de redenção (ver Cl 1,15,18.)
Alexandre respondeu a Ário, argumentando que a con­dição de o Filho ser o Unigénito é antecedida nas Escrituras, conforme mostra João 1.14 (o Filho é o Unigénito da parte do Pai), que indica que Ele compartilha da mesma natureza eterna de Deus (assim se harmoniza com a "geração eterna" do Filho, segundo Orígenes) .58 Aos ouvidos de Ário, que não se retratou, isso soava como um reconhecimento de que Cristo fora criado. Estava se esforçando desesperadamente por livrar a teologia das implicações modalísticas que, segun­do as palavras posteriormente atribuídas ao seu opositor principal, Atanásio, incorriam no perigo de "confundir as Pessoas entre si". Era, portanto, crucial fazer a distinção entre Cristo e o Pai.
O bispo Alexandre prosseguiu, declarando que Cristo é "gerado" pelo Pai, mas não no sentido de emanação ou criação. Teologicamente, o grande desafio da Igreja Ociden­tal era a explicação do conceito de homoousia sem cair na heresia modalística.
Atanásio geralmente recebe o crédito de ter sido o gran­de defensor da fé no Concílio de Nicéia. A parte maior da obra de Atanásio, porém, foi consumada depois desse gran­de concílio ecumênico.
Atanásio era inflexível, e embora deposto pelo Imperador em três ocasiões durante sua carreira eclesiástica, lutava com valentia em favor do conceito de Cristo ser da mesma essência (homoousios) que o Pai, e não meramente seme­lhante ao Pai quanto à sua essência (homoiousios). Durante o seu turno como bispo e defensor da ortodoxia (conforme revelou ser), era praticamente "Atanásio contra o mundo".
A escola alexandrina acabou triunfando sobre os arianos, e Ario voltou a ser condenado e excomungado. Na fórmula confessionária da doutrina da Trindade em Nicéia, Jesus Cristo é o "Filho Unigénito de Deus; gerado de seu Pai antes da fundação do mundo, Deus de Deus, Luz de Luz, Verda­deiro Deus de Verdadeiro Deus; gerado, não feito; consubstancial com o Pai".
Posteriormente, a Igreja viria a empregar o termo "proce­der" em lugar de "geração" ou "gerado", com o propósito de expressar a subordinação salvífica do Filho ao Pai. O Filho procede do Pai. Um tipo de primazia ainda é atribuída ao Pai com relação ao Filho, mas essa primazia não é cronológica; o Filho sempre existiu como o Verbo. Mesmo assim, o Filho foi "gerado" pelo Pai ou "procedeu" do Pai, e não o Pai do Filho.
Esse "proceder" do Filho em relação ao Pai (já no século VIII, chamada "filiação") é entendido teologicamente como um ato necessário da vontade do Pai, de modo que fique impossível existir o conceito do Filho não provindo do Pai. Daí, a "procedência" do Filho estar eternamente no presen­te, um ato que perdura, nunca terminando. O Filho, portan­to, é imutável (não sujeito à mudança, Hb 13.8), assim como o Pai é imutável (Ml 3.6). A filiação do Filho, certamente, não é no sentido de ter sido gerada outra pessoa com a sua divina essência, pois o Pai e o Filho são igualmente Deidade e, portanto, da "mesma" natureza indivisível. O Pai e o Filho (com o Espírito) existem juntos em subsistência pesso­al (o Filho e o Espírito são pessoalmente distintos do Pai na sua existência eterna).
Embora a exposição das complexidades linguísticas do Credo de Nicéia pareça frustrante para nós hoje, levando-se em conta a distância de 1.600 anos, é importante conside­rarmos a necessidade crucial de se manter a fórmula parado­xal do Credo de Atanásio: "Um só Deus na Trindade, e a Trindade na Unidade". A exatidão teológica é crítica, pois os termos ousia, hupostasis, substantia e subsistência nos oferecem um entendimento conceptual do que é a ortodoxia trinitariana, como no caso do Credo de Atanásio: "O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. E, porém, não são três deuses, mas um só Deus".
Entre 361-81, a ortodoxia trinitariana passou por mais refinamentos, mormente no tocante ao terceiro membro da Trindade, o Espírito Santo. Em 381, em Constantinopla, os bispos foram convocados pelo Imperador Teodócio, e as declarações da ortodoxia de Nicéia foram reafirmadas. Além disso, houve menção explícita do Espírito Santo em termos de deidade, como o "Senhor e Doador da vida, procedente do Pai e do Filho; o qual, com o Pai e o Filho juntamente é adorado e glorificado; o qual falou pelos profetas".63
O título "Senhor" (gr. kurios), empregado nas Escrituras em alguns textos para atribuir e explicitar a divindade, é destinado aqui (no Credo de Nicéia-Constantinopla) ao Es­pírito Santo. Logo, aquEle que procede do Pai e do Filho (Jo 15.26) subsiste pessoalmente desde a eternidade dentro da Deidade, sem divisão ou mudança quanto à sua natureza (Ele é essencialmente homoousios com o Pai e o Filho).
As propriedades pessoais (as operações interiores de cada Pessoa dentro da Deidade) atribuídas a cada um dos mem­bros da Trindade são assim entendidas: o Pai é ingênito; o Filho é gerado; e o Espírito Santo procede dEles. A insistên­cia nessas propriedades pessoais não é tentar explicar a Trin­dade, mas fazer a distinção entre as fórmulas ortodoxas trinitarianas e as fórmulas heréticas modalísticas.
As distinções entre os membros da Deidade não se refe­rem à sua essência ou substância, mas ao relacionamento. Noutras palavras: a ordem de existência na Trindade, no tocante ao ser essencial de Deus, está espelhada na Trindade salvífica. "São, portanto, três, não na posição, mas no grau; não na substância, mas na forma; não no poder, mas na sua manifestação".
O processo contínuo da pesquisa da natureza do Deus vivo cede lugar, a essa altura, à adoração. Juntamente com os apóstolos, os pais da igreja, os mártires e os maiores teólogos no decurso da história da Igreja, temos de reconhecer que "toda a boa teologia termina com uma doxologia", (cf. Rm 11.33-36).

A doutrina definida.


Bem podemos compreender porque a doutrina da Trindade era às vezes mal entendida e mal explicada. Era muito difícil achar termos humanos que pudessem expressar a unidade da Divindade e ao mesmo tempo, a realidade e a distinção das Pessoas. Ao acentuar a realidade da Divindade de Jesus, e da personalidade do Espírito Santo, alguns escritores corriam o perigo de cair no triteísmo, ou a crença em três deuses. Outros escritores, acentuando a unidade de Deus, corriam perigo de esquecer-se da distinção entre as Pessoas. Este último erro é comumente conhecido como sabelianismo, doutrina do bispo Sabélio que ensinou que Pai, Filho, e Espírito Santo são simplesmente três aspectos ou manifestações de Deus. Essa doutrina do sabelianismo é claramente antibíblica e carece de aceitação, por causa das distinções bíblicas entre o Pai, o Filho, e o Espírito. O Pai ama e envia o Filho, o Filho veio do Pai e voltou para o Pai. O Pai e o Filho enviam o Espírito; o Espírito intercede junto ao Pai. Se, então, o Pai, o Filho e o Espírito são apenas um Deus sob diferentes aspectos ou nomes, então o Novo Testamento é uma confusão (João 17)
Como foi preservada a doutrina da Trindade de não se deslocar para os extremos, nem para o lado da Unidade (sabelianismo) nem para o lado da Tri-unidade (triteismo)?
Foi pela formulação de dogmas, isto é, interpretações que definissem a doutrina e a "protegessem" contra o erro. O seguinte exemplo de dogma acha-se no Credo de Atanásio formulado no quinto século:
“Adoramos um Deus em trindade, e trindade em unidade. Não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância. Pois a pessoa do Pai é uma, a do Filho outra, e a do Espírito Santo, outra. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma divindade, glória igual e majestade co-eterna. Tal qual é o Pai, o mesmo são o Filho e o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho incriado, o Espírito incriado. O Pai é imensurável, o Filho é imensurável, o Espírito Santo é imensurável. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. E, não obstante, não há três eternos, mas sim um eterno. Da mesma forma não há três (seres) incriados, nem três imensuráveis, mas um incriado e um imensurável. Da mesma maneira o Pai é onipotente. No entanto, não há três seres onipotentes, mas sim um Onipotente. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. No entanto, não há três Deuses, mas um Deus. Assim o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, e o Espírito Santo é Senhor. Todavia não há três Senhores, mas um Senhor”.
A declaração acima pode parecer-nos complicada, por tratar-se de pontos sutis; mas nos dias primitivos demonstrou ser um meio eficaz de preservar a declaração correta sobre verdades tão preciosas e vitais para a igreja.

A doutrina provada.


ESSA REVELAÇÃO ENCONTRA-SE NAS ESCRITURAS.
(a) O Antigo Testamento. O Antigo Testamento não ensina clara e diretamente sobre a Trindade, e a razão é evidente. Num mundo onde o culto de muitos deuses era comum, tornava-se necessário acentuar esta verdade em Israel, a verdade de que Deus é Um, e de que não havia outro além dele. Se no princípio a doutrina da Trindade fosse ensinada diretamente, poderia ter sido mal entendida e mal interpretada. Muito embora essa doutrina não fosse explicitamente mencionada, sua origem pode ser vista no Antigo Testamento. Sempre que um hebreu pronunciava o nome de Deus (Elohim) ele estava realmente dizendo "Deuses", pois a palavra é plural, e às vezes se usa em hebraico acompanhada de adjetivo plural (Jos. 24:18, 19) e com verbo no plural. (Gên. 35:7.)
Imaginemos um hebreu devoto e esclarecido ponderando o fato de que Deus é Um, e no entanto é Elohim — "Deuses". Facilmente podemos imaginar que ele chegasse à conclusão de que exista pluralidade de pessoas dentro de um Deus. Paulo, o apóstolo, nunca cessou de crer na unidade de Deus como lhe fora ensinada desde a sua mocidade (1 Tim. 2:5; 1 Cor. 8:4);
Todos os membros da Trindade são mencionados no Antigo Testamento:
1) O Pai. (Isa. 63:16; Mal. 2:10.)
2) O Filho de Jeová . (Sal. 45:6, 7; 2:6, 7, 12; Prov. 30:4.) O Messias é descrito com títulos divinos. (Jer. 23:5, 6; Isa. 9:6.) Faz-se menção do misterioso Anjo de Jeová que leva o nome de Deus e tem poder tanto para perdoar como para reter os pecados. (Êxo. 23:20,21.)
3) O Espírito Santo. (Gên. 1:2; Isa. 11:2, 3; 48:16; 61:1; 63:10.) Prenúncios da Trindade vêem-se na tríplice bênção de Num. 6:24-26 e na tríplice doxologia de Isa. 6:3.

(b) O Novo Testamento. Os cristãos primitivos mantinham como um dos fundamentos da fé o fato da unidade de Deus. Tanto ao judeu como ao pagão podiam testificar: "Cremos em um Deus." Mas ao mesmo tempo eles tinham as palavras claras de Jesus para provar que ele arrogou a si uma posição e uma autoridade que seriam blasfêmia se não fosse ele Deus. (Rom. 9:5). Várias passagens do Novo Testamento mencionam as três Pessoas Divinas. (Vide Mat. 3:16, 17; 28:19; João 14:16, 17, 26; 15:26; 2 Cor. 13:14; Gál. 4:6; Efés. 2:18; 2 Tes. 3:5; 1Ped. 1:2; Efés. 1:3, 13; Heb. 9:14.) Uma comparação de textos tomados de todas as partos das Escrituras mostra o seguinte:
1) Cada uma das três Pessoas é Criador, embora se declare que há um só Criador. (Jo 33:4 e Isa. 44:24.)
2) Cada uma é chamada Jeová (Deut. 6:4)

A doutrina ilustrada.


COMO PODEM TRÊS PESSOAS SER UM DEUS?
é uma pergunta que deixa muita gente perplexa. Não nos admiramos dessa estranheza, pois, ao considerar a natureza interna do eterno Deus, estamos tratando de uma forma de existência muito diferente da nossa.
Mas existe um método pelo qual as verdades que estão além do alcance da razão ainda podem, até certo ponto, tomar-se perceptíveis a ela. Referimo-nos ao uso da ilustração ou da analogia. Porém elas devem ser usadas com cuidado, e não forçadamente.
"Toda comparação manca", disse um sábio da antiga Grécia. Até as melhores são imperfeitas e inadequadas. Elas podem ser comparadas a minúsculas lanternas elétricas que nos ajudam a enxergar algum tênue vislumbre da razão das verdades imensuráveis, vastas demais para serem perfeitamente compreendidas.
Obtemos de três fontes as ilustrações: a natureza; a personalidade humana; e as relações humanas.

(a) A natureza proporciona muitas analogias.
1) A água é uma, mas esta também é conhecida sob três formas — água, gelo e vapor.
2) Há uma eletricidade, mas no bonde ela funciona sob a forma de movimento, luz e calor.
3) O sol é um, mas se manifesta como luz, calor e fogo.
4) Quando São Patrício evangelizava os irlandeses, explicou a doutrina da Trindade usando o trevo como ilustração.
5) é de conhecimento geral que todo raio de luz realmente se compõe de três raios: primeiro, o actinico, que é invisível; segundo, o luminoso, que é visível; terceiro, o calorífero, que produz calor, o qual se sente mas não se vê. Onde há estes três, ali há luz; onde há luz, temos estes três. João o apóstolo, disse: "Deus é luz". Deus o Pai é invisível; ele se tomou visível em seu Filho, e opera no mundo por meio do Espírito, que é invisível, no entanto, é eficaz.
6) Três velas num quarto darão uma só luz.
7) O triângulo tem três lados e três ângulos; tirai-lhe um lado e não é mais triângulo. Onde há três ângulos há um triângulo.

(b) A personalidade humana.
1) Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança." O homem é um, e, no entanto, tripartido, constituído de espírito, alma e corpo.
2) O conhecimento humano assinala divisões na personalidade. Não temos sido cônscios, às vezes, de arrazoarmos com nós mesmos e de estarmos ouvindo a conversação? Eu falo comigo mesmo, e me escuto falando comigo mesmo!

(c) Relação
1) Deus é amor. Era eternamente Amante. Mas o amor requer um objeto a ser amado; e, sendo eterno, deve ter tido um objeto de amor eterno, a saber, seu filho. O Amante eterno e o Amado eterno! O Vínculo eterno e o caudal desse amor é o Espírito Santo.
2) Nosso governo é um, mas é constituído de três poderes: legislativo, judiciário e executivo.

Veja uma aparente contradição com respeito a essa doutrina :

COMO PODE A DECLARAÇÃO DE JESUS, "O PAI É MAIOR DO QUE EU" (JO 14.28) ESTAR COERENTE COM A DOUTRINA DA TRINDADE?
Em João 14.28, Jesus diz o seguinte: "Se vocês me amassem, ficariam contentes porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu". A Trindade é definida no Breve Catecismo de Westminster (n.° 6) como segue: "Há três pessoas na Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; esses três são o único Deus, e cada um o mesmo em substância, igual em poder e glória". Como, pois, pode o Filho afirmar que o Pai é maior (meizon) do que ele?
Jesus está falando aqui, não de sua natureza divina, mas da humana, como Filho do homem. Cristo veio para sofrer e morrer, não como Deus, que não pode padecer, mas como o segundo Adão, nascido de Maria. Só como ser humano poderia Jesus servir como o Messias, ou Cristo (o Ungido). A menos que tivesse uma natureza humana verdadeira, genuína, jamais poderia ter representado os descendentes de Adão e levar sobre si os nossos pecados na cruz. Por isso, como Filho do homem, é certo que ele era inferior a Deus, o Pai. Isaías 52.13-53 esclarece a questão: Jesus só poderia ser nosso Salvador ao tornar-se o Servo de Iavé que, por definição, jamais pode ser tão grande como seu senhor. Daí decorre que Jesus só entraria na presença do Pai, que é maior em dignidade e posição do que o Filho do homem, como o Redentor que venceu a morte.
Todavia, como Deus, o Filho, à parte a encarnação, as Escrituras nunca sugerem a existência de algum contraste em glória, entre o Pai e o Filho. As seguintes passagens deixam esse ponto claríssimo: João 1.1, 18; 8.58; 10.30; 14.9; 17.5; Romanos 9.5 ("Cristo [...] Deus acima de todos, bendito para sempre"); Colossenses 2.2; Tito 2.13; Hebreus 1.8; 1 João 5.20; cf. também Isaías 9.6 (afirma que Emanuel, nascido da virgem também é Deus forte — ’el gibbôr).
Quanto a 1 João 5.7, que diz: "Há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são unânimes". A única parte desse versículo que aparece em algum manuscrito grego, anterior ao século xv, é a primeira cláusula apenas: "Há três que dão testemunho", e em seguida vem o versículo: "o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes" (lit., "são só um"). O resto do versículo aparece em manuscritos em latim antigo, datados do século v, não em grego, senão em 635 d.C, como nota marginal. Portanto, parece-nos melhor omitir esse versículo da lista de passagens que comprovam a Trindade divina, ainda que aparente conter excelente teologia.


Conclusão

A doutrina da Trindade é o caráter distintivo da revela­ção que Deus fez de si mesmo nas Sagradas Escrituras. Fi­quemos, pois, firmes em nossa confissão de um só Deus, "eternamente existente em si mesmo... como Pai, Filho e Espírito Santo".
Santo! Santo! Santo! Deus Onipotente!
 Tuas obras louvam teu nome com fervor;
Santo! Santo! Santo! Justo e compassivo! És Deus triúno, excelso Criador!

Minhas Postagens

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...

... A BÍBLIA É O FENÔMENO EXPLICÁVEL APENAS DE UM MODO – ELA É A PALAVRA DE DEUS...
O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidencia e exemplo de seu amor por nos, nos ensinando a manter um relacionamento correto com Deus, mas como podemos ter evidencias de que a Bíblia é mesmo a palavra infalível de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único na Bíblia que a separa dos demais livros escritos até hoje? A Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática. Não pode haver duvidas sobre a veracidade bíblica. Ela não é um livro que um homem escreveria se pudesse, ou que poderia escrever se quisesse.

QUE TEMPO CURTO!

QUE  TEMPO CURTO!
Se for ensinar, haja dedicação ao ensino (Rm 12.7b). Quase todos nós já passamos pela experiência de ver um professor da Escola Dominical ser surpreendido pelo soar do sinal anunciando o término da aula. Muitos são os professores e alunos que vivem se queixando do pouco tempo reservado para o estudo em classe. Alguns professores chegam dizer, frustrados, que a aula terminou exatamente quando começava a tratar da melhor parte do seu conteúdo. A questão não é falta de tempo e sim de planejamento. Quando não há planejamento da aula, não importa o tempo a ela reservado, tudo sairá atabalhoadamente dando a impressão de que está faltando algo. Quando existe planejamento, mesmo que o tempo seja curto, haverá produtividade e satisfação na aula dada. O problema não é o tempo, reafirmo, mas o planejamento. O planejamento de uma aula para a Escola Dominical deve levar em consideração vários fatores.

Alguém precisa fazer algo!

Alguém precisa fazer algo!
JANELA 10/40 é uma faixa da terra que se estende do Oeste da África, passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. A esse retângulo denomina-se JANELA 10/40.Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com as suas etnias e línguas tenham sido confrontadas com o evangelho. A outra parte, com sua maioria absoluta na Janela 10/40, representa uma grande multidão de cerca de 3,2 bilhões de pessoas que ainda são objetos dos empreendimentos missionários do povo de Deus.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.

DICAS PARA UMA LEITURA PROVEITOSA.
. Então, aí vai dez dicas para ler sem esquecer, a primeira vista, muitas podem parecer óbvias. Mas não as subestime. Não é sempre que a gente enxerga o óbvio. 1- Não leia cansado nem ansioso. Se for o caso, faça exercícios de respiração antes de começar a leitura. O estresse é o inimigo número um da concentração e, em consequência, da memorização. 2- Tenha vontade de aprender o que será lido. 3- Se não tiver vontade de antemão, procure criar interesse pelo assunto. A curiosidade é a mola da humanidade. 4- Sublinhe as palavras mais importantes e as frases que expressem melhor a idéia central. 5- Analise as informações e crie relação entre elas, seja nas linhas de cima ou com tudo o que você aprendeu na vida, trazendo-as para o seu mundo. A associação de idéias é fundamental. 6- Leve sempre em conta coisas como: 1- Grau de dificuldade do texto (ler um gibi não é o mesmo que ler sobre filosofia). 2- Objetivo (Só querer agradar alguém, e mais nada, não é o melhor caminho para gravar uma informação. 3- Necessidade (querer ler é bem diferente de depender disso). 7- Faça perguntas ao texto e busque respostas nele. 8- Repita sempre, desde ler de novo até contar para laguém o que você leu. 9- Faça uma síntese mental. Organizar bem as idéias já é meio caminho andado. 10- A memória prefere imagens a palavras ou sons. Por isso, tente criar uma história com aquilo que está lendo, com cenas coloridas e movimentadas. Sammy Pulver comentou muito bem a sensação de quem descobriu e está experimentando os prazeres de uma boa leitura: Na vida nos ensinam a amar, a sorrir, a andar, a lutar, mas quando abrimos um livro, descobrimos que também podemos voar.